Capítulo 35.

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Nossas bocas se desgrudaram, sequei minhas lágrimas e me levantei, saindo do aconchego dos seus braços.

-Você vai precisar ser vigiada novamente.- Draco opinou se levantando.

Eu nunca havia gostado de ser vigiada, mesmo que fosse por Blásio e Draco para garantir a minha segurança.

-Não, eu posso me cuidar sozinha.

-Claro, pode se cuidar tão bem sozinha, que te encontrei na beira da torre, prestes a se jogar.

Respirei fundo, sem argumento para responder o garoto.

-Não quero ser vigiada novamente, respeite a minha vontade.- passei pelo mesmo que segurou o meu braço.

-Desculpa, mas nessa questão, você não tem querer, vamos voltar a observá-la sim.

-Será que uma única vez na vida, você pode respeitar a minha vontade? Eu já me sinto tão presa e tão sobrecarregada, desde que descobri sobre a minha origem, sobre a nossa ligação, sobre a minha mãe...

Travei no meio da frase ao perceber que quase revelaria sobre a minha mãe estar viva.

-O que tem a sua mãe?- arqueou a sobrancelha.

-Nada, agora preciso ir e não me vigie.- puxei o meu braço,

-Então a nossa ligação é um fardo pra você?

Minha boca secou e meu estômago gelou no mesmo instante.

-Draco, eu acho que...

-Você acha que sim, tudo bem, não precisa mentir ou tentar não me machucar.

-Não se faça de vítima, não agora.

-EU QUE ESTOU ME FAZENDO DE VÍTIMA?- aumentou o tom de voz me assustando-TUDO O QUE EU FIZ FOI PRA PROTEGER VOCÊ, PRA CUIDAR DE VOCÊ E AINDA OUÇO QUE ESTOU ME FAZENDO DE VÍTIMA?

-Então me responde Malfoy, se não existisse essa maldita ligação entre nós, você me amaria, cuidaria assim de mim, me protegeria? Ou você fez isso tudo por se sentir obrigado? Ah, não podemos esquecer, aceitou ser a merda de um Comensal por mim também?

Draco riu sarcasticamente, passou a mão sobre os cabelos e fechou os olhos por alguns breves segundos.

-Você está certa, eu não faria questão de você, se não fosse por essa, como você disse mesmo?... Ah, ''maldita ligação''! Você continuaria vivendo sua vidinha e eu seguiria com a minha, nunca iríamos ter nos beijado, nos amado, todas aquelas noites, você nunca teria engravidado e ninguém nunca teria atacado você e...- respirou fundo- As pessoas sempre dizem que se você ama uma coisa, tem que aprender a abrir mão, eu achava uma besteira, até ver você quase morrer, quando eu cheguei naquela enfermaria e vi você naquela situação, nada mais importava, só você.

Aquela altura meu rosto já estava coberto de lágrimas, Draco se aproximou e enxugou algumas da minha bochecha.

-Me desculpa, eu não queria que nada disso tivesse acontecido, queria que fossemos dois adolescentes normais, sem responsabilidades, apenas fazendo idiotices e se amando sem uma ameaça de morte nas nossas costas.- falei tocando a sua mão, mas ele se distanciou.

-Eu não sei o que vai acontecer, mas quero que saiba, que eu não me arrependo, nem um pouco, do quanto eu amei e amo você... Eu queria muito ter você, mas eu não posso, porque eu tenho que te manter segura...de mim.

Draco olhou para o horizonte a nossa frente e depois me fitou por mais alguns segundos, antes de virar as costas e ir embora.

Ele estava certo, não adiantava ficar insistindo em uma amor que sempre acabaria por nos machucar, não era pra ser, por mais que essa ligação existisse, ela mais nos prejudicava do que ajudava.

Agora era o momento de focar no que realmente importava, precisava salvar Dumbledore e matar Voldemort.

Desci as escadas e fui a procura de Harry, eu sentia que ele sabia de algo que poderia me ajudar, mas como estávamos brigados, ele não me contou nada, além do fato dele não saber que eu era filha daquele que queria matá-lo.

Meus pensamentos cessaram ao ouvir um pequeno choro, do lado de uma das pilastras estava Gina, que secava as lágrimas.

-Gina, o que aconteceu?- perguntei preocupada.

-É o Dino, nós brigamos novamente.- disse com a voz tristonha.

-Nossa, eu sinto muito...Gina, não é querendo se intrometer na sua vida, mas não seria melhor pra vocês dois, terminarem esse namoro?

Gina me olhou de forma vazia e relutantemente, balançou a cabeça.

-Hermione me disse a mesma coisa, mas...

-Se esse namoro não está te fazendo bem, termine, talvez a outra pessoa, que realmente goste de você.

Gina sorriu levemente e me abraçou, correspondi o seu abraço.

-Obrigada.- agradeceu e eu assenti.

-Você sabe onde está Harry Potter?

-Eu o vi junto com Rony a alguns minutos atrás, perto da sala da professora Minerva.

-Obrigada.- abracei ela mais uma vez e fui na direção que ela havia me informado.

Eles ainda estavam lá, mas Rony estava com Lila aos beijos enquanto Harry observava com uma careta.

-Harry, posso falar com você?- perguntei baixo.

-Não que eu queira falar com você, mas preciso sair daqui.- disse olhando pro casal.

Assenti e saímos discretamente, indo até o salão principal.

-Então o que você quer?

-Você sabe mais alguma coisa sobre os planos de Voldemort?

Harry me olhou com deboche e depois riu de lado.

-Você namora com um Comensal e vem perguntar isso pra mim? Qual é, conta outra.- Harry fez a menção de se levantar mas eu o impedi.

-Não estamos mais juntos e ele não é a droga de um Comensal.

-Eu não sei nada e mesmo que soubesse não te contaria.

-Harry, por favor, eu vi você e Dumbledore um dia desses, conversando e vocês falaram algo sobre horcruxes.

-Shiu, fala baixo.

-Me conta.

-Não, isso não é da sua conta, olha você poder ser estranha, por ter alguma ligação com Voldemory, mas isso não te dar o direito de saber de tudo.

-Acho que dá sim.

-Então me fala, ai decido se dar ou não.

Não era o momento de contar e eu tinha medo da reação de Potter ao descobrir, mas precisava, já que o meu tempo, estava se esgotando.

-Vamos S/n, conta.

Respirei fundo e assenti.

-Eu sou filha de Voldemort.


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Hoje a noite saí mais um capítulo de ''My Sweet Sin''.

 Aliás já foram ler o livro? Se caso não, está disponível no meu perfil.

Beijinhos da Autora.




Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora