Capítulo 57.

5.2K 471 418
                                    

Para Draco, aquelas semanas casado com Astória era um verdadeiro inferno!

Ele sorria quando era obrigado, fingia ótimas aparências ao lado da assassina da sua felicidade, a beijava, abraçava e a noite fazia a garota deleitar-se em prazer que ele proporcionava contra a sua vontade, em suas obrigações de marido.

Draco já não possuía a bela aparência de antes, seus olhos estavam fundos, com olheiras cinzas, quase roxas, abaixo do seus olhos, havia perdido alguns quilos, estava mais magro e um pouco debilitado.

-Filho, você ainda não se alimentou hoje, por favor, coma algo.- Narcisa pediu ao garoto mais uma vez.

Draco fingiu não ouvir, continuou assinando papéis e lendo outros, eram assim durante todo o dia, quando não tinha nenhuma festa idiota que ele tinha que acompanhar Astória.

-Draco, eu sei o quanto está sendo difícil, mas se continuar assim você ficará mais doente e ...-Narcisa não conseguiu completar a frase tão dolorosa.

O garoto não moveu um músculo se quer, Narcisa enxugou as lágrimas e se levantou da poltrona, caminhou em direção a porta e saiu do escritório.

Percebendo que estava sozinho, Draco relaxou na poltrona, olhou para a bandeja farta, mais nada o empolgou, levantou-se e olhou para o céu cinza através da janela, sua aura havia ganhado a mesma cor, ele já não sabia o que sentir felicidade.

Seus olhos se apertaram um pouco ao notar uma ave no céu, vindo em direção a sua janela, ao se aproximar ele identificou que era uma coruja, Draco abriu a janela com cuidado e deixou que o animal entrasse em seu escritório, ele correu até porta e passou a chave.

-Olá, o que você tem pra mim...- Draco analisou a coruja e viu um pergaminho preso em uma das patas.

Draco pegou o papel, retirou a fita vermelha e desenrolou, lendo a mensagem com atenção.

''Deixe a passagem aberta á 00:00, preciso informá-lo.''

O garoto ofereceu um pedaço de maçã a coruja e abriu a janela novamente, para que fosse embora, o animal bateu as asas, desaparecendo no horizonte.

-Poderia ter vindo me visitar agora Zabini, não mandar corujas!- esbravejou rasgando o papel.

Draco ouviu batidas na porta e uma tentativa de abri-lá, se sentou na poltrona rapidamente e voltou a suas funções, a porta foi destrancada pelo lado de fora e Astória entrou no ambiente, com aquele mesmo sorrisinho enjoativo e chato.

-Amorzinho, que saudade.- se aproximou sentando sobre a mesa.

-Estou trabalhando e nos vimos a poucas horas, por favor, me deixe sozinho.- pediu entre dentes.

-Você vai ter um bom tempo para ficar sozinho.

-O que quer dizer com isso?- levantou seu olhar.

-Meu pai está doente, minha mãe pediu para que eu fosse vê-lo, por isso estou indo para Londres, ficarei por três noites, como você está trabalhando junto com seu pai, não poderá ir comigo.

-Que pena.- ironizou Draco.

-Nem pense em tentar nenhuma gracinha, estão de olho em você.- Astória ameaçou.

-Que outra opção eu tenho né.

Astória saiu de cima da mesa e saiu do escritório, Draco comemorou internamente, precisava daquele tempo para ficar sem aquela presença negativa.

(...)

A noite caiu e junto com ela o horário do encontro com o seu melhor amigo, Draco se sentou na cadeira a alguns metros de frente para a passagem e esperou.

Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora