Para Draco, aquelas semanas casado com Astória era um verdadeiro inferno!
Ele sorria quando era obrigado, fingia ótimas aparências ao lado da assassina da sua felicidade, a beijava, abraçava e a noite fazia a garota deleitar-se em prazer que ele proporcionava contra a sua vontade, em suas obrigações de marido.
Draco já não possuía a bela aparência de antes, seus olhos estavam fundos, com olheiras cinzas, quase roxas, abaixo do seus olhos, havia perdido alguns quilos, estava mais magro e um pouco debilitado.
-Filho, você ainda não se alimentou hoje, por favor, coma algo.- Narcisa pediu ao garoto mais uma vez.
Draco fingiu não ouvir, continuou assinando papéis e lendo outros, eram assim durante todo o dia, quando não tinha nenhuma festa idiota que ele tinha que acompanhar Astória.
-Draco, eu sei o quanto está sendo difícil, mas se continuar assim você ficará mais doente e ...-Narcisa não conseguiu completar a frase tão dolorosa.
O garoto não moveu um músculo se quer, Narcisa enxugou as lágrimas e se levantou da poltrona, caminhou em direção a porta e saiu do escritório.
Percebendo que estava sozinho, Draco relaxou na poltrona, olhou para a bandeja farta, mais nada o empolgou, levantou-se e olhou para o céu cinza através da janela, sua aura havia ganhado a mesma cor, ele já não sabia o que sentir felicidade.
Seus olhos se apertaram um pouco ao notar uma ave no céu, vindo em direção a sua janela, ao se aproximar ele identificou que era uma coruja, Draco abriu a janela com cuidado e deixou que o animal entrasse em seu escritório, ele correu até porta e passou a chave.
-Olá, o que você tem pra mim...- Draco analisou a coruja e viu um pergaminho preso em uma das patas.
Draco pegou o papel, retirou a fita vermelha e desenrolou, lendo a mensagem com atenção.
''Deixe a passagem aberta á 00:00, preciso informá-lo.''
O garoto ofereceu um pedaço de maçã a coruja e abriu a janela novamente, para que fosse embora, o animal bateu as asas, desaparecendo no horizonte.
-Poderia ter vindo me visitar agora Zabini, não mandar corujas!- esbravejou rasgando o papel.
Draco ouviu batidas na porta e uma tentativa de abri-lá, se sentou na poltrona rapidamente e voltou a suas funções, a porta foi destrancada pelo lado de fora e Astória entrou no ambiente, com aquele mesmo sorrisinho enjoativo e chato.
-Amorzinho, que saudade.- se aproximou sentando sobre a mesa.
-Estou trabalhando e nos vimos a poucas horas, por favor, me deixe sozinho.- pediu entre dentes.
-Você vai ter um bom tempo para ficar sozinho.
-O que quer dizer com isso?- levantou seu olhar.
-Meu pai está doente, minha mãe pediu para que eu fosse vê-lo, por isso estou indo para Londres, ficarei por três noites, como você está trabalhando junto com seu pai, não poderá ir comigo.
-Que pena.- ironizou Draco.
-Nem pense em tentar nenhuma gracinha, estão de olho em você.- Astória ameaçou.
-Que outra opção eu tenho né.
Astória saiu de cima da mesa e saiu do escritório, Draco comemorou internamente, precisava daquele tempo para ficar sem aquela presença negativa.
(...)
A noite caiu e junto com ela o horário do encontro com o seu melhor amigo, Draco se sentou na cadeira a alguns metros de frente para a passagem e esperou.
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Sobre Nós // Draco Malfoy
Fiction généraleS/N Evans e Draco Malfoy fizeram suas escolhas, um lutaria pelo que acreditava, o outro pelo que talvez o forçaram, nesse jogo o amor sairia machucado. Será que esse sentimento tão profundo e tão forte iria ser deixado de lado? Todos esses question...