Capítulo 11.

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Dumbledore colocou uma xícara de chá á minha frente e colocou outra a sua, ele colocou um pouco de leite e levou aos lábios, eu já estava impaciente.

-Então? O que sabe?- disparei de uma vez.

-Não sei como soube disso, mas acho que já escondemos coisas demais de você.

-Não diga.- falei com irônia.

-Vamos ao que interessa- cruzou as mãos- A sua mãe está viva, mas desaparecida, não sabemos onde ela está, até o começo do ano passado, tivemos um sinal, mas nada muito concreto.

-Que tipo de sinal?

Dumbledore levou as mãos até a gaveta de sua mesa e puxou um papel, velho e escuro, junto com ele uma pulseira, muito delicada.

-Isso- me entregou- não tem nada nesse bilhete, mas junto com ele veio essa pulseira, que estava no pulso da sua mãe quando ela foi encontrada ''morta''.

Passei minhas mãos pelo pedaço de papel, de repente algumas letras começaram a aparecer.

-Professor Dumbledore, olha.- mostrei o papel ao homem que se levantou surpreso.

No papel, com letras elegante e um pouco desbotadas estava escrito:

''Minha pequena  lucky charm, sei que se essa carta chegou as suas mãos, você já é uma garota crescida e deve ser linda, sei também que mentiram pra você durante toda a vida, mas quero te dizer que isso acabou e te pedir perdão pelo o que essas mentiras podem ter causado a você! Mas quero que saiba que estou viva meu amor, escondida daqueles que querem me machucar, você deve estar querendo me encontrar, mas saiba que eu chegarei até você, na hora certa. Com amor mamãe.''

Deixei que a carta caísse no chão, eu não tinha reação alguma, a certeza de que minha mãe estava viva, me trouxe mais dúvidas.

Por que ela não queria ser encontrada? Por que mentiu tanto? Quando seria essa hora?

Aquela pequena carta só me trouxe mais dúvidas, assim como a que vovó havia deixado antes de ser morta, levantei da cadeira ainda enfraquecida, Dumbledore continuou calado observando a carta, caminhei até a saída, sem olhar pra trás.

Caminhando alheia a qualquer um, meus ombros esbarram com os de Blásio, o garoto segurou meu corpo antes que se chocasse contra o chão, seus olhos percorreram a minha expressão preocupado.

-Vou te levar pra enfermaria.- disse me pegando no colo.

-Não, eu não quero.- falei sentindo meu corpo esquentar.

-Você não tem querer.- disse alheio as minhas reclamações.

Como eu estava fraca demais pra debater com ele, deixei com que me levasse, ele entrou correndo na sala e me deitou em um leito vazio.

-O que houve com ela?- ouvi a enfermeira perguntar a Blásio.

-Eu não sei, encontrei ela já assim.

Depois as vozes foram ficando distantes, senti a enfermeira me sacudir, pedindo para que eu ficasse acordada, mas a escuridão já havia dominado meu corpo.


Blásio Narrando.

Estava eu cuidando da minha vida e da dos outros um pouco, quando alguém bateu no meu lindo corpinho, notei que era S/n, antes que eu dissesse umas boas pra ela, a garota caiu fraca nos meus braços, notei que o seu corpo estava ficando quente e que sua boca estava extremamente pálida, depois de uma breve conversa de que levaria ela pra enfermaria, ela não disse mais nada, obviamente porque estava certo.

Entrei correndo com ela no local e a deitei em cima do leito que estava vazio, a enfermeira me olhou preocupado.

-O que houve com ela?- perguntou a mulher.

-Eu não sei, já encontrei ela assim.- respondi.

-Ela já apresentava esses sintomas antes?- perguntou examinando a garota que já estava quase fechando os olhos.

-Não, eu acho que não, ela estava bem ontem.

-Ela apresentou enjoo? 

-O quê? Não, eu sei lá, por que?

A enfermeira olhou pra S/n e começou a sacudir a garota, tentando mante-lá acordada.

-Acorda S/n .- falei ajudando a enfermeira.

-Irei avisar aos responsáveis por ela, quem são?

-Os Malfoy.- falei assustado- O que é isso?

-Magia negra.- disse a enfermeira após olhar as pupilas de S/n que estavam verdes- Vou avisar a Dumbledore.- disse a enfermeira indo até a outra que estava ali e cochichando algo, depois ela correu até a saída e a outra veio até S/n, começando a medir a temperatura dela.

Sai daquela sala correndo o mais rápido que minhas perninhas conseguiam ir, precisava encontrar Draco, o que não demorou muito.

-Que porra é essa?- falei ao vê Astoria segurando as mãos de Draco enquanto ele falava algo.

-O que você quer Zabini?- questionou ele tirando as mãos do contato daquela sirigaita.

-Em vez de você tá ai dando papo pra essa catraca, deveria cuidar da sua namorada.

-Ela que tá estranha não eu.- falou irritado, eu revirei os olhos, ás vezes parecia que aquele garoto não tinha aprendido nada comigo, que vergonha.

-Olha não quero saber da suas desculpas, mas saiba que ela esta parecendo uma morta na enfermaria.- falei rápido.

-Como assim morta?- se levantou assustado.

-Ela foi enfeitiçada com magia negra, não sei como, mas Draco, eu não sei se ela vai resistir.- falei com sinceridade.

Mal tinha fechado a minha boca e ele correu em direção a enfermaria, antes que eu fosse também, me aproximei de Astoria.

-Melhor procurar outro pasto pra ciscar, eu sei bem o que você tá fazendo.-encarei ela.

-Que calunia!- disse com aquela voz enjoada.

-Eu te conheço, sei o que tá armando, mas melhor desistir, ou você vai se arrepender do que fez a meses atrás.

-Do que...

-Você acha que eu não sei que você se aliou a Laurent e Isabel? Que foi você que fez com que Mattheo fosse morto, que manteve Laurent nesse lugar? Que matou a minha prima?

A garota estava calada e assustada.

-Eu só não entreguei você porque não tenho provas físicas, mas já estou cuidando disso...Se eu souber que você tem alguma coisa haver com o que está acontecendo com S/n, eu vou ter o prazer de ter a minha varinha marcada com a sua morte!-encarei ela uma última vez que engoliu seco.

Corri de volta a enfermaria e no chão ajoelhado estava Draco, a cena a nossa frente era assustadora, as enfermeiras tinham rasgado a blusa da garota e uma estava em cima dela fazendo massagem cardíaca, enquanto a outra procurava pulso na garota.

Me ajoelhei ao lado de Draco abraçando o garoto que só fazia chorar, segundos depois Snape, Minerva e Dumbledore entraram na sala e correram até o leito, Snape pegou a varinha dele e falou alguns feitiços, as enfermeiras deram espaço, mas S/n não reagia, Dumbledore nos olhou e negou com a cabeça.

Aquilo estava um caos.


NOTA DA AUTORA.

Mais segredos estão sendo revelados e novas dúvidas estão surgindo, o que estão achando da história Merlins?

VOTEM E COMENTEM.

Beijinhos da Autora.





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