Capítulo 63.

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1 DIA ANTES...


-Confia na gente!- Draco falou e se aproximou dando um selinho na menina- Cuida dela Adrian.

A menina foi jogada no colo do moreno, Draco via um pedaço do seu coração ir junto com ela, mas sabia que o sacrífico era necessário.

Assim que eles sumiram no pó de Flu, a janela se estraçalhou, cacos de vidro voaram em direção ao rosto do menino e dos demais, que se abaixaram, levando o antebraço até os olhos, para se protegerem o máximo que conseguissem.

-Draco, você precisa sair daqui, não podem vê-lo.- Blásio avisou.

-Não posso deixar vocês aqui.

-Se você não for, a vida da sua mãe estará em jogo, nós daremos um jeito, agora vá.

Draco abaixou a cabeça e seu semblante se tornou tristonho.

-Não quero perder você, meu irmão.- tocou o ombro de Blásio.

-Não invente de me fazer chorar agora Malfoy, sabe que sou sensível, vai logo.- pediu.

Ele assentiu e se levantou, indo em direção a porta dos fundos, antes que tocasse a maçaneta a casa foi invadida e ele foi lançado violentamente para trás, batendo as costas no balcão de mármore.

Sua visão ficou turva por alguns momentos, mas isso não impediu que ele visse Mael se jogando a jogando em sua frente, impedindo que um feitiço o atingisse, Draco piscou os olhos mais algumas vezes e se arrastou até Mael.

-O que você fez?- disse em tom inconformado.

-Salvei sua vida.- riu enquanto o sangue escorria da sua barriga.

-Seu idiota.- rebateu pressionado o ferimento.

-Para- tirou a mão de Draco- você precisa sair daqui.

-M-mas.

-Sem mais, vaza logo daqui seu loiro engelsado, só avise a S/N que eu sou agradecido por ter tido a amizade dela e que eu lutei até o fim.- disse arfando pela dor.

Os olhos de Mael se fecharam pela última vez e sua vida se foi, Draco levantou e com as mãos ainda ensanguentadas limpou as lágrimas com as costas da mão, pegou a capa jogada ao lado do corpo morto e vestiu, saindo pelos fundos sem ser visto, correu para dentro da mata que ficava ao fundo da casa, debaixo dos arbustos, ao lado de um tronco velho, encontrou uma vassoura e voltou para a mansão Malfoy.

Entrou pela passagem secreta chegando até o seu quarto, foi até o banheiro, tirou suas roupas, se lavou, deixando com que o sujeira escorresse pelo seu corpo e descesse pelo ralo, levando o sangue de mais um inocente assassinado.

Draco apoiou as costas na parede fria, estava exausto em todos os sentidos, parecia que aquele pesadelo não acabaria nunca, que aquele ciclo se repetiria constantemente, até o fim de sua vida.

Batidas na porta afastaram seus pensamentos.

-Estou indo.- avisou desligando o chuveiro.

Depois de colocar uma toalha em sua cintura, abriu a porta e se deparou com Astória, que analisava o quarto cuidadosamente.

-Amor, que saudade.- correu até os braços do menino, que não correspondeu ao abraço caloroso.

-O que você quer aqui?

-Não posso mais ver o meu marido?

-Seu marido de fachada.- empurrou ela pro lado com calma.

-Quando você vai aceitar que me pertence agora?

Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora