Capítulo 71.

4.1K 357 455
                                    

-S/N...S/N...S/N acorda!- a voz ao fundo chamava incessantemente.

Ela abriu os olhos, sentiu como se um peso estivesse pendurado em seu pescoço, sua visão antes turva, agora se adequava a claridade da sala.

-Ai- reclamou colocando a mão sobre a testa- Que droga.

Sentou-se com dificuldade e notou que pares de olhos observavam com preocupação o estado em que ela se encontrava, parecia confusa e assustada.

-O que aconteceu meu amor?- Adrian se sentou ao seu lado, passando a mão por suas costas.

S/N fechou os olhos e apertou as têmporas, não sentia-se confortável para responder a nenhuma pergunta.

-Acho melhor deixar ela descansar.- Kate propôs entendendo a situação da filha.

Todos assentiram e Adrian a contragosto levantou do sofá e subiu as escadas, Kate olhou ao redor e sentou ao lado.

-Foi a ligação?

-Sim, mas dessa vez, isso me machucou.- suspirou.

-Ela está ficando mais forte e violenta, minha filha, por favor, encerre a sua relação com Adrian.

-Eu não posso mãe, eu não sei como fazer isso e ele me faz bem de certa forma.

Kate deu um sorriso reconfortante para a filha, antes de contar a verdade.

-Meu raio de sol, infelizmente não é ele que lhe faz bem, como você sabe, tem uma magia negra implantada em você e com ele uma pessoa que comanda parte da sua mente e faz com que você seja enganada com esse sentimento.

-Então esse sentimento não é real?

-Não, nunca foi, isso foi uma manipulação e agora as consequências chegaram, para o seu bem e o dele, termine isso.

-Mãe... Quem comanda a minha mente?

-Você já tem muitos problemas meu amor, deixe esse de lado por enquanto.

S/N respeitou aquele pedido, não iria insistir em saber quem dominava o seu lado ruim, resolveu se preparar para acabar a relação pouco duradoura com Adrian.

Se aquilo havia machucado ela daquela maneira, o que poderia acontecer a ele?

-Eu vou falar com ele.- levantou-se indo até o quarto de Adrian.

(...)

Três batidas na porta anunciaram a chegada, um baixo "entre" foi ouvido e assim ela fez.

-Meu amor, como você está?- correu até ela que fez uma menção para que não se aproximasse.

-Precisamos conversar.- disse seriamente.

Adrian sentiu as batidas do seu coração acelerarem descompassadamente, apenas assentiu e esperou.

S/N respirou fundo e sentou na cama, mexeu um pouco nos dedos como de costume quando estava nervosa e finalmente fitou ele.

-Temos que terminar.

-O quê?- se pôs de pé em um pulo- Por quê?

-Não podemos ficar juntos, nunca poderemos.

-De onde tirou essa ideia?

-Adrian, o que me atacou ontem, pode matar você, do que adiantaria continuar correndo perigo atoa?

-Podemos achar uma solução.

-Não tem solução Adrian!- respondeu firme.

-Mais...Mais eu te amo!- seus olhos encheram de lágrimas.

-Eu sinto muito, isso nunca deveria ter acontecido.- levantou-se e saiu do quarto.

Adrian sentiu como se uma espada de fogo atravessasse seu peito, a garota que ele amava não poderia ser sua, nunca.

O sentimento de tristeza se transformou em raiva, seu olhar se tornou frio, no ódio que acumulava em seu peito, ele derrubou e quebrou todos os portas retratos, o espelho, os vasos que decoravam seu quarto.

-Que merda é isso?- a voz de Pansy cortou o ambiente e suas ações- Adrian?

Ele respirou fundo e enxugou as lágrimas com as costas da mão, tamanha força havia sido colocada que seu rosto ganhou um tom surpreendente de vermelho.

-Saia.- pediu cansado, deslizando pela parede até o chão.

-Não, me explique o que aconteceu.- insistiu a garota, que ainda estava fraca e por isso andava com dificuldade.

-Do que vai adiantar?

-Talvez desabafar ao invés de quebrar a casa.- sentou ao seu lado.

Adrian respirou fundo e fungou.

-S/N terminou comigo, disse que não podíamos ficar juntos, que eu corria perigo.

Pansy não demonstrou nenhum sinal de surpresa, sabia que aquilo aconteceria.

-Ela está certa, não vou mentir que achei uma loucura tudo que rolou entre vocês.

-Eu poderia lutar contra isso.

-Não mesmo, você viu o que aconteceu com quem se meteu na relação dos dois, mesmo com os acasos, tudo se relaciona com eles: Cedric, Mattheo, Laurent, Isabel, Mael e... Liya, foram alguns, nós também corremos perigo e você mais ainda, ela fez o certo.

-Eu, eu só queria ser o suficiente pra ela.

-Ela não é sua, o destino dela é de outro, eu sei que está doendo agora mais isso vai passar.

Pansy enxugou a lágrima solitária que escorria pela bochecha suavemente, Adrian virou o rosto devagar, fechando os olhos com o toque.

Pansy sentiu algo estranho, aquilo era adequado?

As respirações se misturavam no curto espaço que havia entre os dois.

-Oh bocetu... Puta que pariu, desculpa, Zabini saindo.- disse após abrir a porta com tudo, assustando os jovens.

-Não é nada disso que você tá pensando.- Pansy tentou levantar, mas era impossível pela sua situação.

-Eu não pensei, não vi e não ouvi nada, licençinha.- forçou um sorriso e saiu do quarto.

-Me desculpa Pansy.- Adrian falou, ajudando ela a levantar do chão.

-Não tem pelo que se desculpar, eu acho melhor ir andando, qualquer coisa, só, sei lá, é... Tchau.

Pansy deixou o quarto de Adrian sentindo suas bochechas esquentarem como duas brasas.

Adrian que ainda estava machucado pelo término com quem considerava o amor da sua vida, parecia ter tido um leve frescor na alma, o peso parecia estar ficando mais leve.

Ele olhou para a porta aberta e suspirou, talvez o destino tivesse outros planos pra ele.

Votem e comentem.

Beijinhos da desaparecida.





Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora