Capítulo 46.

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Minha boca estava seca, minha cabeça latejava sem parar e aqueles sacolejos de um lado a outro, eram enjoativos.

Abro os olhos e percebo que estou quase de ponta a cabeça, alguma coisa segurava a minha cintura, isso está em movimento, levanto a minha cabeça um pouco e percebo que estou em uma floresta, nos ombros do brutamontes.

Tento erguer a minha cabeça mais um pouco, mas o maldito percebeu que eu havia acordado, suas mãos grosseiras me retiram de seus ombros me colocando no chão violentamente, uma dor absurda tomou o meu tornozelo direito.

-Desgraçado.- esbravejo.

Meu rosto é atingido pela sua mão, cambaleo para trás, sua mão pega em meu braço novamente, me colocando de costas, segurando o meu braço fortemente para trás.

-Larga ela!- Draco fala se aproximando, mas Belatrix o puxa para trás.

-Ela é uma traidora, está tendo o tratamento que merece sobrinho!

-Se ele encosta a mão nela novamente eu mato ele!- Draco rebate.

Belatrix gargalha alto e segura a garoto pelo braço.

-Se tivesse controlado ela, isso não teria acontecido, mas é um imprestável como o seu pai! - diz a mulher.

-Cala a boca sua maldita!- Draco grita - Me entregue ela agora!

Belatrix a contra gosto, balança a cabeça na direção do homem que me empurra na direção de Draco.

Draco me recolhe em seus braços, a dor no meu tornozelo era alucinante, em outra situação eu estaria xingando ele e longe do seu aperto, mas naquela situação apenas me calei e aceitei.

O caminho até a Mansão Malfoy foi silencioso, Draco tinha o peso do meu corpo sobre o seu, em nenhum momento ele reclamou ou fez algo que indicasse que ele estava cansado.

Os portões se abriram, a porta principal também, dela saíram Lúcio e Narcisa, o homem estava feliz, a mulher assustada.

Narcisa correu em nossa direção, ela abraçou Draco fortemente, que não reagiu, a mulher desfez o abraço e me olhou preocupada.

-O que aconteceu com o seu rosto querida? Você está sangrando!

Olhei para o brutamontes que deu um sorriso sádico, Narcisa suspirou e me olhou novamente.

-Leve ela para dentro. - pediu a Draco.

O garoto me pegou no colo e entrou dentro do recinto comigo, fechei os olhos tentando não vomitar ao olhar Draco subindo as escadas.

Antes que ele cruzasse a porta de um quarto, duas mãos afastaram Draco, fazendo com que ele me deixasse cair no chão.

-Porra...- murmuro.

Meu cabelo é puxado violentamente para trás, no fim do corredor a figura do vilão vinha em minha direção, em seu rosto um olhar de desprezo, o mesmo se agacha, fixando seu olhar no meu.

-Garota estúpida!- Voldemort disse me dando um tapa no rosto em seguida.

-Estúpida é quem te pariu!-falo cuspindo em seu rosto.

Meu cabelo é puxado com mais força, aquele cheiro estranho pertencia a Belatrix que se divertia.

-Faça isso de novo e eu acabo com você menininha!- diz em meu ouvido.

-Vai se foder!- grito, ela puxa meus cabelos com mais força e pisa em meu tornozelo.

As lágrimas que se seguraram por tanto tempo foram despejadas, tanto pela raiva quanto pela dor.

Draco tentava se soltar dos braços do pai, enquanto via a tortura que eu sofria do meu próprio genitor e sua gangue.

-Você é tão ruim quanto a sua mãe, me dá desgosto, ter você como filha!

-Eu nunca disse que sentia orgulho por ter tido um assassino como pai!

Mais uma vez sua mão foi de encontro ao meu rosto.

-Pare, está machucando ela!- Narcisa pediu, mas foi repreendida com um olhar de Lúcio.

-Leve ela para o andar de baixo, amarrem ela e não deixe que receba nem água, nem pão!

Belatrix assentiu e um dos seus me pegou pelo punho, prendendo meus braços e me arrastando até o andar de baixo.

Fui levada até uma espécie de masmorra, minhas mãos foram suspensas e presas, meu corpo ficou pendurado, a única coisa que eu poderia colocar os pés era um banquinho, que foi chutado para longe.

-Se você se comportar garotinha, fez eu deixe isso menos doloroso.-o homem pegou uma cadeira e aproximou do meu pé, colocando embaixo, a sensação de alívio foi imediato.

Dou um suspiro de satisfação, mas o homem retira a cadeira, deixando que meu corpo fique de novo na posição desconfortável.

-Você gostou disso?- disse o homem.

Viro meu rosto e o homem empurra meu braço, fazendo com que eu balance de um lado a outro.

-P-para, por favor...- digo num fio de voz.

-Não estou ouvindo vadiazinha, repete!

-P-para!- peço e o homem me segura, ele puxa a cadeira novamente e coloca embaixo dos meus pés.

-Fica quietinha, ou isso vai ser doloroso pra você.- o homem fala abrindo os botões da minha calça.

Começo a me remexer tentando me afastar do seu contato, ele sobe uma mão até o meu queixo, onde por instinto mordo.

O homem grita de dor, o sangue escorre pela mesma, o homem se aproxima e me dá um soco no rosto, meu olhar fico turvo.

-Vagabunda!- fala rasgando minha blusa e tirando um pedaço, colocando em minha boca, como uma mordaça.

O homem grita pela dor causada da minha mordida.

Mas isso não faz o mesmo desistir, ele desliza uma mão por dentro da minha calcinha, antes que ele introduzisse o seu dedo, Narcisa chega a masmorra e pega a sua varinha.

-AVADA KEDAVRA!- diz a mulher e o homem cai sem vida no chão.

Ela se aproxima e abraça o meu corpo, choramos juntas.

-Me perdoa!- a dizia a todo tempo.

-Narcisa! Saia!- Lúcio fala puxando a mulher, os seus olhos me julgam de cima abaixo - Vamos! Vou mandar os empregados tirarem o corpo desse verme do chão.- diz por fim.

Belatrix se aproxima e pega em meu queixo.

-Tenha bons sonhos maldita!

Seu cotovelo atinge o meu rosto e tudo se apaga.

Eu sei que vocês querem matar a autora.
Mas eu amo vocês.
Votem e comentem please.
Beijinhos da Autora.




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