Capítulo 65.

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-Não fique assim.- Adrian tocou o ombro de S/N.

-Mael está morto, por minha causa, como você quer que eu me sinta Adrian?- se afastou indo para o outro lado do balcão.

-O culpado disso tudo é Voldemort, com a sede de poder, com sede da maldade!

-Pra você falar assim, é tão fácil, mas eu sei que sou um fardo pra você.

-Para - deu a volta no balcão-  nunca mais fala uma idiotice dessa, você é muito importante pra mim.- segurou o seu rosto.

O polegar dele, deslizou de forma suave pelas bochechas levemente avermelhadas, pelos dias no sol, seus olhos passeavam sem nenhuma vergonha pelos detalhes do rosto de S/N, enquanto ela, parecia estar paralisada com aquele toque inocente, mas um tanto íntimo.

O vento soprou suavemente pela casa e o arrepio percorreu cada camada da pele dela, que se aproximou um pouco mais, se aconchegando no calor que o corpo dele proporcionava.

Adrian sabia que não devia, mas ele resistiu tanto, que mal faria, pelo menos uma única vez, sentir o gosto dela, a maciez dos seus lábios contra os dele.

Assim ele fez, se deixou levar pelo lado emocional.

Deveria ter sido apenas um beijo casto, mas se tornou um beijo sedento, profundo e lento, então ela o desejava também, pelo menos um pouco? 

Ou ela estava frágil demais e ele estava se aproveitando de tal situação?

Essa pergunta martelou sua mente e ele se afastou, quebrando o beijo, dando as costas para S/N que estava tão confusa quanto ele.

-Me desculpa eu não deveria ter feito isso contra a sua vontade.

-Não foi contra a minha vontade- prontificou-se a dizer- Eu correspondi.

-Você está frágil, por isso fez.

-Não é verdade- deu um suspiro pesado- Eu não sei exatamente porque fiz isso, mas eu fiz.

-Por pena talvez.

-Adrian, eu não sei exatamente o que sinto por você.

-O que está dizendo? Não pode sentir nada por mim, além de amizade, a sua ligação não me permite.

-Não era pra permitir...- sua voz falhou, ela respirou fundo e continuou- Eu amo Draco com todas as minhas forças, mas algo em você, me deixa confusa.

Ele passou as mãos pelo rosto, subindo até os cabelos lisos e pretos, bagunçando um pouco, aquilo era muita informação e mais do que ele poderia aguentar, levantou o rosto e viu que uma pequena faísca verde predominava nos olhos dela.

Agora, talvez, ele tinha a resposta: o lado ruim dela desejava ele.

-Acho melhor fingirmos que isso aqui nunca aconteceu.- disse rapidamente.

-''Isso''?... Certo, acho melhor eu subir pro quarto.

Adrian não se opôs, ficou calado, não lhe lançou também nenhum olhar que dissesse algo alo contrário, que fizesse a ficar e tornasse tudo aquilo mais complicado do que era.

Ele ouviu ela se distanciando e depois ficou mais alguns minutos parado no mesmo lugar, precisava pensar em algo, não poderia se ludibriar com uma S/N que não lhe pertencia.

Caminhou até o porão, desceu as escadas com rapidez e foi até a parede falsa, que era escondida por uma armário antigo, puxou o armário e empurrou a parede, o lugar estava com teias de aranha, muito empoeirado pelo tempo que ficou fechado.

Estendeu a mão e de dentro da abertura mediana, tirou um pote, com um pergaminho dentro.

Fechou em seguida, assoprou a poeira que acumulava na tampa marrom, depois desenroscou e tirou com cuidado o papel, abrindo em seguida.

Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora