Capítulo 9.

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Encarar Draco do outro lado da mesa era como um castigo, eu não havia respondido o seu pedido, se ainda estava com ele ou se mais uma vez tudo tinha acabado de vez entre nós dois, mas a verdade era que nem eu sabia.

Meu corpo, minha mente, ainda estavam em estado de choque, a todo momento aquela marca e seu braço passava em minha mente, como um filme.

-Sem fome?- Mael disse se sentando ao meu lado.

Olhei para frente e Draco travou o maxilar, Blásio que estava ao seu lado, iria levantar para vim em nossa direção, mas ele o impediu, Blásio olhou para ele surpreso.

-Hoje eu não estou pra brincadeiras.- falei fechando os olhos.

-Hum... Seu namoradinho te levou pra alguma bodega de quinta categoria?

-Já falei que não tô pra brincadeira, meu dia tá uma merda.- abri os olhos irritada.

-Se você aceitar dá uma volta comigo, talvez isso possa ajudar um pouquinho o seu dia.- deu um sorriso de lado.

-Só me deixe em paz

-Você que sabe.- pegou uma maçã e saiu.

Empurrei o prato com a comida intocável e levantei da mesa, sai do salão principal e caminhei até a árvore que Cedric e eu costumávamos nos sentar a dois anos atrás.

Aquele lugar em especial, me trazia uma nostalgia boa uma tristeza ao mesmo tempo, e pensar que eu considerava aqueles dois anos atrás difíceis, não eram nada perto do que aquele, que nem bem tinha começado, e já estava sendo uma grande caixa de problemas.

Me sentei debaixo da mesma e encostei a cabeça no seu tronco, fechei meus olhos sentindo uma brisa leve, meus olhos foram pesando aos poucos, meu corpo formigou, um zumbido estranho se formou em meus ouvidos.

-S/n...- uma voz doce tomou meus ouvidos.

Um clarão se formou e eu abri os olhos rapidamente, dei um pulo pra trás e comecei a me beliscar, na minha frente estava Cedric.

-Eu tô delirando?- falei me futucando, Cderic aproximou suas mãos e segurou as minhas. 

-Não está, eu estou aqui.-sorriu.

-Como isso é possível?- questionei sentindo o toque quente de suas mãos contra as minhas.

-Coisa de fantasma.- disse com humor- Eu precisava falar com você, vem comigo.- disse se levantando.

Segurei suas mãos e me levantei, o ambiente estava mais iluminado, como em um sonho, naquele lugar só estava eu e ele, era como se eu estivesse em transe e tivesse sido mandada pra outro plano.

-Senti sua falta.- falei.

Cedric abriu aquele sorriso que deixava qualquer garota aos seus pés.

-Eu sei, também senti a sua, muito.- colocou a mão em minha cintura.

-O que você quer falar comigo.

-Temos tempo.- disse pegando a minha mão- Tem outras pessoas que querem falar com você.- me puxou.

De repente estávamos em um campo, com uma árvore e um balanço.

-Esse lugar...- falei sentindo uma emoção surgir.

Cedric soltou a minha mão e de trás da árvore Mattheo surgiu, ele estava com um sorriso no rosto, ele caminhou até nós e me abraçou.

-Mattheo... Como...

-Shiu, não precisa dizer nada.- afagou meus cabelos- Eu estou bem, muito melhor que antes.- beijou minha testa.

-Não vai me abraçar também.- Merinda disse ao lado dele.

-Por Merlim.- abracei a garota fortemente.

-Obrigada por cuidar dos meus filhos, eles te amam muito.- disse tocando meu rosto.

-Eu também amo aqueles bebês.- falei secando uma lágrima.

-Eles sente um amor incondicional por você, assim como o meu Fred.- segurou minhas mãos.

-Eu também amo ele, é como um irmão pra mim.- ela concordou e me abraçou de novo.

-S/n, tem uma outra pessoa que precisa falar com você.- Cedric disse sussurrando em meu ouvido.

Abracei Mattheo e Merinda pela última vez e Cedric segurou a minha mão, no mesmo segundo estava na casinha que morava com a minha avó, caminhei pela sala pequena e aconchegante, toquei os porta retratos com a nossas fotos, um cheiro de café surgiu na cozinha, segui o aroma, ao chegar na cozinha, encontrei minha avó com um sorriso acolhedor no rosto.

-Minha querida.- disse minha avó abrindo os braços.

Corri até a mesma abraçando fortemente, as lágrimas vieram a tona, derramei todas mágoas e os diversos sentimentos que estavam presos em seu abraço.

-Eu estou aqui meu amor, eu estou aqui.-beijou o topo da minha cabeça.

Depois de alguns segundos me recompus, me sentei a mesa e ela me olhou com aqueles olhos tão sinceros que eu sentia falta todos os dias.

-Antes de tudo eu quero que você saiba, que eu admiro você e te amo minha neta, você se tornou uma garota forte e linda.

-Vovó eu queria tanto a senhora comigo, tá tudo tão difícil.

-Eu sei, mas você tem que ser forte, logo isso tudo passará.- segurou minha mão.

-Senhora, temos pouco tempo.- disse Cedric, minha vó o olhou e assentiu.

-Quem fez isso com a senhora, quem a matou?- questionei rapidamente.

-Você um dia vai saber, mas agora tem uma coisa que você precisa ter conhecimento e precisa lutar por isso.

-O quê vovó?- questionei aflita.

-A sua mãe, ela está viva.- disse.

-O quê?- questionei assustada.

-Eu te amo minha querida, lute por ela e por ele.- disse vovó antes de sumir.

Olhei para Cedric que segurou a minha mão e novamente estávamos de volta a árvore.

-Cedric, o que significa isso?- perguntei.

-O que você precisa saber, lembre-se, estamos com você, e eu te amo.- Cedric se aproximou e beijou a minha testa.

No mesmo instante, abri os olhos assustada, eu estava de volta a minha realidade, apalpei o tronco da árvore assustada, minha respiração estava descontrolada.

-Que porra foi isso?- falei passando as mãos no cabelo.

Meus dedos se prenderam em alguns fios, ao puxar vi uma correntinha, que minha avó usava a todo instante e eu não tive a chance de pegar quando ela morreu, e ela estava ali agora na minha mão.

Aquilo não tinha sido um sonho, minha mãe estava viva e eu tinha que encontra-la.


NOTA DA AUTORA.

Olá Merlins, espero que tenham gostado desse capitulo.

Não se esqueçam de votar e comentar.

Beijinhos da Autora.

Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora