Capítulo 30

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Felpudo, o novo amigo de Natasha, uma das criaturas que vive em Vormir e que ela pegou e domesticou para conviver com ela, ficou sentadinho e olhando para ela depois que ela parou de vomitar.

Natasha: Tudo que eu fiz foi para ter o meu bebê de volta, Felpudo.

Natasha comentou com Felpudo enquanto abraçava a própria barriga.

N: Eu sei que não era para ter acontecido desse jeito, porque... eu achei que viria aqui mas que voltaria para a Terra e então lá, nós usaríamos as joias e traríamos todo mundo de volta. Mas como eu ia imaginar que meu destino seria nunca mais voltar??

Natasha ainda estava sentada sobre a areia, ela desviou o olhar e ficou encarando o nada.

N: Eu nunca planejei não voltar e todos os dias eu penso no meu filho, que o deixei pra trás e que quebrei a minha promessa a ele e que quebrei meu pacto com o Steve...

Natasha suspirou.

N: Eu só espero que algum dia ele possa me perdoar, que eles possam me perdoar. Eu queria que o James soubesse que não foi uma troca... eu não troquei ele pelo irmão, apenas aconteceu... e agora... mesmo o Caveira dizendo que posso sair daqui, tendo mais uma alma... como eu sairia? Esse bebê teria que ficar e eu jamais deixaria ele e eu não sei como será o futuro dele aqui...

Natasha sentiu os olhos embaçados por lágrimas, ela voltou a encarar o Felpudo.

N: Ainda que eu mandasse o bebê embora... para onde iria? Estou presa em Vormir e presa no passado e não no presente deles, ninguém viria resgatar esse bebê.

Natasha constatou.

N: Será que esse bebê poderia viver aqui? Toda essa variação de temperatura que tem aqui, essas tempestades e aqueles animais selvagens... ele sobreviveria?

Felpudo emitiu um som, que Natasha sempre interpreta como se ele estivesse dizendo que entende o que ela está dizendo.

N: Ele vai sobreviver...

Natasha respondeu para se consolar.

N: E ele vai nos fazer companhia porque eu já dei a minha vida por ele uma vez, então eu sou capaz de tudo para manter ele a salvo.

Natasha deu um pequeno sorriso.

N: Eu me sinto feliz, Felpudo... muito feliz...

Natasha sorriu mais e voltou a deitar na areia, ela deixou as mãos sobre a barriga.

N: Eu finalmente tenho um motivo para me manter sã nesse lugar.

Natasha declarou enquanto acariciava a barriga. Felpudo deu pulos na areia e deu um para perto de Natasha, depois deitou ao lado dela, bem rente a barriga e tirou aquele momento para tirar um cochilo.

Enquanto Felpudo descansava, a mente de Natasha fervilhava, além de pensar em James e Steve constantemente, algo que era rotineiro e obsessivo pra ela, ela começou a pensar na gravidez e em como seria passar por uma gravidez naquele ambiente hostil.

Natasha concluiu que enquanto o bebê estiver dentro dela, ele vai sobreviver e ficará bem, o problema é quando ele nascer. Se estiver fazendo esse calor do cão como está agora, basta o bebê ficar pelado, assim como ela praticamente está. Mas e no frio? A nave protege, mas não o suficiente. Aonde arrumar tecido para proteger ele?

Natasha só conseguiu pensar numa saída... esperar o Caveira Vermelha aparecer, matar ele e roubar suas roupas. O único problema é que ela não sabe se ele reaparecida pelado da próxima vez, ela não quer que o bebê tenha uma visão dessas. Seria o primeiro trauma.

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