capítulo 13

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- Pronto? - Fernanda perguntou, vendo Carol  assentir com uma expressão confusa em seu rosto.

- Sim, mas.. Eu acho que eu estou com
defeito. - Carol disse olhando sua própria
intimidade.

- Como? - Fernanda indagou.

- Eu ainda quero fazer xixi. - Ela disse, vendo Fernanda arquear a sobrancelha.

- Então faz.

- Não dá! - Carol negou.

- Mas você não quer? - Fernanda perguntou e Carol assentiu.

- Mas está preso, eu acho. - Ela disse bufando em completa frustração.

- Meu amor, como assim preso? Acho que vou conversar com seu médico. - Fernanda disse, cogitando possíveis infecções.

- Acho que a Prica pode ajudar. - Carol
disse, vendo sua mãe ficar ainda mais
confusa.

- E como ela pode ajudar?

- A massagem dela me fez querer fazer xixi.
Deve funcionar de novo. - Se Fernanda pudesse ficar mais vermelha do que já estava, ficaria. Seus olhos se fecharam, caindo em percepção do que havia realmente acontecido.

- Diz um coisa, filha, você sentiu calor? -
Fernanda perguntou com objetividade.

- Como sabe? Você também? - Carol
indagou.

- Seu coração acelerou?

- Você é vidente? - Carol perguntou confusa.

- Eu sou nova demais para ouvir isso. - Fernanda disse para si mesma, rindo.

- Acho que não vai sair, mamãe. - Carol
dizia, alheia aos pensamentos de sua mãe.

- Querida, o que sentiu não foi vontade de
fazer xixi, foi uma coisa mais adulta. - Fernanda explicou.

- Então o que foi?

"Vontade de gozar." Pensou, mas não poderia explicar com essas palavras para sua filha.

- Lembra que a mamãe explicou sobre seu
cérebro brigar com a outra parte dele, às
vezes? - Indagou.

- Mas você disse que demoraria para
acontecer. - Carol falou ainda confusa.

- Acontece que aparentemente tem algo
próximo de nós que seu cérebro adulto
parece gostar. - Fernanda disse. Como explicaria isso para sua filha?

- A massagem da Prica? - Perguntou,
lembrando do toque da garota em sua pele,
sentindo seu corpo voltar a incendiar.

- A "Prica", no geral. - Fernanda disse. - Não
dá. - Ela disse se levantando, negando com a cabeça. - Não sirvo para isso, você deveria ter seis anos, céus. - Falou bufando, constrangida.

- Vou ver se Pricila te explica isso melhor, se
não, vou ver com a Amanda.

- Por quê?

- Porque se a mamãe piscasse os olhos igual
você, provavelmente este seria um momento onde aconteceria tal episódio.

- Não entendi. - Carol disse.

- A mamãe é ruim em explicações. - Fernanda  disse rindo.

- Oh! - Carol disse.

- Vem, vamos voltar!

[...]

A porta do salão se abriu e se fechou
bruscamente e um Gabriel irritado e
transbordando raiva entrara por ela, com
um saquinho de lanches naturais e um porta copos com sucos naturais de laranja.

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora