capítulo 31

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As garotas se beijavam com afobação
enquanto um filme qualquer rodava na
televisão. Pricila mal podia respirar, mas se
negava a parar de beijar Carol. A garota
gemeu baixinho quando Carol arrastou
as unhas em suas costas por baixo da blusa
e não resistiu em apertar com vontade a
cintura de sua namorada, acariciando a
barriga lentamente.

- Pri, por favor.. - Carol sussurrou em um
choramingo, enquanto Pricila desceu uma
trilha de beijos ao longo do pescoço da garota.

Pricila queria, Carol queria, então por que
não? Foi o pensamento impulsivo de Pricila
que a fez deslizar sua mão para dentro
da calça de moletom que Carol usava, a
acariciando por cima da calcinha. Ela ofegou quando sentiu o quão úmida a calcinha da garota estava.

"Não vou fazer nada além de ajudá-la. Não
vou ir mais além." Repetia em seu interior
como um mantra.

- Isso é bom... - Carol gemeu baixinho,
abrindo inconscientemente as pernas e
fechando os olhos para desfrutar do toque de Pricila.

- Eu vou te ajudar a parar a vontade, está
bem? - Pricila murmurou, vendo Carol
assentir e voltar a colar as bocas. Os dedos de Pricila começaram a massagear o
clitóris de Carol por cima do tecido, fazendo a garota se contorcer abaixo de si.

- Pri, isso é muito gostoso.. - Carol gemeu,
mordendo o lábio inferior de Pricila para
abafar um gemido alto. Pricila acelerou os
movimentos, sentindo as unhas de Juliette se arrastarem em suas costas.

- É? - Pricila perguntou, quase explodindo em sua própria excitação.

- Sim, você está se aproveitando de mim.
Todos sabem disso. Você é uma aproveitadora de inocentes.

Aproveitadora.

Aproveitadora.

Os olhos se abriram e Pricila se sentou na
cama, olhando tudo em volta. Maldito
pesadelo dos infernos! Sentiu o desconforto em sua intimidade e se levantou, trancou a porta e voltou a se deitar. Fazia quatro fins de semana desde o primeiro que Carol havia ido em sua casa e desde então não conseguia parar de se excitar com simples toques ou a ter aqueles sonhos onde Carol ou Danda a acusavam de ser
aproveitadora.

Ela sabia que não era, mas sabia que estava
há tempo demais sem ter um orgasmo.
Provavelmente era por isso que estava tão
frustrada ultimamente. Isso acabaria ali,
pensou. Pricila retirou toda a sua roupa e olhou no relógio, em menos de uma hora ela teria que ir buscar Carol, era uma rotina de seus fins de semana elas passarem ali, juntas, enquanto no meio de semana Pricila iria visitá-la em sua casa pelas manhãs, afinal suas aulas práticas haviam voltado.

A garota suspirou e focou em Carol: Não
seria errado se masturbar pensando nela
agora, seria? Afinal ela não era tão inocente
naquele assunto mais e já havia deixado
claro para Pricila que se excitava com ela. Tal pensamento fez Pricila descer uma mão até sua clavícula e acariciar a região, descendo-a até seus seios. Seus dedos indicador e polegar se fecharam contra o bico entumescido e ela o apertou levemente, enquanto sua mão
escorregava por sua barriga até alcançar seu clitóris.

Ela não precisa de muito, estava
completamente excitada e, por isso, começou a massagear o nervo rígido, lembrando dos beijos quentes que já havia trocado com Carol, lembrando da maciez da pele da garota, da suavidade do toque dela contra seu corpo. Ela arqueou a coluna quando sentiu que estava perto.
Doce céus, quanto tempo não experimentava a sensação. Seu centro pulsava em clamor a um orgasmo quando Pricila introduziu dois dedos em seu interior, gemendo baixinho com
a sensação avassaladora que dominou os seus sentidos. Ela começou um delicioso movimento de vaivém e, com polegar, acariciava seu clitóris.

Acelerou os movimentos quando sentiu que
estava na borda, seu corpo já estava suado
pelos movimentos rápidos e graças ao calor
que a inundava, mas não estava sendo o
suficiente, então apertou seu seio com mais
vontade e retirou os dedos de dela, os levando completamente encharcados até seu clitóris e começando a massagear o nervo com dedos que antes estavam em seu interior. Ela gemeu ao sentir o quão molhada estava e acelerou ainda mais, aplicando mais pressão. Estava chegando.
Estava chegando. Podia senti-lo.
Todavia, batidas na porta a fizeram pular
assustada.

- Quem é? - Pricila perguntou, sentindo a
frustação e o mau humor inundarem cada
célula de seu ser.

- Carol e Danda estão lá embaixo. - Luccas
gritou de volta, fazendo Pricila estranhar. Era sempre ela que ia buscar Carol.

- Avise-as que vou tomar um banho bem
rápido e em um segundo já desço. - Disse,
recolhendo suas roupas do chão. - E diga para ficarem à vontade. - Avisou por fim, indo em direção ao banheiro. Ela não conseguiria terminar o que havia
começado, nunca funcionava por pressão,
então nem se daria ao trabalho de tentar.

[...]

- Oi, coisa linda. - Pricila disse assim que
desceu da escada, dando um selinho em
Carol, afinal Danda já havia se acostumado,
porque Carol se recusava a ter uma
despedida sem um beijinho descente, como
costumava chamar.

- Olá, Danda. - Pricila disse, dando um beijo no rosto da mulher.

- Olá, criança. - Danda respondeu
gentilmente. - Não precisa fazer essa cara,
só vim porque Carol alegava estar com
saudades e queria te contar a novidade. -
Falou rindo ao ver a expressão preocupada
no rosto de Pricila.

- Novidade? - Pricila perguntou confusa, mas paralisou ao ver Carol se levantar do sofá e caminhar pela sala.

Seus olhos percorreram o ambiente à procura das muletas, mas não as encontrou.

- Oh meu Deus... - Ela disse incrédula. - Eu
estou.. Estou tão feliz. - Pricila exclamou,
vendo Carol se aproximar dela e tocar seu
rosto delicadamente.

- Por que está chorando, Prica? - Carol
perguntou, enxugando uma lágrima no rosto de Pricila.

- Porque a minha namorada está completamente bem e isso faz muito feliz meu coração. São lágrimas de alegria, sua boba. -  Pricila explicou, colando sua testa na de Carol.

- Agora eu vou poder descer as escadas e
preparar nosso café na manhã igual você faz para mim. - Carol disse sorrindo.

- Pricila será que podemos conversar um
momentos antes de eu ir? - Danda perguntou e Pricila assentiu.

- Claro, como está? - Pricila perguntou, dando um selinho em Carol e acenando a cabeça para Danda a seguir até a cozinha. - Eu estava pensando, se você quiser vir passar os domingos com a gente eu ficaria muito feliz. Não gosto da ideia de te deixar sozinha por um fim de semana todo.

- Carol anda exigindo uma certa liberdade
normal para sua idade, prefiro não
atrapalhar. - Danda disse sem jeito, se
ajeitando em uma das cadeiras dali. Pricila
imitou seu movimento e também se sentou.

- Imagina, Carol adora sua companhia e eu
também. Não se preocupe com isso. - Pricila
disse, segurando a mão da mulher.

- Acredito que precisem de um momento de
privacidade e, bem.. - Ela limpou a garganta. - Meu limite de constrangimento foi muito ultrapassado, então estou bem com isso. - Replicou rindo e Pricila assentiu.

- Bem, sobre o que queria conversar? - A mais nova perguntou.

- Sobre, hm, vocês. - A mulher disse
envergonhada. Pricila arqueou uma
sobrancelha. Sobre elas? O que Danda teria
para falar, afinal?

















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Nossa menina tá 100% recuperada

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora