Cansaço era o que resumia Pricila naquele
momento. Sua maior vontade era ter corrido para a casa de Carol e acertado as coisas, contudo, cansada do jeito que estava não resolveria nada. Ela havia trabalhado duas horas mais, tentando se esquecer de seus próprios problemas enquanto ajudava seu paciente. Sem contar que perdeu um bom tempo lendo os papéis que assinou para sua contratação. Enquanto jogava sua chave na mesinha de canto da sala, se surpreendeu ao ver Vanessa abraçada com Clara, assistindo filme.- Sem sexo? - Pricila indagou surpresa. - Esse dia está mesmo estranho. - Pricila disse, fazendo Vanessa rir.
- Acho bom não descer para beber água
durante a madrugada, pois verá até de cabeça para baixo. - Vanessa disse, fazendo Clara enterrar o rosto no travesseiro, tamanha era sua vergonha.- Não se preocupe com isso, pois pretendo
desmaiar hoje. - Pricila disse, subindo as
escadas e indo direto para seu quarto.
Ela tomou um susto assim que viu, sobre sua cama, o corpo de Carol. A menina estava abraçada em seu travesseiro e lhe olhou tristemente.- Desculpe ter gritado? - Carol pediu,
fazendo Pricila amolecer na hora e se
aproximar na cama, se ajoelhando no chão para ficar cara a cara com sua namorada.- Eu que devo me desculpar. - Pricila disse
baixinho. - Você vai dormir aqui hoje?- Se você deixar... - Carol disse receosa e
Pricila sorriu.- Não seja boba, você pode dormir comigo
sempre que quiser. - Disse. - Posso ir tomar
um banho para conversarmos? - Carol
assentiu, sentindo os lábios de Pricila se
tocarem a pele de seu rosto antes de ir para o banheiro.Assim que Pricila saiu do banheiro ela viu
que Carol havia se trocado; ela usava sua
camisa branca larga que cobria suas coxas
e, como estava deitada, Pricila podia ver que estava somente de calcinha por baixo. Não pôde deixar de sorrir com a fofura da cena, se enfiando em sua calça de moletom e em uma camisa qualquer antes de engatinhar até sua namorada. Carol se enroscou em seu corpo e se acomodou, virando o rosto para encará-la.- Eu estraguei seu aniversário, Prica. Me
desculpe. - Carol disse baixinho. - Eu não sei
o que deu em mim. - Pricila riu levemente e
deu um beijo em sua têmpora.- Isso se chama TPM, amor, e todas temos. -
Pricila disse, mordendo o lábio inferior antes de falar novamente. - Ou talvez seja você em sua fase rebelde. - Brincou antes de suspirar. - Eu realmente fui tão superprotetora assim ?- Sim, mas você não tem culpa. - cdol
esclareceu.- Claro que tenho, eu deveria..
- Não, Pri. - Carol a silenciou, levando o
dedo indicador até seus lábios. - Você não
é advinha, não poderia adivinhar que isso
me incomodava. - Disse encarando as orbes
verdes. - Eu jamais te disse.- Conversou com sua mãe, não foi? - Pricila
perguntou franzindo os olhos e Carol riu,
assentindo.- Ela é muito boa em dar concelhos. - Carol disse e Pricila concordou.
- Vamos fazer um trato? - Pricila sugeriu e
Carol franziu o cenho. - Você me diz quando algo te incomoda e eu te ensino a dirigir. Que tal? - Os olhos de Carol brilharam com aquela proposta.- Você jura? - Ela perguntou animada e Pricila riu diante de tanta empolgação.
- Juro. - Disse, sentindo os lábios de Carol
tocarem os seus docemente.- Eu te amo, te amo. Muito garota. Argh.
- Carol disse antes de abraçar Pricila
fortemente.- Eu também te amo muito. - Respondeu sorrindo.
- Mas o Allan vai emprestar o carro? - Carol
perguntou confusa. - Podemos pedir para a
minha mãe p...- Não. - Pricila a cortou. - Amanhã cedo você
vai comigo à uma concessionária. - Pricila
informou. - Está na hora de eu comprar meu carro e preciso de sua opinião nisso.- Minha opinião? - Carol perguntou
surpresa.- Claro. Você tem bom gosto, além do que,
sou péssima em escolher. Me apaixonarei
por uns quinze carros e não me decidirei
entre nenhum. - Disse rindo baixinho. - Está
disposta a me ajudar?- Sim. - Carol replicou animada. - Fiquei
triste por ter brigado com você. Eu não gosto disso, Prica.- Eu também fiquei, amor. - Pricila disse,
acariciando a cintura de sua namorada
respeitosamente. - Como veio, à propósito?- Peguei um táxi.
- Avisou sua mãe? - Carol assentiu.
- Ótimo, não gosto de deixá-la preocupada.
- Nem eu. - Carol disse.
- Sabe que eu tenho uma novidade? - Pricila
disse sorrindo.- Como saberia? - Carol brincou e Pricila riu, semicerrando os olhos.
- Ei, você não era assim. - Pricila disse e Carol deixou um beijo em seu rosto.
- Vamos, me diga. - Carol disse ansiosa.
- Bem, Gabriel conseguiu que eu me
formasse antes do prazo, então agora vou
receber para ir para o hospital.- Jura? Ele tem um coração, afinal. - Carol
disse rindo e Pricila assentiu.- Sim, mas não estou interessada em falar
dele. Que tal me dar alguns beijinhos para me curar da dor que senti por termos brigado, uhm? - Pricila sugeriu e Carol sorriu.- Também doeu em mim. - Carol avisou.
- Então terá que me dar o dobro de beijinhos, assim irá curar as duas. - Pricila disse.
- Sinto que você está tirando vantagem de
um ser humano inocente igual eu. - Carol
brincou.- Nem vem com seus joguinhos mentais, uhm? - Pricila disse sorrindo. - Já entendi que não é tão inocente assim.
- Que calúnia! - Carol disse fingindo
aborrecimento e iria dizer algo, porém Pricila a calou com um beijo.- À propósito... - Pricila sussurrou contra a
boca de Carol. - Ainda falta alguns minutos
para acabar meu aniversário, então você
não estragou nada. - Carol sorriu ao ouvir
aquilo.- Tenho que dar vinte e três beijinhos.
Um para cada ano. - Carol disse e Pricila
assentiu.-Já pode começar... - Pricila sugeriu com uma sobrancelha arqueada e Carol se inclinou.
- Um... - Disse, após um demorado selinho
em Pricila. - Dois... - E parou ali, afinal Pricila pediu passagem com a língua, transbordando alegria por tudo ter voltado a ficar bem.- Assim não vou acabar nunca. - Carol disse
arfando assim que o beijo se encerrou.- Essa é a intenção. - Pricila disse rindo.
Carol não descumpriu sua promessa,
deixando vinte e três beijos em Pricila,
antes de namorarem mais um pouquinho
e finalmente caírem no sono, abraçadas e
satisfeitas._____________________________________________________________
Bom dia galera!!
Ela é um ser humano inocente vcs viram né ? Kkkk é só um neném...
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Em um piscar de olhos - Capri
RomanceCarolyna Borges tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para Los Angeles, porém, o destino lhes foi cruel, causando um choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o c...