capítulo 38

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- Você pode subir, querida. - Danda disse
sorrindo e Pricila se aproximou dela, dando
um forte abraço.

- Que saudade da senhora. - Pricila disse
sorrindo assim que encerrou o abraço. - Não tive tempo de vir aqui essa semana, sinto muito.

- Não se preocupe. - Danda disse. - Oh, estou
te preparando uns biscoitos incríveis, mais
tarde pedirei para Carol ir te levar na sua
casa.

- Se não é a melhor sogra do mundo,
provavelmente a disputa será acirrada a
número um. - Pricila disse rindo. - Muito
obrigada.

- Não há de quê. - Disse acariciando a mão de Pricila. - Agora suba, pois Carol fala de irem comprar esse carro desde a semana passada.

- Sim, eu iria com ela na semana passada, mas tive que trocar meu turno naquela semana. - Pricila explicou. - Vou lá, com licença.

- Fique à vontade. - Pricila ouviu Danda dizer antes de subir as escadas. Caminhou até o quarto de Carol e deu três batidas na porta.

- É aqui que mandaram entregar uma
namorada cheia de saudade? - Pricila
perguntou sorrindo e Carol a olhou com os
olhos brilhando.

- Prica... - Carol disse animada e se levantou, correndo até sua namorada e dando um abraço forte antes de colar seus lábios em um selinho demorado.

- Ei, está fazendo mudanças, hum? - Pricila
disse ao reparar algumas coisas sendo tiradas das paredes do quarto de Carol.

- Sim, meu quarto não condiz com minha
idade, mas não sei o que tirar, eu gosto de
tudo. - Pricila assentiu e puxou Carol pela a
mão, a fazendo se sentar em seu colo antes de envolver as mãos ao redor de seu corpo.

- Olha, você não precisa tirar as fadas por
essa besteira de idade. - Pricila alegou. - Eu
mesma sou apaixonada por seres místicos e
se pudesse teria um quarto igual o seu.

- Sério? - Carol perguntou e Pricila assentiu.

- Muito sério. Então se você quiser mudar o
estilo do seu quarto porque enjoou eu até
te ajudo, porém se for para se encaixar nos
padrões da sociedade esqueça isso. Claro. - Pricila disse e Carol sorriu. - Só não quero que aceite nenhum dos pôsteres de Vanessa, vai ter mulher pelada neles, tenho
certeza, e eu vou ficar com ciúmes. - Pricila
disse rindo e Carol abriu a boca surpresa.

- Prica! - Carol disse antes de afundar a
cabeça no pescoço de Pricila.

- Só disse verdades. - Pricila disse rindo.

- Já que entramos nesse assunto.. - Carol
começou, acariciando a clavícula de Pricila
um pouco sem jeito. - Eu consegui fazer
sozinha. - Pricila piscou lentamente até
entender do que Carol se referia.

- Você não... Não precisa me dizer isso. - Pricila disse mordendo seu lábio inferior.

- Achei justo dizer, afinal pensei em você. -
Carol disse e Pricila podia jurar que havia
um pouco de malícia na voz que geralmente saia inocente.

- Sua mãe pode aparecer, a porta está…... -
Pricila começou, arfando e fechando os olhos lentamente ao sentir beijos suaves de Carol em seu pescoço. - Aberta.

- Você já fez isso pensando em mim? - Carol perguntou, lhe olhando antes de morder o
lábio inferior de Pricila.

- Já. - Pricila confessou. - Mas nunca consegui terminar, você sabe... sempre alguém atrapalhava. - Revelou sentindo os braços de Carol se enroscarem em seu pescoço.

- Eu poderia te ajudar com isso, Pri. - Carol sussurrou e Pricila sentiu seu corpo esquentar de repente, fazendo sua respiração ficar descompassada.

- Você está se tornando uma
provocadorazinha experiente. - Pricila
disse franzindo os olhos e Carol sorriu,
assentindo.

- Estou, não estou? - Perguntou rindo, antes
de acariciar a nuca de Pricila e se inclinar,
capturando seus lábios em um beijo manso.
Pricila gemeu baixinho diante da saudade
que havia sentido daquele contato; jamais se cansaria daquele beijo. Pricila apertou suas mãos na cintura de Carol ao sentir uma mão da garota descer e adentrar sua blusa, acariciando sua barriga.

- Senti saudade... - Carol sussurrou antes de
voltar a aprofundar o beijo, fazendo o coração de Pricila acelerar ainda mais quando uma mão da garota subiu por dentro de sua blusa. - Posso te tocar?

- A porta, amor.. - Pricila sussurrou quase sem ar e Carol se levantou, indo fechar a porta às pressas.

- Problema resolvido. - Carol disse antes
de voltar para o colo de Pricila. - E agora?
- Perguntou enchendo de beijos lentos na
clavícula de sua namorada.

- Pode... - Pricila soltou em um fio de voz,
sentindo a mão quente de Carol rodear
seu seio no instante seguinte por debaixo da blusa apertá-lo sem usar muita força.
A maior gemeu baixinho e sentiu seus seios
enrijecerem diante do toque.

- Eu adoro o fato de você quase nunca usar
sutiã. - Carol disse baixinho. - Quase
sempre consigo ver o formato deles. - Ela disse, voltando a beijar Pricila de uma forma intensa.

Pricila mordeu o lábio inferior de Carol e
apertou mais sua cintura, porém seus olhos
focaram no relógio no meio da parede atrás
de Carol.

- Isso está muito, muito gostoso, amor, mas
precisamos ir comprar logo esse carro.
Preciso ir trabalhar. - Pricila disse com
dificuldade, fazendo Carol retirar a mão de
seu seio antes de lhe dar um selinho.

- Está bem. - Ela concordou, se levantando do colo de Pricila e a puxando pela mão.

[...]

Pricila ouvia atentamente o que o vendedor
dizia sobre um dos carros enquanto tinha os braços passados pelo ombro de Carol, tendo uma mão entrelaçada com a de Carol.

- Como disse que se chamava mesmo?
- Carol perguntou e o homem sorriu
gentilmente para ela.

- Juan. - Ele informou e Carol assentiu.

- Então, Juan. Eu realmente não estou nada
feliz de que você tenha dito que este é o
modelo mais econômico e o último modo
lançado, sendo que você e eu sabemos
muito bem que este modelo não chega a
ser sequer econômico e ele tem um modelo
que foi lançado depois dele. - Carol disse tranquilamente. - Então eu peço
encarecidamente que não minta, porque
minha namorada está disposta a comprar um carro para ela, praticamente de aniversário, e não ficarei nada contente se por ventura ela vir a odiar o bem que comprar. - O homem lhe olhou desconcertado e Pricila a fitou
boquiaberta.

- Eu... Eu sinto muito, senhorita. - Ele disse.

- Não sinta. Olha só, parece que temos
outra vendedora logo ali, obrigada, não
precisamos mais dos seus serviços. - Carol
disse, puxando Pricila em direção a outra
vendedora.

- Como sabe tudo aquilo? - Pricila perguntou baixo e Carol sorriu, lhe dando um beijo no rosto.

- No hospital só tinha revista de moda e de
carro. - Carol disse rindo. - E eu odeio moda.

- Você absorve muito fácil o que lê, sabia? Não sei se tenho orgulho ou inveja. - Pricila disse rindo, dando um selinho em Carol antes de se aproximar da vendedora.

- Pode ter os dois. Eu deixo. - E, diante do riso gracioso de Pricila, Carol inevitavelmente sorriu junto.














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A gata entende de carros... Nada a declarar né

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora