capítulo 12

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Para quem costumava piscar rápido, Carol estava piscando devagar até demais. Seus
olhos estavam presos na pele branca de Pricila, que vestia um maiô preto simples.
Por alguma razão desconhecida por ela seus olhos gostavam do que viam.

As orbes verde até tentaram fugir, mas não
conseguiram ao pousarem em Carol. A
garota usava um maiô verde florido, aberto
nas costas, que sua mãe havia comprado para ela especificamente para a fisioterapia.

Pricila  suspirou e negou com a cabeça, Carol de fato, era muito atraente, mas era Carol e bem, além disso ainda era uma paciente.

- Vem, eu te ajudo. - Pricila esticou os braços
para Carol assim que Gabriel a colocou na
piscina junto com Pricila. A maior usou seus braços para enlaçar o corpo de Carol assim que a menor tinha todo seu corpo agora na água.

- Está mesmo quentinha! - Carol exclamou
sorridente, envolvendo seus braços no
pescoço de Pricila.

- Eu disse. - Pricila respondeu enquanto
segurava a garota delicadamente.

Carol possuía algumas lesões na pele, assaduras essas que se deviam ao tempo que passara.na mesma posição na cama. Estavam quase curadas, pois agora que se mexia ela dormia em outras posições e as enfermeiras tratavam com perfeição seu caso, no intuito de sará-la urgentemente.

- Doem? - Pricila perguntou apontando para as lesões da parte de trás das costas de Carol.

- Incomodam. - Carolyna confessou.

- Bem, se algo que eu fizer te machucar, por
favor, preciso que me diga no momento,
assim eu paro o que quer que eu esteja
fazendo, tudo bem? - Carol assentiu. - Você
aprendeu a nadar cachorrinho?

· Papai me ensinou. - Carol disse orgulhosa
de si.

- Pode fazer isso agora? Eu segurarei seu
corpo para não afundar, porque seus braços ainda estão fracos.

- Por que eu preciso fazer isso? - Carol
questionou confusa.

- Porque os movimentos que fazemos na
água exigem mais força de nós, mesmo que
às vezes não pareça. - Pricila explicou com
maestria, vendo Carol afundar uma mão
distraída na água. - Isso vai ajudar suas
pernas a ficarem mais fortes.

- Prica? - Carol chamou, retirando a mão
que havia afundado na água e deslizando o
dedo molhado pela vértice do nariz de Pricila, rindo no momento seguinte.

- Por que fez isso? - Pricila perguntou rindo.

- Não sei. O seu nariz é bonitinho.

- Pricila, não temos tempo para brincar. - A voz ríspida de Gabriel interrompeu o momento. Fernanda estava apenas observando de longe, sentada em uma dessas cadeiras de repouso.

- Desculpe. - Ela disse. - Nade cachorrinho
para eu ver, princesa? - Pediu baixinho,
vendo Carol olhar feio para Gabriel antes
de voltar seu olhar para Pricila e começar a
mover as pernas. - Isso. Agora não pare de
fazer isso.

- Até quando? Dói um pouco. - Carol
revelou, não conseguindo realizar
devidamente os movimentos.

- Faça devagar e mantenha o ritmo para
mim. - Pricila pediu, segurando na cintura
de Carol. A menor apoiou suas mãos nos
ombros de Pricila e fez os movimentos por
longos minutos, mudando uma coisa ou outra conforme Pricila ia instruindo.

- Prica, estou cansada. - Carol reclamou,
vendo Pricila puxar seu corpo junto ao dela e sorrir.

- Hora de fazermos uma pausa. - Pricila disse sorrindo, vendo Carol molhar sua mão na água igual antes e deslizar, vagorosamente, o dedo por seus lábios. - Meus lábios também são bonitinhos? - Brincou rindo.

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora