- Mamãe, eu posso pedir algo de presente de Natal? - Carol perguntou, fazendo sua mãe lhe fitar.
- Querida, não posso comprar mais nada,
já é quase meia noite. - Sua mãe informou
enquanto comia.- Não, mamãe. Não é nada que precise
comprar.- Então diga, querida.
- Posso mostrar meu quarto para a Prica?
O James está aqui hoje, ele pode me levar lá
em cima. - Pricila, que limpava o canto de sua boca com o guardanapo olhou surpresa para Carol.- Eu fiz certo em não comer nada durante
o dia. Isso aqui está uma delícia. - Allan
mencionou, alheio às pessoas na mesa.- Já terminaram de comer, uhm? Então sim,
querida. Podem ir. - Danda disse, chamando James no momento seguinte. - Pricila, só se certifique de descerem antes da meia noite para abrirmos os presentes.- Pode deixar comigo. - Ela disse, vendo James adentrar a cozinha e começar a empurrar a cadeira de Carol até a escadaria da sala. A garota se levantou e viu Luccas sussurrar algo que a fez enrubescer:
- Tchuneves. - O rapaz sibilou sem que a mãe da garota pudesse ver. Ele ergueu seu corpo, simulando uma investida em alguém e logo tremeu os dedos no ar, como se estivesse masturbando uma mulher.
Pricila ignorou a ação estúpida e indecente de seu amigo, até porque sabia que ele estava apenas brincando, e seguiu Carol e James, pedindo licença antes de sair da cozinha. O homem embalou Carol nos braços e a levou escada a cima, a colocando na cadeira de rodas que tinha no piso superior.
- Obrigada, deixa que daqui eu consigo. -
Pricila disse gentilmente, fazendo o homem
assentir e voltar para a sua refeição.- É na última porta, Prica. - Carol explicou,
apontando para o fim do corredor.- Sim, senhora. - Pricila brincou, rindo.
- É senhorita, Pri. Eu não sou casada. -
Carol disse e Pricila riu, chegando ao fim do
corredor.Carol empurrou com a mão a porta branca
e os olhos de Pricila se encantaram com o
que viram. Haviam pequenas fadas de gesso para todos os lados. Sobre sua cama havia, as que se sustentavam por um pequeno fio de Nylon transparente, dando a sensação de que voavam. O tilintar dos metais pendurados que se esbarravam pelo vento que provinha da janela aberta soou como melodia para Pricila.A sensação de que havia entrado no mundo
do Peter Pan, no mundo dos sonhos, era bem real.- O seu quarto é incrível. - Pricila comentou
completamente hipnotizada com tudo.- Eu gosto muito de fadas. - Ela confessou,
entrelaçando seus dedos com os de Pricila
quando a maior parou ao seu lado. - Você
se parece com elas. - O pescoço de Pricila,
na mesma hora, se virou de encontro com
Carol, surpresa demais ao ouvir aquilo.- Pareço? - Perguntou, vendo Carol assentir
e puxar seu braço. A maior entendeu o recado e se inclinou, colocando as duas mãos, uma de cada lado, no apoio braça da cadeira de rodas de Carol.- Sim. - Carol disse, levando sua mão aberta
até o rosto de Pricila e acariciando. - A sua
pele é macia igual a delas parece ser. - Disse
pondo toda a atenção de seus olhos nos traços de Pricila. - E você é fisicamente delicada e meiga igual elas.- Uau. - Pricila sentiu-se completamente
lisonjeada.- E sua voz é suave. - Disse suspirando. - E os
seus olhos são cativantes. Você só não tem
asinhas, mas eu acho que você cortou elas
para enganar todo mundo. - Disse franzindo o cenho. - Sabe mais o que eu acho, Prica? Que você é uma fada disfarçada. - Disse acariciando o rosto de Pricila, presa demais à beleza inegável da garota. - E que você apareceu na minha vida e jogou seu pozinho mágico de fada em mim, por isso eu acordei.- Você acha mesmo isso? - Pricila perguntou
sorrindo, extremamente encantada com as
palavras de Carol.- Sim. Você é a minha fada. A fada Prica. -
Pricila riu graciosamente. Carol a via de uma maneira tão pura e linda que foi impossível não se sentir transbordando emoção.- Meu coração é fraco demais para aguentar
tanto elogio de você. - Pricila brincou rindo.- Prica, me conta uma história de pirata? -
Carol pediu, fazendo dois "O's" com as mãos
e as levando aos próprios olhos, como se fosse um binóculo.- Acho que não conheço nenhuma assim.
- Pricila disse. - Vem, vou te ajeitar na sua
cama para você ficar mais confortável. - Dito isso, fechou a janela, pois estava muito frio e empurrou a cadeira de rodas até a beira da cama.Ela levantou Carol nos braços, a
colocado sobre a cama. A menor se arrastou até o cantinho e franziu o cenho.- Ops. Eu não deveria querer ouvir histórias. - Disse com a expressão repleta de culpa.
- Tem uma onde Pricila é pirata, mas só em
uma parte da história.- Por quê? - Carol perguntou curiosamente.
- Porque é uma história sobre reencarnações. Se chama "O amor nunca morre" - Explicou, se sentando na cama.
- Deita aqui, Prica. Já falei que gosto de
você pertinho. - Carol disse e Pricila sorriu,
obedecendo-a. Deixou apenas seus pés para
fora da cama e se recostou na cabeceira,
tendo Carol se encostando em seu corpo.- Melhor assim? - Pricila perguntou e viu
Carol assentir.- Onde você aprendeu tanto história? - Carol perguntou.
- Eu nunca tive amigos, nunca fui muito
sociável, então passava todo o meu tempo
estudando ou lendo por hobby.- Oh! - Carol expressou. - Prica, a mamãe
vai brigar comigo. - Carol disse, coçando os
olhos.- Por quê?
- Porque eu estou com sono. Não vou
aguentar até meia noite. - Disse, bocejando
no momento seguinte. Pricila se esquivou
dela e retirou seus sapatos, fazendo o mesmo consigo.- Vem aqui. - Pricila chamou assim que se
deitou de vez na cama. Carol não hesitou
em se aconchegar nos braços da garota, afinal ela adorava estar ali.- Você vai ficar aqui comigo?- Carol
indagou, fechando os olhos ao sentir o
carinho de Pricila em seus cabelos.- Assim que você dormir eu chamo a sua mãe para vestir roupas mais confortáveis em você. - Pricila disse.
- Dorme comigo hoje? - Carol pediu.
- Não sei se devo. - Pricila disse
verdadeiramente.- Eu peço para a mamãe como presente
de Natal. - Disse, se forçando a manter-se
acordada.- Pensei que já tivesse pedido para eu
conhecer o seu quarto. - Pricila disse rindo,
jamais cessando suas carícias.- Dormi por quatorze anos, Prica. Tenho
mais treze pedidos de Natal. - Carol disse,
fazendo Pricila gargalhar.- Muito bem pensado. - Ela disse suavemente, depositando um beijo na testa de Carol.
- Você não vai descer para abrir os
seus presentes? - Carol perguntou, se
aconchegando melhor sobre o corpo quente de Pricila.- Meu melhor presente de Natal é poder
passar um tempinho com você. - Sussurrou,
sentindo Carol suspirar sobre si.- Boa noite, Prica. - Carol sussurrou,
totalmente dopada de sono. - Feliz Natal para a minha fada. - Pricila sorriu bobamente.- Boa noite, anjo. - Retribuiu. - E feliz Natal para a minha princesinha.
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Como prometido, último cap de hoje
Até amanhã babys...
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Em um piscar de olhos - Capri
RomanceCarolyna Borges tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para Los Angeles, porém, o destino lhes foi cruel, causando um choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o c...