capítulo 46

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- Eu já te disse que ela só te acompanhou por controle. - Viih disse, caminhando até seu sofá e se sentando. - Mulher tem disso: Te dá asas só para ver até onde você pode voar, mas se ela ver que você voou demais ela corta suas penas.

- Não. A Pricila não! - Carol repetiu pela
terceira vez, sentindo seus olhos começarem a piscar mais rápido do que o normal, algo que não aconteceria por raiva muito tempo.

- Vejo que se estressou. - Viih disse surpresa,
colocando uma almofada em suas pernas.
- Como vai a recuperação, falando nisso? -
Ela perguntou, se inclinando para pegar e
acender o beck que deixara sobre a mesa de centro de sua casa.

- Bem. - Carol disse, a olhado receosa. - Onde estão os livros? - Perguntou olhando em volta.

- Primeiro experimente isso. - Viih disse,
puxando a fumaça antes de soltá-la no ar e
esticar a mão para Carol. - Vai acalmar você
como nada.

- Não, obrigada. - Carol disse e Viih riu.

- Pricila não deixaria, não é? - Carol apenas
a olhou seriamente sem dizer nada. - Vamos, prove! Você vai gostar e isso ainda dá um tesão imenso. Você vai querer correr para sua namorada após isso e ela vai amar o resultado, confie em mim.

Carol olhou para a mão de Viih confusa. Deveria?

[...]

- Pricila, você não vai acreditar.. - Allan disse animado assim que viu Pricila chegar em casa. - Arrumei um serviço na minha área que vai pagar o dobro do que eu deveria ganhar. - Pricila o olhou e sorriu, vendo o garoto correr e abraçá-la.

- Parabéns, cabeça de vento. Estou orgulhosa. - Pricila disse e Allan se separou do abraço, a olhando confuso.

- O que houve? - Ele perguntou franzindo o
cenho.

- Nada. - O olhar dele a fez suspirar. - Só
pensei que passaria o dia com a Carol. -
Pricila confessou. - Passei a manhã inteira
em uma livraria. Comprei a saga de livros
preferida dela e ia fazer uma surpresa, mas
ela tinha compromisso. - Allan suspirou e Pricila  sorriu fraco. - Sou uma mimada, eu sei.

- Talvez um pouquinho. - Ele disse rindo.
Pricila soltou um gritinho agudo quando
sentiu seu corpo ser levantado por Allan e ser jogado em suas costas.

- Adoro ser forte. - Ele disse rindo.

- Me solta! - Pricila gritou rindo e ele negou.

- Não. Vamos até a cozinha conversar lá.

- Te odeio! - Pricila disse, dando alguns tapas nas costas dele.

- Não tem tamanho para odiar ninguém. - Ele zombou.

- Falou o "pinto pequeno". - Pricila debochou e Allan caiu na risada.

- Olha aqui piveta.. mais respeito com ele. Ele tem sentimentos. - Allan disse, colocando Pricila  sobre a bancada e passando os braços ao redor da cintura dela. - Agora me escute...

- Não! - Pricila disse tapando os ouvidos. O
olhar sério dele a fez deixar seus ombros
caírem e finalmente ouvir.

- Ela te ama. Não fez por mal. - Allan disse e
Pricila assentiu.

- Eu sei. - Pricila disse sorrindo fraco.

- Estou orgulhoso de você, sabia? Namorando, formada, sensata, três dias sem levar um tombo. - Pricila riu e negou com a cabeça.

- Dois. - Ela disse e  o fitou. - Escorregão no
banheiro. - Ele riu e assentiu.

- Você sabe que posso ser idiota 98 por cento das vezes, mas eu nunca vou me esquecer o que fez por mim. - Ele disse. - Você me colocou aqui dentro sem nem me conhecer direito e ainda não me cobrava aluguel, tirando do seu bolso, porque sabia que as coisas estavam difíceis para mim.

- Valeu a pena. Olha só esse emprego que
conseguiu. - Pricila disse e Allan riu. - Quando você ficar rico pode me devolver com juros.

- Sei que está brincando para se distrair de
sua tristeza. - Ele disse.

- Bebe uma cerveja comigo? - Pricila pediu.

- Não. Não vou te deixar beber assim, te
conheço o suficiente para saber que vai
chorar se beber. - Allan disse e Pricila suspirou. - Tenho algo melhor para te distrair.

- O quê? - Allan sorriu diabolicamente e Pricila  riu, sabendo do que se tratava.

[...]

- Filha da mãe! - Gil disse quando Pricila
ganhou dele no vídeo-game.

- Obrigada senhoras e senhores. - Pricila
zombou.

- Eii, ficou sabendo que o Luccas está ficando com a Elana desde semana passada? - Pricila o olhou surpresa e ele riu.

- Você está bem com isso? - Ela perguntou.

- Sim. Na verdade, eu sempre achei que fosse você que ficaria com ela. - Allan disse. - Sabe, pelo o que ela sente e tal..

- Não. Ela é realmente mito bonita e tem um
bom coração, mas eu não a vejo com esses olhos. Nunca vi.

- Ainda mais agora com a Borges na área. - Ele disse e um sorriso terno e genuíno nasceu nos lábios de Pricila.

- Eu a amo. - Pricila confessou, corando ao ver a cara que Allan havia feito.

- Me diz uma novidade. - Ele disse rindo.

- Estou procurando um apartamento. - O
garoto arregalou os olhos e a fitou incrédulo.

- Como?

- Você pediu para eu te dizer uma novidade. - Pricila disse rindo.

- Vai nos abandonar? - Ele perguntou e Pricila negou com a cabeça.

- Não, seu bobo. Vocês são doidos, porém são minha família. - Pricila disse. - Eu só preciso da minha privacidade, sabe?

- Tchuneves mais Kennedy? - Allan perguntou e Pricila deu um tapa em seu braço rindo.

- Outro nome?

- Eu e o Luccas aumentamos. Eu falo: Tchuneves e ele fala: Mais Kennedy, aí eu falo: I loves two you e ele fala: Forever's tonight.

- Sabe que essas palavras não tem nexo, não é? - Pricila perguntou rindo e Allan assentiu.

- Enfim, vou sentir sua falta.

- Awn, ele sabe ser fofo. - Pricila disse
rindo, sendo interrompida pelo barulho da
campainha. - Está esperando alguém? - Ela
perguntou.

- Não. Deve ser o Luccas que esqueceu a
chave de novo. - Allan disse e Pricila assentiu, se levantando e indo até a porta na ponta dos pés, afinal o chão estava frio.

- Carol? - Pricila perguntou ao ver a garota
parada do lado de fora, com um sorriso fraco nos lábios.

- Posso, uhm, entrar? - Carol perguntou
fitando seus próprios pés e Pricila estranhou aquela ação.

- Claro. Entre! - Pricila disse, dando espaço
para Carol passar.

- Me desculpa, Prica? - Carol pediu
baixinho, com a voz carregada de dor e
Pricila olhou para Allan, quem assistia tudo
preocupado.















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Bom dia babys, como estão hj ??

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora