capítulo 11

4.6K 332 83
                                    

Apesar da carga pesada que Pricila carregava nos últimos dias, aquela tarde ela fora contente para aula prática.

Finalmente, depois de tanto tempo aguentando coisas de Gabriel, ele teria que guardar para si, afinal, Fernanda estaria por perto e Pricila tinha certeza
de que Fernanda não deixaria que ele a tratasse como um lixo.

Pricila chegou quinze minutos mais cedo no
hospital, apenas para poder conversar um
pouco mais com Fernanda e Carol. Ela sentia demasiadamente feliz desde que Carol  acordara, era como se a sua vida desde então tivesse um propósito: Ajudar Carol em sua recuperação total.

- Boa tarde para as mulheres mais lindas
deste hospital. - Pricila disse animada,
entrando no quarto, já que a porta estava
aberta. Em sua mão levava consigo uma rosa branca e uma vermelha.

- Olá, criança. Chegou mais cedo. - Fernanda  disse, não deixando de notar as flores na mão de Pricila.

Deduziu que fossem para Carol, mas quando Pricila estendeu a branca em
sua direção sua boca se abriu em completa
surpresa.

- Eu costumava levar rosas brancas para
minha mãe quando morava em sua cidade
e bem, pensei que a senhora gostaria
também. - Disse cordialmente, vendo Fernanda pegar a flor para si e inalar a fragrância.

- Obrigada, querida. - Agradeceu emocionada.

- Eu traria alguns bombons também, porém
Carol não pode comê-los por enquanto e
a senhora alegou não gostar de chocolate, -
Pricila disse e sorriu ao olhar na direção de
Carol e ver que a morena balançava o corpo na cama impaciente.

- Não vai falar comigo?- A garota dos olhos
castanhos perguntou antes de bufar e Pricila sorriu novamente, se aproximando da cama.

- Boa tarde, coisa linda. - Pricila disse,
esticando a rosa vermelha na direção dela. - Eu trouxe uma amiguinha para você. - Carol franziu o cenho.

- Amiguinha?

- Sim, a flor. - Pricila explicou. - Comprei na
floricultura e, bem, ela está passando por um processo difícil, pode cuidar dela para mim?

- O que ela tem? - Carol perguntou,
visivelmente preocupada.

- Ela tem apenas alguns dias de vida. - Pricila  disse, vendo Carol abrir a boca em total desespero. - Mas ela não está sentindo dor e nem sentirá. - Pricila explicou. - Eu trouxe ela para passar os últimos dias com a pessoas mais especial do mundo.

- Eu? - Carol perguntou confusa e Pricila
assentiu ainda sorrindo.

- Sim. Assim ela ficará muito feliz.

- Você me ajuda a cuidar dela, Prica? Eu
nunca cuidei de ninguém. - Carol perguntou e Pricila assentiu. - Mamãe, pode trazer algo com água para eu colocar ela? - Fernanda  assentiu e logo saiu do quarto com sua rosa branca na mão.

- Como você está? - Pricila perguntou.

- Triste. Ela vai morrer. - Carol confessou.

- Ela iria morrer de qualquer forma desde
que cortaram ela. - Pricila explicou. - Mas
esse é só um pedacinho dela. O coração dela ainda estará batendo lá na roseira de onde retiraram esta rosa. - Pricila disse, vendo Carol sentir os cheiros das pétalas.

- Ela tomou banho, Prica.

- Como?

- Banho. Ela está cheirosa. Tomou banho.
- Carol disse, fazendo Pricila rir com a
expressão suave em seu rosto.

- Ela quis ficar cheirosa para visitar a nova
amiga dela. - Pricila disse, vendo Carol sorrir animada. - Você dormiu bem, anjo?

- Dormi. É quentinho dormir com você. -
Carol respondeu honestamente. - Hoje a
Amanda veio de novo.

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora