capítulo 17

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- Que cheiro gostoso é esse? - Vanessa perguntou assim que adentrou a cozinha de sua casa. Pricila usava um avental branco por cima da roupa que estava vestindo.

- Acordei com vontade de fazer bolo. - Pricila disse sorrindo amplamente.

- Você só faz bolo quando está muito feliz.
- Vanessa disse, afinal conhecia Pricila havia muito tempo.

- E, de fato, estou. Hoje Carol sai do hospital.
- Ela disse animada. - Pode olhar o bolo para mim?

- Você sempre faz isso. - Vanessa zombou rindo. - Claro que eu olho, afinal você vai sair mesmo.

- É que não vai dar tempo de..

- Já sei. É o mesmo de sempre: Você prepara o bolo e eu como. - Vanessa disse rindo.

- Desculpe. - Pricila disse entortando o canto da boca.

- Você está brincando? Eu adoro isso. - Vanessa alegou. - E essa cesta de chocolate aqui? Ganhou de quem? - Perguntou enquanto Pricila levava as mãos até as costas para desamarrar o avental.

- Não ganhei. Eu comprei. - Afirmou,
desatando o laço do avental e removendo o
mesmo de seu corpo.

- Carol não era apenas uma amiga? -
Vanessa perguntou com um olhar sugestivo e sobrancelha arqueada.

- E é, oras. - Pricila afirmou.

- Sabe esse monte de coraçãozinhos aqui esse ursinho de pelúcia é chocolates em forma de coração demonstram outra coisa, não é? - Vanessa perguntou rindo e Pricila bufou.

- Quem disse que são para a Carol? - Pricila
perguntou.

- Você disse no hospital que compraria
chocolates para ela. - Vanessa disse. - Vai dizer que não são?

- Ok. São, mas ela tem a mente de uma
criança, por Deus, pare de dizer estupidez. -
Se exaltou.

- Pricila, eu não estou te repreendendo. - Vanessa  disse calmamente. - Mas você deveria assumir que ela mexe com você, é visível. - Pricila suspirou e se sentou, entortando o canto da boca.

- É tão óbvio assim?

- Você está tão arrumada assim por quê?
Você tem noção que está com maquiagem?
Você odiava maquiagem. - Pricila riu, porém enrubesceu

- É apenas lápis de olho, Vanessa. Ainda odeio maquiagem. - Pricila disse. - Devo desistir de dar esses chocolates a ela então? - Perguntou confusa.

- O quê? Não. Totalmente não!

- Então o que eu faço?

- Prossiga com o que está fazendo. - Pricila
arqueou uma sobrancelha.

- Acha que devo? A mãe dela vai perceber
algo. Céus, onde eu estava com a cab..

- Pricila! - Vanessa gritou. - Calma! - pediu
assim que a garota lhe olhou.

- Vanessa, eu sempre, sempre mesmo, faço tudo errado. - Ela disse, largando seus braços sobre a mesa. - Simplesmente não sei o que fazer. Eu não deveria pensar nela dessa forma, mas ela é tão pura e..

- Eu não quis te assustar dizendo isso de
parecer romântico, eu só quis dizer que não
deveria mentir para mim e, sobretudo, para si mesma. - Vanessa disse, levando uma mão ao ombro de Pricila e acariciando a região. - Você é paciente, Pricila, então só siga seu coração que tudo ficará bem.

- Você acha? - Pricila perguntou.

- Acho, agora vaza daqui porque aquele bolo é meu. - Vanessa disse sorrindo, vendo Pricila rir e se jogar em seus braços, em um abraço apertado.

Em um piscar de olhos - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora