- Prica, tadinha da Fera. - Carol disse,
se virando no sofá para ficar de frente com
Pricila e se enroscando ainda mais no corpo quente da menina. Apesar do aquecedor e da lareira acesa, o dia estava bastante frio.- Por que se virou? - Pricila perguntou, olhou para Carol. Ela estava no canto do sofá e Carol na ponta, ambas deitadas com as pernas esticadas.
- Porque eu não gosto de ver eles xingando a Fera só pela aparência dela. - Carol disse e
Pricila sorriu.- Eu fico feliz que você tenha esse conceito
na sua mente. - Pricila disse, puxando a
coberta mais para cima. Sua mão tocou,
respeitosamente, a cintura de Carol, apenas
por conforto e comodidade, afinal não tinha onde apoiar sua mão.- Será que a Bela vai proteger a Fera?
- Eu não vou te contar, você precisa assistir o filme, mocinha. - Pricila disse rindo.
- É que eu também virei porque eu gosto
de olhar para você. - Carol disse e Pricila
suspirou.- Às vezes parece que a experiente daqui é
você. - Pricila falou rindo e Carol ergueu o
rosto, olhando meticulosamente para as orbes verdes.- Prica, eu posso te fazer uma pergunta?
- Carol indagou e Pricila assentiu
curiosamente.- Quantas você quiser. - Respondeu
docemente.- Você não gostou, digo, não gosta quando
eu te beijo aqui? - Perguntou, levando seu
indicador até os lábios de Pricila, causando a petrificação da maior.- Não é isso. - Pricila se limitou a dizer, sendo.completamente sincera.
- Então você gosta? - Carol perguntou
confusa pela resposta de Pricila e a maior
suspirou.- Gosto. - Confessou.
- Então por que você sempre foge? - Carol
perguntou novamente, se ajeitando mais em seu lugar.- Você está passando por muita coisa agora. - Pricila disse. - Eu não quero parecer apressada ou desrespeitosa, não quero que você faça algo por curiosidade e lá na frente veja que era apenas confusão.
- Mas eu gostei, Prica. - Carol disse,
acariciando o rosto de Pricila como se fosse
uma obra de arte. - Eu gosto muito de ficar
perto de você; mais do que da professora;
mais do que da Amanda e mais do que ver
todos os filmes de princesa do mundo todo.
- Foi inevitável um sorriso bobo nascer nos
lábios de Pricila.- Eu também gosto de ficar perto de você, anjo. Tanto que eu passo aqui todos os dias desde que você veio para cá mês passado.
- Isso significa que eu posso te dar mais
beijos aqui? - E seu dedo indicador voltou a
desenhar o contorno dos lábios de Pricila com total suavidade.- Você quer? - Pricila perguntou, meio incerta se deveria ter perguntado isso.
Ao invés de uma resposta em palavras,
Carol se inclinou e se moveu para cima,
para ficar à altura de Pricila, logo beijou seu rosto demoradamente. Pricila iria dizer algo, contudo, Juliette afastou os lábios de seu rosto e deixou outro beijo, dessa vez, na ponta do nariz de Pricila.Pricila conteve a súbita vontade de puxar
Carol para um beijo, então a única coisa que fez foi apertar um pouco mais a cintura da garota, sem sequer se dar conta do que fazia. Carol deixou outro delicado beijo no canto dos lábios de Pricila, fazendo o pobre coração da moça martelar contra seu peito sem pudor algum.- Prica? - Carol sussurrou assim que roçou
seus lábios nos de Pricila, seu hálito acariciou a pele da maior enquanto suas duas órbitas castanhas se ergueram e se concentraram absolutamente no olhar de Pricila, à procura de alguma espécie de aprovação. Era demais para Pricila conseguir suportar.Toda a sua força de se afastar foi em vão, pois Carol estava muito próxima, tão perto que podia sentir o sabor dos lábios de Carol sobres os seus, tão perto que o cheiro do
shampoo de Carol invadiu completamente
seus sentidos, tão perto que ela não resistiu:
Se inclinou mais um milímetro e tocou seus
lábios nos de Carol.O encostar de lábios foi um pouco mais
demorado do que os outros, o que foi
suficiente para Pricila perder absolutamente todo o ar de seus pulmões. Ter que manter todas as suas vontades de aprofundar o beijo custou-lhe quase uma dor física, mas mesmo assim conseguiu, se afastando alguns segundos depois.- Seu beijinho tem gosto de mel. - Carol
sussurrou em meio a um sorriso. Pricila riu,
pois apesar de não gostar de mel, entendeu
que Carol quis dizer que era doce.- Ah, sim? - Pricila perguntou, mordendo o
próprio lábio para conter o sorriso.- Sim. - Carol disse baixinho. - E eu acho que
eu sou uma abelhinha. - Completou, voltando a se inclinar e roubar mais um selinho de Pricila e depois outro.
E outro.Pricila sentia seu peito doer devido às batidas insistentes de seu coração, mas quase perdeu o ar quando Carol a olhou intensamente, como se sua respiração estivesse tão desregulada quando a de Pricila, como se aquele momento estivesse sendo tão mágico quanto. E então Carol voltou a se inclinar, era como se aquilo não fosse o suficiente, talvez seja pelas cenas de casais das séries que viu nos últimos tempos, ou talvez fosse só seu pobre
coração avisando que ela podia fazer mais,
que podia se conectar melhor com aquela
boca rosada e tão atraente para os olhos de
Carol.Tomada por toda a sua vontade, curiosidade e coragem, Carol abriu a boca quando seus lábios estavam conectados e, para a alegria das borboletas em seu estômago, Pricila não se afastou.
Sentiu algo derreter dentro de si quando
a língua de Pricila se esbarrou na sua e, de
repente, seu estômago estava estranho e uma forte pressão em seu peito dominou Carol, o que fez com que ela fechasse os olhos e levasse seus dedos até a raiz dos cabelos de Pricila. A língua da garota era macia, carinhosa e extremamente viciante.
Carol arfou assim que Pricila finalizou o
beijo com um longo selinho e apertou sua
cintura, provavelmente para se conter de algo que Carol não conseguia entender.- Prica? - Carol sussurrou, ainda de olhos fechados. - As florzinhas querem me matar.
- O riso gracioso de Pricila preencheu-lhe os
ouvidos.- Elas só querem nascer. - Pricila disse,
completamente anestesiada, pois ainda sentia em seus lábios o gosto do beijo de Carol.- Já nasceram todas, agora mesmo. - Carol
disse. - Agora elas querem me matar e invadir meu corpo. Tenho certeza!- Elas não irão te machucar, meu amor. -
Pricila disse, acariciando a cintura de Carol.- Promete de dedinho?
- Eu prometo de dedinho. - Pricila disse,
sentindo Carol afundar o rosto na curva de
seu pescoço e inalar seu perfume.- Eu não estou mais preocupada com a Fera,
Prica. - Carol pronunciou com a voz um
pouco abafada.- Ah não? - Indagou. - Posso saber o porquê?
- Se a Bela gostar tanto da Fera igual eu gosto de você, o que eu acho que ela gosta, então eu sei que ela vai proteger a Fera igual eu protegeria você. - Pricila abriu a boca para dizer algo, mas tudo o que saiu foi mais um suspiro embasbacado. Aparentemente Carol despertara esses suspiros nela e, definitivamente, ela adorava aquilo.
__________________________________________________________
Voltei babys, mais um beijinho das nossas meninas hehe, oq estão achando??
VOCÊ ESTÁ LENDO
Em um piscar de olhos - Capri
RomanceCarolyna Borges tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para Los Angeles, porém, o destino lhes foi cruel, causando um choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o c...