Broken - Calzona

Capítulo 12

Calliope não conseguiu parar de pensar em Arizona. Se perguntava se Eliza havia tentado alguma coisa com a loira e só de imaginar sentia-se enfurecida.

Se ela ao menos tivesse o número de Arizona... pensando melhor, de nada adiantaria, o que ela iria mandar?

"Oi, Arizona. Eliza tentou beijá-la?"

Ela se sentia tão embaralhada. Estava ansiosa para o dia amanhecer e vê-la novamente. Esse sentimento quase adolescente lhe deixava nervosa com a ideia de estar próximo à loira.

Callie já estava pronta para dormir embora não soubesse mais o que era isso, a não ser que estivesse sob efeito de álcool, só assim ela conseguia adormecer, mas no meio da semana era difícil se embriagar.

Ali, naquela casa que antes costumava ser preenchida pelas risadas altas de Penny, ela tentava se acostumar com o silêncio. Deitada na cama Calliope tentava se concentrar em sua leitura e se pegou lendo várias vezes o mesmo título do capítulo. Ela ministraria um curso sobre primeiros socorros e prevenção de incêndios para universitários mas estava sem cabeça para planejar a aula.

Seu celular vibrou e ela até agradeceu por ter algo com o que se distrair.

— Oi, George. Tudo bem? — perguntou, afastando seu livro de estudo para o lado.

— Olá, Callie. Muito bem, quero saber se está mais calma — George quis saber, com risinhos.

— Ah, até você? — fingiu estar com raiva.

— Estou brincando, mas de verdade, você está bem?

— Sim, foi um susto mas passou. Uma falha de comunicação da parte de Arizona.

— Por falar nela — George fez uma pausa — ela pediu para que você ligasse.

— O quê? Como assim?

— Eu não sei, ela só pediu.

— Mas ela falou o que era?

— Não.

— E por que ela não me ligou?

— Eu não sei, Callie. Não faça pergunta difícil.

— Tá, mas como irei ligar? Não tenho o número.

— Não seja por isso — George ficou em silêncio, concentrado em algo — enviei o número por mensagem.

— Obrigada.

— Até amanhã, Callie. Qualquer coisa me ligue — disse.

— Obrigada, O'Malley. Você também — despediu-se antes de desligar.

A tenente ficou por um tempo olhando o número, nervosa só de pensar em ligar para a loira.

Ela ligou e esperou, andando pelo quarto.

A loira não atendeu e Calliope não insistiu em ligar mais vezes, ela jogou o celular na cama quase no mesmo instante em que o nome da loira apareceu no visor do aparelho e ela se apressou em pegá-lo.

Calliope esperou tocar mais um pouco, não queria parecer desesperada para falar com ela, apesar de seu coração dá indícios do contrário.

— Oi — disse a loira, com a voz de quem havia acabado de acordar.

— Olá, Arizona.

— Tenente? — ela perguntou, sentando-se na cama, assustada — Aconteceu alguma coisa?

— Não — Torres deitou na cama, feliz por ouvir a voz da loira — Desculpa, acho que a acordei.

—  Tudo bem.