21 | ιи∂ιѕcяєєт

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ʟɪᴀ ᴇꜱᴛʜᴇʀ ᴅᴇɪɴᴇʀᴛ ᴜʀʀᴇᴀ

ꜰʀɪᴅᴀʏ.

Como o elevador suportava uma quantidade específica de peso, tivemos que ir de dois em dois, mais as duas malas que cada um estava levando.

Eu dividiria o quarto com Stephanne e, quando localizamos o nosso, entramos e deixamos as malas em um canto. Atiramos nossos corpos na cama de casal que havia.

— Odeio voos longos! — ela disse.

— Duas! Se passou de duas horas, pra mim já é muito! — afirmei. — Aí, bora ver o que tem de besteira para comer no cardápio do serviço de quarto? — sugeri, e ela concordou na hora.

— Escolhe o que tiver de mais calórico — ela levantou, pegou um papel e jogou o mesmo na minha direção. Peguei-o, dando uma olhada. Era o menu, como esperado. — Vou ir tomar um banho bem demorado e relaxante. Só pela estética disso aqui, é óbvio que vai ter uma banheira! — comentou, indo pegar roupas na sua mala.

Balancei a cabeça negativamente, com um sorriso no rosto. Peguei meu celular no meu bolso — e fiquei extremamente grata por ele ter continuado lá, mesmo depois de eu ter me jogado com brutalidade na cama —, e já abro na mensagem de Arthur.

O mesmo perguntou em qual quarto eu estava, respondi que estava no 604 e não obtive mais nenhuma resposta desde então.

Em questão de alguns minutos, alguém bateu na porta do quarto, e abri, sem nem ver quem era.

— Já está com saudades? — perguntei.

— Você é bem convencida, né, dona Lia? — riu, encostado no batente da porta com os braços cruzados e o sorriso que ele não tinha a menor ideia que era a causa das borboletas em meu estômago, ou tinha, e por isso o exibia para mim, juntamente com o olhar fixo no meu.

— Entra logo, vai — deixei um espaço para que ele entrasse, e ele o fez, passando por baixo do meu braço que segurava a porta. A fechei, logo virando-me para ele novamente.

— Quem é que tá no banheiro? — perguntou, jogando-se na cama de casal que eu estivera anteriormente.

— Stephanne. — Falei, sentando na cadeira giratória da mesa de escritório. — Vai dividir o quarto com quem?

— Michael Myers — disse. — Ele tá preocupado com alguma coisa, tá muito calado.

— Ele é reservado, Arthur, e não se esqueça de todas as objeções que os nossos pais tiveram com essa missão. Além disso, deve estar elaborando uma estratégia para que todos nós estejamos seguros — expliquei.

Ele levantou da cama, e andou até onde eu estava, ficando de pé na minha frente.

— Você também está preocupada com a operação, né? — perguntou, colocando a ponta dos dedos no meu cabelo, acariciando. Encostei a minha cabeça na lateral do seu corpo. — Vai dar tudo certo, Lia, nossos pais estão conosco.

— Eu só tenho medo de tudo sair do controle — confessei, sentindo meu perto apertar. — Meu pai disse que foi desesperador para ele não poder salvar uma das melhores amigas dele, e eu não quero ter que passar por isso com nenhum de vocês.

— Era um caso diferente, linda. — Falou, se agachando na minha frente.

— Eles estavam em dezesseis agentes, para enfrentar o chefe da maior organização criminal de agentes qualificados. — Rebati.

Arthur pegou minhas mãos, e o encarei.

— Nós estamos em vinte agentes, cujo dez têm um pouco mais de vinte anos de experiência de todos os tipos, e sabem exatamente como isso aqui funciona. Nós oito somos qualificados também, cada um com sua habilidade. — Relembrou. — Algo pode sair do controle? Sim, mas nada perigoso o suficiente que possa ser fatal para nós! É só confiar, Lia, e vai dar tudo certo nessa missão.

— Você promete? — questionei. Ele se pôs de pé, e me ajudou a levantar também.

— Prometo que você não vai se machucar — segurou meu rosto com as duas mãos.

Segurei seus pulsos, e tomei a iniciativa de colar nossos lábios, e o mesmo retribuiu, pedindo passagem. Aceitei, levando minhas mãos até seu cabelo.

Nos separamos pela súbita falta de fôlego, e grudamos nossas testas.

— Eu te amo — sussurrei.

— Te amo mais — sussurrou de volta.

— Quer mesmo começar essa discussão? — indaguei, me afastando e cruzando os braços, lhe encarando divertida.

— Não, porém, você sabe que eu ganho — argumentou.

— Você é tão iludido, Arthur — fui irônica.

— Você que sonha alto demais, Lia — ele abaixou-se um pouco, para ficar da minha altura.

Ri, o achando bobo e patético, mas não de uma maneira ruim, pelo contrário. Eu amava vê-lo na versão de namorado fofo, quando no FBI, ele era extremamente sério e concentrado. Admirava sua capacidade de conseguir separar o pessoal do profissional comigo e com nossos outros amigos.

— No que você tá pensando que está lhe fazendo rir? — perguntou, com o cenho franzido.

— Em você. — Respondi.

— Fico feliz em saber que só de lembrar de mim, você já fica desse jeito — comentou. — Vem cá, vem.

O Jeong me puxou pela cintura, nos aproximando novamente e me beijando. Quando ia retribuir, ouvimos a porta do banheiro abrir.

— De longe, o melhor banho da minha... — nos separamos, mas não á tempo dela não nos ver com os lábios grudados. — Ah, não sabia que estava aqui, Arthur — disse, desconcertada com a situação.

— Oi, Anne — ele lhe cumprimentou com um breve aceno de cabeça, afastando-se de mim. — Já vou indo lá. — Beijou minha bochecha e saiu do quarto, deixando a porta fechada.

— Desculpa por isso, Anne — falei, me sentindo tão incomodada quanto.

— Não tem problema, vocês namoram — alegou como se fosse óbvio.

— Vou ir tomar banho, e deixei pra você pedir comida pra gente — mudei o assunto.

Peguei alguma muda de roupas confortáveis e fui para o banheiro.

Logo que saí do banho, Stephanne não estava no quarto.

[...] 

𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora