33 | яє∂ αℓєяτ

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ᴀᴜᴛᴏʀᴀ

Todos estavam quietos dentro daquela sala. Ninguém tinha coragem de sequer falar algo.

Any queria ir atrás da pessoa culpada por todo aquele circo e matá-la com as próprias mãos, por expor sua filha em perigo para morrer.

Josh não tinha um desejo muito distante do da esposa, mas estava mais controlado que a brasileira.

Sabina balançava a cabeça, desacreditada que a pessoa que os liderava, foi a responsável pela morte da sua melhor amiga em campo. E que ela quem arquitetou tudo, para que Joalin não saísse viva daquela operação.

— Esther, pode explicar com mais detalhes o que a Rachel disse á você? — Heyoon perguntou, e a loira assentiu.

— A Michelle foi recrutada pela Yonta com o propósito de ajudá-la com a exterminação do nosso esquadrão, porque ela sabia que depois que a tia Joalin morreu, iam demorar para chegarem perto das descobertas. — Disse, com a voz trêmula de nervosismo. — Todas as informações coletadas pela Anne que ela dizia para a Camille, eram repassadas para a Yonta.

— Você disse que ela foi vigiar a Ellyse por conta própria, mas que o plano dela não era matá-la, como achávamos que era. — Concluiu Hina.

— Isso, e não foi ela quem nos dispersou para Yuma, Prescott e Nogales, foi a Michelle, se passando por ela. — Explicou. — O plano inicial da Yonta era matar a Stephanne como vingança, por isso que ela está em Washington.

— Vingança pelo que? — Enzo perguntou.

— Há vinte anos atrás, quem que deu o tiro que matou Simon Fuller? — Esther perguntou para os agentes mais velhos, que olharam para Any em resposta.

— Por que diabos ela quer vingança pela morte de alguém que ela nos mandou executar?! — Josh questionou, tentando não deixar sua indignação teansparecer no tom de voz. — Ela não contava com a possibilidade do Simon de fato ser morto, por não confiar nas nossas habilidades?

— Foi exatamente isso, tio Josh. — Esther respondeu. — O Simon estava há quase trinta anos no cargo de chefe da organização criminosa dele, e vocês, estavam há menos de seis anos. Ela sabia que não seriam todos vocês que teriam coragem de entrar em um combate direto com ele, mesmo que fosse mais de um. Com isso, ela achava que vocês fossem abandonar o campo e ele poderia eliminar a Joalin sem empecilhos. Mas não foi o que aconteceu. — Explicou. — O Simon podia sair vivo dessa operação sem problema nenhum, mas a agente Loukamaa morreria naquela missão, ou a Yonta a mataria com as próprias mãos.

— E o que a Stephanne tem a ver com essa merda toda? — Pepe perguntou para a garota. — Se o plano era a Joalin não voltar viva e ela conseguiu, por que não deixou isso quieto?

— Porque a Yonta e o Simon tinham um caso. — A loira respondeu. — Ela tinha interesse em assumir a organização criminosa dele para derrubar o FBI, e fazer uma organização melhor, mais eficaz e com pessoas de todas as outras organizações. A Ruschel é meia-irmã da Laurent, elas são filhas do Simon, por isso a Yonta recrutou as duas depois que elas cresceram.

— Eu analisei o currículo da Camille, e sempre achei muito estranho ela ter tantas habilidades em campo, para servir na área de TI. — Heyoon informou. — A Yonta disse que ela foi recrutada para substituir a Diarra.

Cerca de quatro anos após a morte de Joalin, Diarra e Savannah deixaram o FBI, a carreira de agentes para seguirem vidas “normais”, sem ter sempre um alvo nas costas.

— E a Ruschel foi para substituir a Savannah. — Acrescentou Hina. — Eu lembro dela ter dito isso quando apresentou as duas ao esquadrão.

— Se a Ruschel realmente fosse a infiltrada, o alvo seria o Michael ou a Ellyse, porque eles foram os únicos que atacaram ela diretamente. E a Yonta gosta de pagar de justiceira, mas estava nem aí para a Ruschel. — Sabina disse, com raiva no olhar.

— A Ruschel me contou que a Stephanne foi escolhida á dedo pela Yonta, porque ela sabia que nem a tia Any e nem o tio Josh se importavam de se machucarem ou serem mortos, mas que a coisa mudava de figura quando se tratava da Anne. E por ela ser a que menos entrava em campo, seria um alvo fácil. — Esther continuou a falar. — Estarem indo atrás dela por conta das investigações sobre o infiltrado era mentira, porque ela era o alvo desde que a Yonta começou a arquitetar esse plano. Além do mais, matá-la iria desestabilizar o Enzo, que seria um alvo fácil, porque ela sempre temeu o potencial da tia Saby e do tio Pepe, que eles fossem ser os novos líderes dos esquadrões.

— Aquela vaca sempre soube que eu seria capaz de derrubar ela sem fazer esforço. E agora, chegou a hora de fazer o pior pesadelo dela se tornar realidade. — Sabina falou, com os olhos cor de mel escuros de ódio. — Ela não vai mexer com a minha afilhada, muito menos encostar um dedo no meu filho.

— Eu vou buscar a Stephanne! — Any se pronunciou com lágrimas nos olhos, atraindo a atenção dos presentes no cômodo. — Essa profissão nos tira pessoas, mas não a minha filha!

— E eu vou junto com você, tia Any! — Enzo alegou.

— Gente, se acalmem! — Alex se pronunciou. — Todos nós estamos preocupados com ela, mas não podemos sair assim! Vamos ir buscá-la, mas precisamos nos organizar primeiro.

— Quanto tempo dura a viagem de Los Angeles á Washington? — Sofya perguntou para o marido. Eles dois já haviam ido para várias missões juntos pelos estados do país, somente com um carro velho.

— Trinta e nove horas. — Heyoon respondeu. — São quase dois dias de estrada, é muito tempo para ficar em um carro com esse tanto de nervos á flor da pele.

— Tem uma sugestão melhor? — Any questionou, com o tom de voz ríspido demais.

— Pedra, não assim. Ela está tentando ajudar! — Josh repreendeu a esposa, que apenas respirou fundo e se desculpou com a coreana, que sequer havia se importado com a farpa.

Durante o período de treinamentos no FBI, todos precisavam aprender sobre como ter inteligência emocional em momentos de tensão, onde alguém estivesse em perigo e correndo riscos.

Mas todo o aprendizado se dissipou da mente de Any quando era sua filha quem estava em perigo, seu bem maior, uma parte dela.

— Eu tenho um plano. — Sabina se pronunciou. — Esther, você disse que a Yonta pretende ir até a Stephanne antes do fim de semana, certo?

— É isso, pelo que a Ruschel me contou. — Confirmou.

— Eu e Pepe temos um trailer de viagem grande o suficiente para oito pessoas se acomodarem, está em perfeitas condições. — Explicou. — Natasha, Heyoon, Any, Josh e Michael, vocês vem conosco!

— Mãe, eu também vou junto! — Enzo disse.

— Você se expôs à muito perigo da última vez, mijo. Tem certeza que quer ir? — Indagou a mexicana ao filho.

— É a minha namorada que está em perigo, não vou pensar duas vezes antes de ir buscar ela. — Afirmou.

— Tudo bem, você vem conosco também, mas por favor, fique longe de armas! — Ela disse, condicional.

O plano tinha tudo para dar certo. E precisava dar.

[...]

𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora