14 | οи ωαγ

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ᴇɴᴢᴏ ɢᴏɴᴢᴀ́ʟᴇᴢ ʜɪᴅᴀʟɢᴏ

ʏᴜᴍᴀ, ᴀʀɪᴢᴏɴᴀ; ꜱᴀᴛᴜʀᴅᴀʏ, 08:47ᴀᴍ.

— Enzo, bora, levanta! — Stephanne me sacudia. Abri os olhos com lentidão, tentando me acostumar com a luz que vinha da janela aberta.

— O que foi? — perguntei, zonzo.

— Arruma suas malas. A gente tá metendo o pé daqui — Arthur, que estava ao lado dela, respondeu.

— Pra onde a gente vai? — questionei, sentando no colchão e esfregando os olhos.

— Pra casa, bocó! — Anne alegou.

— Você é sempre tão agressiva pela manhã? — murmurei, levantando.

— E você sempre tem o QI negativo quando acorda? — retrucou.

— Galera, foco! — Arthur se pronunciou. — A tia Sabina e a Michelle querem sair daqui antes das nove e trinta!

Bufei, e fui para o banheiro me trocar. Coloquei a calça de sarja preta e os coturnos de sempre, dobrando a roupa utilizada para dormir.

Assim que sai do banheiro, apenas Anne estava no quarto em que havíamos dormido.

— Seu olho tá meio que brilhando. Arthur te acordou? — indaguei, notando que ela parecia menos mal humorada que de costume, devido ao fato de não ser nove da manhã.

— Eu acordei um pouco mais cedo e perdi o sono. Fui pra sacada, e ele já estava lá — contou —, e então, ficamos conversando até a Shelly acordar.

— Uau, aproveitou e declarou seu amor por ele?

Ela arremessou um dos travesseiros na minha direção, mas desviei á tempo.

— Se ferra, Hidalgo! — Brandou.

— Eu vou sair de perto de você, porque eu acho que isso aí — gesticulei para ela — é contagioso!

— Cara, só arruma suas coisas e vamos tentar ficar de boa, porque vamos passar as próximas quatro horas dentro de um carro, um do lado do outro. — Disse, pegando a sua mala pela alça e arrastando para fora do quarto.

— Deus, me dê paciência pra aguentar ela até chegarmos em Los Angeles — olhei para o teto, crendo que o cara lá de cima estivesse me escutando.

[...]

ᴇʟʟʏsᴇ ʏᴏsʜɪʜᴀʀᴀ ᴡᴀɴɢ

ɴᴏɢᴀʟᴇs, sᴏɴᴏʀᴀ, ᴍᴇxɪᴄᴏ; sᴀᴛᴜʀᴅᴀʏ, 09:24ᴀᴍ.

Enquanto Michael dirigia até Los Angeles, eu conversava sobre qualquer coisa com os meus pais, somente para não ter que lidar com o clima bizarro dentro daquele carro.

Como foi passar esse tempo longe de nós, Mallyse? — meu pai questionou. Sempre utilizava aquele apelido ridículo, e perguntava-me com frequência como minha mãe deixou ele acrescentar “Marie” no meu nome.

— Agoniante — respondi, posicionando o celular próximo ao para-brisa do carro, de forma que meus pais pudessem ver Michael também.

Sentiu tanto assim a nossa falta? — minha mãe apareceu na videochamada, abraçando meu pai por trás, e ele acariciava seu braço.

— Na verdade, era porque eu descobri na última hora que tinha um ACO atrás de mim e estava duvidando da segurança do esconderijo — falei.

𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora