25 | zιρρєя ρяσвℓємѕ

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ᴀᴜᴛᴏʀᴀ

sᴀᴛᴜʀᴅᴀʏ.

— Por qual motivo vocês estão se arrumando nessa rapidez? Falta, tipo, uma hora para a festa começar — Enzo disse, atirado na cama de casal e assistindo Ellyse e Stephanne correrem de um lado para o outro.

— A tia Heyoon pediu pra gente encontrar ela no saguão, porque ela tinha orientações para nos dar. — Ellyse respondeu. — Ah, merda, eu acho que eu perdi minhas escutas! A dinda vai me eliminar — choramingou a mais velha.

— As escutas estão com a tia Yoon, ela não deu para ninguém! — Stephanne se pronunciou, terminando de colocar o coldre na coxa onde o vestido vermelho iria tampar. — Eu trouxe meus brincos? Eles são lasers e custam mais que um rim!

— São esses? — Wang entregou o par de brincos para a amiga, que agradeceu. — Enzo, vai ficar aí sem fazer nada?

— Prefiro ficar aqui do que ficar sozinho no meu quarto. — Alegou. — O Michael e o Arthur estão recebendo algumas orientações do tio Lamar, o Liam, a Natasha e a Esther estão se arrumando juntos, e o quarto deles é mais caótico que não sei o quê!

Ellyse amarrou o cabelo em um rabo de cavalo baixo, mas deixou duas mechas do cabelo ondulado na lateral do rosto, de forma que escondesse a escuta transparente em seu ouvido.

Stephanne apenas definiu os cachos e ajudou Ellyse com o cabelo.

Durante o tempo em que elas estavam se arrumando, Enzo apenas colocou o terno e checou seus equipamentos escondidos no paletó.

— Anne, você viu meu batom? — perguntou Ellyse, procurando o objeto na sua bolsa de mão. — Aquele que é um canivete, você sabe qual!

— Eu sei, você foi com ele pro quarto dos seus pais pegar o spray de pimenta, mas não voltou com ele — falou a garota de cabelos cacheados.

— Quarto de garotas é sempre assim? Vocês zanzando o tempo inteiro de um lado para o outro? — Indagou o garoto, levantando da cama.

— Geralmente, sim! E hoje é pior, porque nós precisamos que todas as armas estejam conosco, não sabemos se iremos precisar delas — respondeu Ellyse, e antes de deixar o cômodo, virou para o melhor amigo novamente. — Seu colar é um recipiente com veneno, né?

— É para ser — deu de ombros.

— Tá, então, não perde ele, e só usa se for realmente necessário — pediu Wang, fechando a porta do quarto.

No banheiro, Stephanne passava o batom vermelho e guardou o mesmo na bolsa que estava em cima da bancada. A mesma pegou o vestido no cabide e fechou a porta.

— Então... Como você está, depois de quinta á noite? — perguntou o garoto, escorado na parede ao lado da porta do banheiro, com os braços cruzados.

— Normal, eu acho. — Respondeu, incerta. — Quando fui pro terraço, tive uma conversa esclarecedora com um cara que estava lá.

Enzo bufou e Stephanne ouviu, soltando uma risada baixa e abafada. Ela sabia que ele tinha ciúmes dela com outros garotos, e queria provocá-lo, para ver até onde ele conseguia manter a pose e ocultar sua raiva e desconforto.

— Por isso que demorou tanto para voltar pro quarto? — indagou.

— Eu fiquei lá por só vinte minutos, ou até menos. A não ser que tenha sido uma eternidade pra você ficar longe de mim — rebateu, fechando o zíper lateral de seu vestido vermelho.

— Por que você faz esses joguinhos? — perguntou ele, já impaciente. — Você sabe o que eu sinto, sente o mesmo e não está mais nem aí para o Arthur. Não faço a mínima ideia do que você quer de mim.

A Beauchamp abriu a porta do banheiro, desistindo de fechar o pouco espaço que faltava para terminar o percurso do zíper. Ela foi em direção ao espelho grande fixado na parede do quarto, onde ela podia enxergar a si mesma de corpo inteiro.

— Eu que não faço a mínima ideia do que você quer de mim, Enzo — argumentou, nervosa com a situação. — Você também sabe o que eu sinto, já não é suficiente?

Stephanne colocou o cabelo cacheado para o ombro esquerdo, decidindo fechar o vestido todo pela última vez.

Enzo, notando a dificuldade da garota com a roupa, foi até ela. O mesmo retirou a mão dela de cima do pequeno fecho, e subiu o pouco que faltava do zíper, com o rosto perto do ombro descoberto dela.

Stephanne estava suando frio, com as batidas do coração aceleradas e seu raciocínio foi para longe de sua mente, no momento em que passou a sentir a respiração pesada de Hidalgo contra seu pescoço e seu ombro.

Ele desceu uma das mãos para a cintura da garota a sua frente, a virando de frente para ele, colocando a mão livre no outro lado, puxando o corpo dela para mais perto. A cacheada estava petrificada, sem conseguir mover um músculo sequer, e engoliu em seco ao sentir o hálito quente dele contra seu rosto, indo em direção ao seu ouvido.

— É mais que suficiente — sussurrou, a fazendo contrair seus músculos e prender a respiração, em um só movimento. — Nunca pude demonstrar tudo da forma que eu queria, porque você sempre vinha me falar do Arthur e me jogava de escanteio, mas mesmo assim... Eu permaneço aqui, extremamente satisfeito com você estar retribuindo tudo que eu demonstrei, mesmo que sutilmente.

Stephanne levou suas mãos até o rosto de Enzo, o encarando, como se pudesse enxergá-lo através dos olhos, como se enxergasse seu interior, as batidas aceleradas do coração dele, nas quais ela era a causa.

Ele segurou os pulsos dela com delicadeza, encostando as testas uma na outra, com os olhos fechados. Lentamente, ambos foram aproximando-se um pouco mais, deixando os lábios com centímetros de distância.

Antes que os lábios tivessem a oportunidade de se tocarem, a porta do quarto abriu, revelando Ellyse falando alguma coisa, sem perceber o clima. Por impulso, os dois se afastaram rapidamente, passando a ignorarem a presença um do outro.

— Estou com a leve impressão que atrapalhei algo aqui — falou a morena, desconfiada. 

Desconcertada, Stephanne fora pegar seus sapatos e os colocar, com as mãos tremendo de nervosismo por conta do ocorrido de instantes antes. 

— Que vontade de eliminar você, Ellyse — Enzo resmungou baixinho, perto o suficiente da melhor amiga, para que somente ela escutasse.

— Vão ter outras oportunidades, relaxa — deu tapinhas aparentemente amigáveis nas costas do mais alto, que revirou os olhos. — Agora, sejam profissionais e finjam que nada aconteceu. 

[...]

duas att pra vcs hj!
daqui pra frente é só pra trás, e vai ter muito mais ação nos caps!



𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora