10 | иοτнιиg нαρρєиє∂

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ᴇʟʟʏsᴇ ʏᴏsʜɪʜᴀʀᴀ ᴡᴀɴɢ

ɴᴇxᴛ ᴅᴀʏ, 07:11ᴀᴍ.

Abri os olhos, e enxergando através da janela do quarto, era notável que ainda estava escuro. Além do mais, o clima frio do mês de Janeiro não permitia o sol nascer tão cedo e se pôr tão tarde.

Meus músculos das pernas e costas estavam tensos pela missão realizada no dia anterior, quando eu ainda estava no Novo México. Por conta do estresse e das poucas horas descansadas, já havia despertado com minhas frequentes dores de cabeça.

Mesmo cedo, Michael já estava de pé, com seu habitual humor sério.

Virei meu corpo para o lado onde ele estava, e apresar de saber que eu o encarava, seu olhar não encontrou-se com o meu em nenhum momento, de maneira expressamente proposital.

— Bom dia. — Cumprimentei.

Em resposta, apenas um aceno de cabeça por educação.

— Caso queira falar com seus pais, mude a localização do seu GPS pra qualquer outra cidade de dentro da Califórnia. — Disse, frio como sempre.

— Tá, e quanto as ligações? Não vou ser rastreada? — perguntei, fechando os olhos vagarosamente.

— Se for inteligente o suficiente pra falar em códigos durante a conversa, não.

Preferi ignorar seu insulto disfarçado de ironia, antes que começasse a me irritar mais ainda — o que me daria mais dor de cabeça, literalmente falando.

Já contagiada pelo humor matinal ácido do Paliwal, fiquei deitada de costas para ele, na tentativa de voltar a dormir.

Se eu pudesse escolher, jamais escolheria estar em um país, escondida, e com o chefe insuportável do meu esquadrão. Estar em casa sempre seria a melhor opção.

Não demorei para pegar no sono novamente, apenas depositando as minhas energias restantes em ter um sono que me revigorasse por completo.

[...]

09:57ᴀᴍ.

Michael não estava no esconderijo quando acordei.

O procurei pelas redondezas, e não encontrei nada, nem mesmo seu carro.

Imaginei que ele poderia ter ido ao mercado ou á uma farmácia comprar os suprimentos necessários, mas foi inevitável não me preocupar quando ele não atendeu ao telefone.

Detestei á mim mesma por depositar tanta preocupação em alguém na qual minha existência era insignificante.

Urrei de raiva, e a porta foi aberta.

Ele entrou com diversas sacolas nas mãos e as deixou em cima da mesa. Pela quantidade, eram todas, além de que ele fechou a porta com o pé quando adentrou a casa.

— Mas que merda, Michael! Por que não me avisou quando saiu ou deixou alguma mensagem? — Perguntei, me aproximando dele, que apenas revirou os olhos.

— Para de drama, Yoshihara. Sai sem avisar porque eu quis, simples. — Respondeu, guardando alguns alimentos na geladeira.

— Desde quando preocupação é drama? — indaguei de volta. — Você acha que está sozinho aqui, por acaso? Estamos escondidos e qualquer ACO pode identificar!

𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora