31 | ϐαϲκ нοмє

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ʟɪᴀᴍ ᴅᴇɪɴᴇʀᴛ

Nosso retorno para Los Angeles aconteceu na manhã seguinte ao encontro dos agentes.

O jatinho que nos levaria de volta para a sede do FBI estava pousado no terraço onde a Ruschel foi morta. Ninguém no esquadrão comentou sobre o assunto, nem mesmo Yonta, porém, todos estavam sentindo o clima mais pesado devido ao ocorrido com a Michelle.

Michael e Ellyse saíram do hospital de forma quase que clandestina com o auxílio de Mayla, que mantinha amizade com um dos médicos que cuidava de Michael e ele lhe liberou para voltar para casa, mas com a condição de que ele voltaria para o hospital assim que pisasse em Los Angeles.

Quando aterrissamos no heliporto do QG, Nour — que fazia parte da equipe médica do FBI — já nos aguardava com mais membros da equipe, uma maca para Michael e os agentes Paliwal e May.

Meu pai e tio Pepe ajudaram Michael a deitar na maca sem danificar seus pontos e seu ferimento, logo sendo levado para a sala de cirurgia.

— O que aconteceu durante a operação? Mike raramente sofre lesões como essa, e isso significa que nem tudo esteve sob controle. — Tia Shivani perguntou.

— Do que exatamente você quer saber, tia Shiv? Porque aconteceram muitas coisas e a lesão do Michael Myers foi só uma dessas coisas. — Respondi.

— De tudo! Não pensem que eu não fiquei preocupada com a segurança de vocês também. — Informou.

— Em resumo, descobrimos que haviam dois agentes da SWAT que faziam parte do tal esquadrão que pertencia á Ruschel, e que a princípio, o Labelle também fazia parte. E um deles, o Harry, foi que me ameaçou através das câmeras, uns dias antes de irmos para lá. — Stephanne começou, enquanto todos nós estávamos caminhando para dentro do QG.

— Michelle Ruschel era apenas um pseudônimo para Rachel Miller, que era o nome verdadeiro dela. Ela queria fazer a Anne parar com as investigações, e depois que elas foram passadas para a Ellyse, queria eliminar as duas da jogada, mas não funcionou, graças aos agentes da CIA que nos ajudaram. — Enzo complementou.

— Lembram daquela missão em conjunto de alguns agentes da CIA no Kentucky, há uns anos atrás? — Tia Sabina indagou para os pais do Michael.

— Aquela onde ajudamos dois casais a sair de um tiroteio? — Tio Bailey questionou, e tio Lamar confirmou.

— Isso. A Mayla, o Zac, o Adam e a Carolyn retribuíram o favor nos ajudando, e ajudando eles, junto com o Labelle que mostrou provou estar do nosso lado. Mas no meio de todo aquele pique esconde misturado com pega-pega, aconteceram alguns acidentes. — Falou o pai de Arthur.

— A Esther levou um tiro de raspão perto dos pontos da apendicectomia, o Enzo recebeu um tiro certeiro no abdômen e o Michael teve o pâncreas atingido por uma facada que veio da Ruschel. — Contou minha mãe.

— E quem eram os agentes infiltrados no esquadrão da Ruschel?

— Um deles se chamava Harry, e a outra, Marianna, que estava grávida e deveria estar de licença, algo que de cara eu achei estranho. — Natasha respondeu.

— O que aconteceu com esses dois e com a Ruschel? — Tia Shivani indagou, receosa quanto a resposta, porém demonstrando curiosidade.

— A Marianna está em segurança com o bebê em um outro local, e vai ter os cuidados necessários para a gestação e a criação. Já o Harry, está morto, e a Ruschel, presa. — Meu pai relatou, e o casal que nos acompanhava se mostrou surpreso.

— Tudo isso aconteceu em dois dias? — Tio Bailey perguntou, chocado.

— É, foi o fim de semana mais movimentado desde que ingressei no FBI. — Stephanne respondeu, alongando suas costas.

Ao longe, vi Natasha indo em direção a um dos corredores e por impulso, a segui discretamente.

O corredor que servia de atalho para a sala de reuniões era escuro e extenso, dando um ar assustador para aquele cômodo específico, além de não possuir muita iluminação.

Com passos cuidadosos, seguia a minha ruiva onde quer que ela fosse sem atrair sua atenção.

Quando estava perto o suficiente para tocá-la no ombro, ela se virou de frente para mim de forma brusca e agarrou meu pulso, colocando meu braço nas minhas costas, imobilizando.

— Tasha, sou eu! — Falei rápido o suficiente para que ela não quebrasse meu braço, achando que eu fosse um agente inimigo.

— Você me assustou! — Ela disse, soltando meu pulso que provavelmente ficaria roxo após um tempo. — O que está fazendo aqui? Não deveria estar indo para a sala de reuniões?

— Sim, e por isso, resolvi seguir o mesmo caminho que você. — Argumentei, a fazendo bufar. — Tá, tudo bem, eu preciso falar com você.

Ela parou no meio do corredor estreito, me encarando com os braços cruzados e a expressão séria de sempre.

— Olha, Tasha, eu sei que você frequenta a minha casa desde sempre por ser a melhor amiga da minha irmã, e que ás vezes nós ficamos em uma implicância sem motivo, mas eu quero que você saiba que eu realmente gosto de você, e não gosto só como minha amiga, embora eu me contente com esse cargo na sua vida, mas ás vezes, eu queria ser mais que seu amigo, e o fato de você não ter tido uma reação negativa ao beijo que eu lhe dei ontem, me fez ter esperança de que você pudesse retribuir o sentimento. — Despejei tudo de uma vez.

Mesmo séria, Natasha se mostrou um pouco surpresa com a declaração.

— Tudo bem se você não sentir o mesmo, era só porque eu precisava falar e não ia aguentar segurar isso por muito mais tempo, embora pareça meio óbvio porque...

As palavras pararam de sair da minha boca quando os lábios da ruiva encostaram nos meus após ela segurar meu rosto com as duas mãos, utilizando o beijo como resposta e como um meio de me silenciar.

— Céus, você fala demais! — Disse ao se afastar do meu rosto para que pudéssemos respirar. — Sim, Liam Deinert, eu também gosto de você.

Soltei um suspiro aliviado.

— Achei que eu fosse fazer papel de ridículo e que o clima iria ficar estranho entre nós dois, se não fosse recíproco. — Comentei.

— Burrice sua em achar que eu não gostava de você, sendo que eu estou dando sinais desde a nossa viagem para Prescott. — Contou.

— Desculpa se eu sou lerdo e não percebo as coisas quando elas estão bem debaixo do meu nariz — falei, e ela riu.

— Deixa de ser besta e vamos subir, Deinert. — Ela seguiu a frente até chegarmos no andar do QG.

E claro, trocamos um último olhar cúmplice antes de adentrar a sala de reuniões e fingirmos que ainda éramos apenas amigos.

[...]


𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora