39 | ѕαℓυτє το ∂єατн

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ᴀᴜᴛᴏʀᴀ

Hina e Krystian não estavam presentes na cerimônia fúnebre realizada pelo FBI. Não haviam forças para isso.

Sabina e Pepe não sabiam ao certo como reagir, afinal, não esperavam que algo fosse acontecer assim.

Heyoon e Lamar apenas olhavam para o caixão aberto, quase ao lado de fora da capela se não fosse pela chuva agressiva que caía do lado de fora.

Arthur estava sendo o apoio de Esther, que não estava se sentindo bem fisicamente.

Liam e Natasha não tinham reação nenhuma, sequer sabiam o que pensar sobre a situação atual.

Alex, Sofya, Sina, Noah... Ninguém estava esboçando algum tipo de emoção. Nem mesmo Shivani e Bailey, que costumavam sentir mais as coisas.

Michael possuía lágrimas silenciosas rolando por seu rosto desde o momento em que chegou na capela, sentou no chão empoeirado e úmido, sem se importar com a sujeira que ficaria em seu uniforme preto.

Josh e Any abraçavam Stephanne, que chorava e desejava trocar de lugar com o corpo da morena que se encontrava no caixão.

Em partes, o plano havia seguido com o planejamento, afinal, Yonta estava morta. Mas outra pessoa também estava, e isso mexia com as lembranças de Sabina, que pensava em Joalin.

— Todas as missões de execução que tivemos de pessoas grandes, algum de nós acaba não voltando. — A mexicana comentou com o marido.

Enzo também não estava presente no velório por opção própria, e nem Sabina ou Pepe julgavam a escolha do filho.

Para contextualizar, há uma explicação.

No momento exato em que Ellyse chegou perto da morte ao ser baleada por Yonta, Michelle atirou na mesma e chutou a arma da mão dela.

Enquanto os demais foram socorrer Ellyse, em algum momento, Yonta deu um tiro certeiro na testa de Michelle, antes da própria Taiwo acabar morrendo, ao lado da sua infiltrada que havia a traído.

E ela acabou morrendo na hora, diferentemente da agente Wang, que passou pelo processo de ter seu sangue estancado por Noah, ao mesmo tempo que Enzo dirigia a vâ de forma desgovernada até o hospital mais próximo.

A cirurgia de Ellyse foi bem sucedida, e voltaram para Los Angeles quando possível, mas ela teria que ficar internada por mais um tempo e não poderia comparecer ao velório de Michelle, ficando com os pais.

Ninguém esperava que as coisas fossem tomar aquela proporção, ao ponto de uma das melhores agentes do FBI morrer nas mãos da suposta capitã.

Mesmo que a operação fosse de alto risco, todos, principalmente Sabina, tinham expectativa de que ninguém fosse morrer dessa vez.

Portanto, era a vez de Michelle.

A cerimônia fúnebre era realizada por alguns agentes do FBI que discursavam no púlpito da capela, localizada no cemitério de agentes que a agência possuía. O mesmo cemitério onde Joalin estava enterrada, e Hina fora visitar o túmulo quando ainda estava grávida de Ellyse.

Durante as cerimônias, todos os agentes presentes tinham que estar fardados, e antes de enterrarem o caixão, prestavam continência, em respeito ao falecido morto em combate.

— Quem vai fazer o elogio fúnebre? — Heyoon perguntou baixinho.

— Eu faço. — Sabina se prontificou, ajeitando o uniforme.

Ela caminhou para a parte de trás do caixão, com os braços apoiados no púlpito e pronta para falar no microfone.

Por conta da missão em Nova York, todos de fora passaram a acreditar que Michelle estava morta e que ela era a vilã da história. Tamanho baque foi quando descobriram que a capitã do FBI, pretendia derrubar a agência inteira.

O corpo de Yonta foi deixado no heliporto abandonado.

Sabina encarou os colegas, os amigos, o marido, os sobrinhos... Enquanto lembrava de ter encarregado Michelle de dar o tiro certeiro para eliminar a Taiwo.

E ela deu sua vida para cumprir sua última missão.

— Amigos e colegas que se reuniram para prestar homenagem a Michelle Ruschel, ou melhor, Rachel Miller. — Se corrigiu. — Hoje nos despedimos de alguém cuja presença em nossas vidas foi marcada por astúcia e controvérsia. Michelle era uma figura polarizadora, cujas ações muitas vezes nos deixavam perplexos e indignados. Sua partida nos deixa com uma mistura de emoções, mas também nos dá a oportunidade de refletir sobre sua jornada e seu legado.

“Michelle não era uma pessoa fácil de lidar. Ela tinha uma língua afiada e uma personalidade desafiadora que frequentemente a colocava em conflito com aqueles ao seu redor. Seus relacionamentos eram complexos e muitas vezes tumultuados, e ela não tinha medo de dizer o que pensava, mesmo que isso significasse ferir os sentimentos dos outros. Fazia as coisas de acordo com seus interesses próprios, mas ainda sim, fazia.

No entanto, apesar de suas falhas e imperfeições, também devemos reconhecer que Michelle era uma pessoa de determinação e coragem. Ela enfrentou muitos desafios ao longo de sua vida e, em seus momentos finais, mostrou ser leal e determinada.

Embora possamos ter tido nossas diferenças com Michelle, devemos lembrar que ela era humana como todos nós. Ela cometeu erros, assim como todos nós cometemos, e é importante que não a julguemos apenas por seus defeitos, mas também pelos seus esforços para se redimir e fazer as pazes com seu passado.

Que ela tenha partido aliviada, sabendo que cumpriu sua última e mais importante missão dentro do FBI, honrando sua farda e distintivo.

Adeus, agente Miller. Espero que de onde você estiver, esteja satisfeita com o trabalho desempenhado no seu último dia, e saiba que vamos lembrar de suas virtudes com apreço, apesar de você ter sido alguém pouco apreciável, mas extremamente capacitada. Uma verdadeira agente do FBI.”

Sabina respirou fundo, deixando uma lágrima silenciosa cair de seu olho.

— Por gentileza, peço que todos os agentes presentes fiquem de pé. — Informou, e todos obedeceram. — Continência.

Sincronizadamente, todos os presentes na capela prestaram continência na direção do caixão e, consequentemente, de frente para Sabina, que havia abaixado seu chapéu do uniforme na altura dos olhos, para não deixar explícita as lágrimas que liberava.

Michael, Arthur, Noah, Lamar, Pepe e Krystian foram os escolhidos para levar o caixão até o local onde seria enterrado.

Os seis ergueram o caixão sem muito esforço, e o levaram até o terreno separado para enterrar Michelle. Logo atrás, os demais que estavam na capela escutando ao discurso da Hidalgo.

Quando todos estavam deixando o memorial, Michael permaneceu ali por mais alguns minutos, saindo e deixando um buquê pequeno de crisântemos amarelos, e batendo continência uma última vez.

Porque apesar de tudo, Rachel Miller merecia continência de todos os seus colegas em forma de respeito, e memória. Afinal, todos lembrariam dela.

[...]

matei todo mundo de susto dando a entender que era a ellyse que tinha morrido, mas não, gente. ela tá viva! os próximos caps vão ser desfechos pra encerrar a história e colar as pontas soltas. mas prometo que vocês terão o que querem ver!
votem e comentem.

𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora