ᴀᴜᴛᴏʀᴀ
A loira andava pelos corredores do local pouco visitado pelos agentes. Estava com receio, mas sua postura não deixava transparecer.
Um dos seguranças da prisão de segurança máxima do FBI ligou para ela, alegando que havia uma pessoa que desejava receber uma visita.
Ela suspirou quando soube quem queria vê-la. Nem sua mãe ou seu pai sabiam onde estava indo, ou o que estava indo fazer, apenas a pessoa com quem tinha uma ligação forte.
Um homem alto e uniformizado abriu a porta da sala com brutalidade, assim que ela mostrou seu distintivo e a carteira de agente e ele leu o sobrenome.
— Pode entrar. — Falou, como se estivesse cuspindo as palavras.
Adentrou o cubículo que continha apenas uma mesa, duas cadeiras e uma vidraça para que pudessem ficar de olho nas duas.
— Olá, agente Urrea.
Esther encarava Rachel com ódio no olhar, ao lembrar do que ela havia feito com Natasha e Stephanne no terraço, e ter deixado Michael em um estado grave no hospital.
A morena, por sua vez, estava de braços cruzados e escorada na cadeira confortavelmente, com um sorriso ladino que fazia qualquer um ferver de raiva apenas de olhar.
— Sente-se. — Pediu, fingindo educação.
— Não preciso que me diga o que fazer. — Respondeu, sentando na cadeira, contrariada. — O que você quer comigo? Eu e você nunca tivemos uma relação próxima, muito menos você com a minha família!
— É justamente por isso. Você é a mais coração mole daquele esquadrão e, mesmo com tudo que aconteceu em Nova York, era a única que viria. — Explicou.
— O que você quer? — Lia colocou a mão discretamente em seu coldre, sentindo a arma. Ela não teria pena em utilizá-la.
— Tira a mão daí, gatinha. — Disse, sabendo que ela estava armada. — Não posso fazer nada com você nem se eu quisesse muito. — Desviou o olhar para a aliança no dedo da loira. — Olha só... Quem diria?
— Fala logo o que você quer comigo, Michelle. — Esbravejou.
— Não sou quem vocês achavam que eu era, mas confesso que foi muito fácil convencê-los. — Sorriu irônica. Lia sentiu vontade de subir na mesa e terminar o serviço que Labelle não conseguiu.
Rachel era cínica, falsa. A pose inabalável, mesmo perante á uma situação deplorável como a dela, era de tirar qualquer um do sério. Nunca teve medo do perigo ou de levar um tiro por ser tão escarniosa assim.
— Você sabe que eu não tenho medo de cara feia, meu bem. — Deu de ombros. A garota bufou, se levantando para ir embora.
— Se vai continuar sendo uma vaca exibida, não tenho mais nada para fazer aqui! — Alegou, sem se importar se sempre foi orientada a não insultar pessoas.
— Acho que você não entendeu que não vai sair daqui até me escutar. — A morena alterou o tom de voz, sendo firme. — O segurança não vai deixar você ir embora.
— Ele não seria pau mandado de uma criminosa igual você. — Rebateu, desafiadoramente.
— Quer tentar a sorte? — Rachel franziu o cenho. — Até onde eu sei, você não tem muita. Larga de ser marrenta que você não é assim.
A agente Urrea sentou-se de novo.
— O que aconteceu no dia em que houve o blecaute na sede do FBI? — Perguntou.
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𝐓𝐇𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐅𝐁𝐈
Rastgele+ now united x oc | onde é a vez dos filhos dos melhores agentes serem parte do FBI.