💜Capítulo 8💜

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Ficamos segundos apenas nos encarando, para mim parece uma eternidade, mas em um piscar de olhos Namjoon levanta abandonando nosso momento.

— Vamos embora. — Estica a mão para me ajudar a levantar. Sua palma é macia, sem nenhum calo.

— Claro. — Ainda meio desnorteada com sua aproximação deixo que me levante.

Quero entender porque Namjoon quis tanto saber sobre Jungkook, pode ser que ele esteja realmente curioso sobre meu colega de escola, não sou de receber visitas nos ensaios e do nada esse garoto aparece, mas e se...? Minha mente louca pensa que Namjoon pode estar com um pouco de ciúmes.

Desde que nos conhecemos o Kim já deve ter percebido que não tenho amigos homens, sou próxima apenas dele e de Hoseok, então pode ter ficado um pouco desconfortável em ver um garoto me procurar, mesmo que esse garoto seja o Jungkook. Talvez não faça nenhum sentido esse pensamento, mas me apego a ele, porque, para mim, faz sentido. Pode não ser um ciúmes de homem com mulher e sim porque ele é um dos únicos homens em minha vida.

Não deixo de sorrir ao pensar nisso, talvez, sem perceber, Namjoon pode estar se apaixonando por mim.

Visto minha calça de moletom por cima da meia calça e continuo de collant, pego minha bolsa e fico esperando Namjoon do lado de fora. Quando ele sai tranco a porta e guardo a chave.

É uma pena que moramos em direções opostas, então não tem como ele me acompanhar, acabamos por nos despedir aqui mesmo, mas eu queria tanto mais tempo com ele. As horas em que ensaiamos são tão poucas e passam muito rápidos.

— Te vejo amanhã, Mirae. — Diz vindo em minha direção com os braços abertos.

Seu corpo grande me envolve em um abraço tão aconchegante que eu poderia facilmente dormir em segundos. Me sinto tão feliz que tenho medo que consiga ouvir meu coração.

— Tchau, Namjoon-shi. — Quando se afasta meu corpo esfria rapidamente.

Fico acenando enquanto ele vai se afastando ainda mais, mesmo que não vire para me olhar, continuo acenando com a esperança que olhe, mas ao virar a esquina abaixo meu braço.

Logo em seguida meu celular começa a vibrar, é Mi-suk perguntando se irei a pé para casa, a caminhada não é tão longa então respondo que sim, sua segunda mensagem é dizendo o quão perigoso pode ser, mas não ligo. Minha casa não fica tão longe do estúdio e mesmo que tenha um ponto de ônibus aqui perto, prefiro caminhar quando minha cabeça está cheia, consigo organizar melhor meus pensamentos.

E nem é tão perigoso andar sozinha já que Seul está bem acordada de noite, as lojas estão praticamente abertas e a luzes delas junto com as dos postes deixa a ruas completamente iluminadas.

Só tem uma parte que é um pouco assustadora, subindo para a rua onde moro o poste acabou queimando, como moro aqui desde que nasci não me importo muito, mas Mi-suk é um pouco medrosa e não consegue passar sozinha.

Estou mandando mensagem para ela dizendo que estou perto de chegar quando deixo meu celular cair pelo susto que levo. Jimin está rindo muito enquanto me agacho para pegar meu aparelho, olho para a tela trincada e uma raiva sobe para o peito, mas respiro fundo para não jogar meu celular em seu rosto.

— Devia ter visto sua cara, bailarina. Estava toda assustada.

— O que faz aqui, Jimin? — Pelo menos tive a sorte de não morarmos no mesmo bairro, seria muita desgraça para uma pobre eu. — Veio apenas infernizar minha vida?

— Por mais que seja o ponto alto do meu dia, não era esse o motivo. Estava indo para a casa do Jungkook quando te vi.

— E não passou nada mais na sua cabeça além de me dar um susto?

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