💜Capítulo 38💜

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— Eu não me incomodo de dormir no quarto de hóspedes, não vim aqui para atrapalhar vocês dois. 

Estou parada no batente da porta do quarto da minha irmã, a observando arrumar a cama para nós duas deitarmos. Já é a segunda vez que falo que não preciso dormir com ela. 

O jantar acabou tem umas duas horas, Jungkook foi embora depois de ajudar Hoseok a arrumar a cozinha, não nos falamos direito mais, apenas me despedi. 

Se eu soubesse que Mi-suk iria me forçar a deitar com ela, teria ido com Jungkook. Acabei de me entender com Hoseok e não quero que ele seja obrigado a dormir longe da noiva por minha causa. 

— Eu já falei que não está incomodando ninguém. Hoseok não irá ficar bravo com você e acho que precisamos desse tempo, faz tanto tempo que não sou a conchinha maior. — Sorrio com a lembrança da nossa infância. 

— Eu posso ser a conchinha maior também. — A desafio. Mi-suk me olha por cima do ombro, olhos semicerrados. 

— Não pode, não. — Não retruco. Porque gosto de ser a conchinha menor, me sinto acolhida por seus braços. — Vamos relembrar os velhos tempos, só por um dia. 

Não interveio mais e me aproximo para ajudá-la a mudar o forro da cama, depois separa cobertas para Hoseok e arrumamos também o quarto de hóspedes. 

Ao voltarmos para o quarto principal Mi-suk me empresta um pijama e quando volta do banheiro já vestida percebo que nossas roupas estão combinando. 

O meu é composto por uma camiseta e um shorts listrados de branco com rosa, tem vários minis coelhinhos rosa por ele. E o da minha irmã é do mesmo conceito, mas com uma calça, ao invés, e listrada de azul com branco, além de ter pequenos cavalinhos por ele todo. 

Ela sorri abertamente bastante orgulhosa da sua escolha, já eu levanto uma sobrancelha estranhando o gosto da minha irmã por moda. 

— Onde conseguiu eles? — Pergunto indo em direção a cama. 

— Comprei em uma feirinha em Hongdae, fui com Hoseok há um tempo. — Ela também se deita. 

— Ficou em dúvida em qual levar e comprou os dois? 

— Não... — Ela vira o corpo para o meu lado, mas continuo encarando o teto. — Um é seu. — Mordo o lábio, sem saber o que responder. 

Ficamos em silêncio por um longo tempo, até penso que Mi-suk acabou pegando no sono, mas ao me virar vejo seus olhos me encarando fixamente, mas não está me julgando. Apenas espera pelo meu tempo. 

— Me desculpa. — Sussurro. 

— Você não tem que pedir desculpas, Mimi. Sou eu que tenho que pedir, por ter te culpado por algo que não era sua culpa. 

— Nós duas erramos, unnie. Temos muito com o que nos desculpar, mas vamos deixar pra lá e aproveitar que estamos juntas de novo. 

— Você tem razão, Mimi. 

Viro para o outro lado e deixo que Mi-suk me abrace por trás, me aconchego mais e fecho os olhos, o cansaço do dia tomando conta do meu corpo. 

— Você sabe como ela está? — Sei sobre quem está se referindo, e sei também que dói precisar saber da própria mãe desse jeito.

— Bem, eu acho, só a vi uma vez nesse meio tempo. Não a visito sem necessidade, nunca é uma conversa boa.

— Então, ela não mudou nada, não é?

— E acho que nunca vai mudar, unnie. — Seguro sua mão e dou um aperto. — Mas, pelo menos, temos uma a outra.

— É só o que importa. — Sinto um beijo na cabeça. — Posso fazer uma pergunta que provavelmente você não vai gostar?

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