💜Capítulo 11💜

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Estou tão nervosa que devo estar suando mesmo tendo acabado de sair do chuveiro, pelo menos escolhi vestir uma camisa preta, assim não terá como Jungkook perceber minhas axilas molhadas.

Quando me olhei novamente no espelho não vi nada demais, mas agora, parada em frente a sua porta, estou me sentindo nua demais para estar na casa de um garoto.

O short que uso não parecia tão curto, mas agora minhas pernas parecem estar completamente amostra.

E estou um pouco desconfortável por estar de maquiagem, normalmente quando chego em casa gosto de deixar minha pele descansar por passar tantas horas maquiada, mas eu não poderia simplesmente aparecer aqui com a cara lavada.

Tento deixar meu desconforto de lado e toco a campainha, até penso que não tem ninguém em casa e que cai em uma brincadeira sem graça do Jungkook pela demora que espero, mas logo me surpreendo quando a porta é aberta.

Jungkook está igual, mas diferente de como sempre o vejo. Suas tatuagens não estão sendo escondidas pela manga do uniforme ou da faixa preta que é obrigado a usar quando está jogando, elas estão simplesmente ali, existindo em sua pele, cada desenho me deixando curiosas para saber seu significado ou o porquê dele ter decidido marcá-la em seu braço para sempre.

Seu piercing na sobrancelha também está fora do curativo e ele tem um novo piercing... No lábio inferior.

Esse garoto consegue ser uma tentação até para mim que o desprezo.

Começo a entender porque as garotas são obcecada por ele, Jungkook realmente consegue chamar a atenção de qualquer um mesmo sem querer, porque o modo como está vestido está claramente mostrando que isso não é um encontro. Graças a Deus!

Uma camiseta branca, bermuda com a aparência de velha e um avental rosa e cheio de babados por cima. Levanto uma sobrancelha questionando silenciosamente.

— Estou fazendo o jantar. — Explica coçando a nuca, envergonhado. Percebo que fiquei tempo demais o encarando e não falei nada.

Bem, nós dois ficamos em silêncio e ele nem me convidou para entrar ainda.

— Pretende fazer a tarefa aqui fora?

— O que? — Percebe a minha indireta e logo fala: — Desculpa, sou um péssimo anfitrião. Pode entrar, por favor. — Passa para o lado para que eu possa pisar no hall de entrada.

Tiro meus tênis e coloco os chinelos que me oferece, continuo com as meias rosas porque ele não merece ver o estado que meus pés ficam depois de um ensaio. Eles estão cheios de curativos e pomada para a dor diminuir um pouco.

Ando atrás dele enquanto vai mostrando corredor principal que tem as paredes brancas, vários quadros. Um em questão me chama a atenção, é um com o desenho de um jardim de primavera, cheios de pássaros, é uma linda pintura, não sou uma grande apreciadora desse tipo de artes já que não sei desenhar, mas sei reconhecer quando acho algo lindo e essa pintura está de parabéns.

Procuro o nome do pintor, mas não o encontro em nenhum lugar, talvez mais tarde eu possa perguntar quem pintou para comprar algum quadro na Internet. Não consigo ver a sala de estar direito pois passamos direto para a cozinha.

Ela é toda marmorizada e decorada em preto e branco, com os eletrodomésticos mais modernos, igual a cozinha de casa, mas a dele é diferente porque tem vida. Eles usam esse espaço de verdade, não só os empregados.

Minha mãe não cozinha, muito menos eu e a minha irmã, então a comida fica nas mãos da cozinheira e só entro lá para pegar alguma fruta ou um lanche rápido.

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