💜Capítulo 43💜

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Toco a companhia não muito confiante que ela irá querer falar comigo, mas preciso muito resolver esse pedaço da minha vida, e não só porque o doutor Min disse que seria bom eu enfrentar meu medo, mas porque não quero viver em um mal entendido. 

Já faz mais de uma semana que Jungkook viajou, por mais que eu quisesse não o acompanhei até o aeroporto, seria demais para mim, porque isso que depois daquele café da manhã voltei para a casa da minha irmã, e chorei no colo dela até esgotar todas minhas lágrimas. 

Sinto a palma da minha mão suada e a tento secar na saia que Mi-suk me ajudou a escolher. Eu queria aparecer apresentável, então pedi ajuda para minha irmã. 

Como o frio está ficando pior a cada dia, além da saia, estou com uma meia-calça e botas cano longo, para me aquecer por completo finalmente usei um dos primeiros suéter que ela fez para mim, a pequena borboleta ao lado do meu peito. Não me vejo mais sem esses suéteres quentinhos, como pude ser tão burra de recusar usá-los? Tão macios e gostosos. 

Também trouxe um para cada, Mi-suk disse que é bom levar um presente, para dar uma boa impressão. 

Não ouço passos de ninguém, então aperto a campainha mais uma vez, dizendo a mim mesma que se não for atendida, voltarei outro dia, mas quando estou pronta para ir embora a porta se abre. 

— Professora Kang? — Os olhos redondos e brilhantes de Nari me encaram com curiosidade e sorrio ao ver tanto de seu irmão nela. 

— Bom dia, Nari. — Me inclino um pouco para poder abraçá-la. Mesmo estranhando minha presença, ela me abraça tão forte igual aos dias de aulas. 

Parei de me surpreender com seus abraços e passei a ansiar por ele todos os dias. É um dos meus momentos favoritos quando temos aulas. 

— O que a senhorita faz aqui? Não quero soar grossa, só estou curiosa. 

— Está tudo bem, querida. Eu gostaria de falar com a sua... 

— Nari, quem está na porta? 

Não completo minha frase porque a voz de sua mãe me interrompe, e ela aparece no hall de entrada secando as mãos em um pano. 

Ao me ver parada na entrada de sua casa seus olhos se arregalam, até deixa o pano cair no chão. Não sei o que fazer ou dizer, tinha um discurso todo preparado, pronta para pedir desculpas e implorar para que aceite minha relação com Jungkook, por mais que não tenhamos nada por agora. 

— Senhora Jeon — Não sinto vergonha ao me curvar e ajoelhar no chão, sem nem mesmo ter entrado ainda. — Eu sinto muito, senhora Jeon, por tudo o que aconteceu no passado. Eu... 

— Não! — Levanto a cabeça, não era bem isso que eu pensava que ela diria. Pelo menos, achei que deixaria eu terminar de falar. 

Seus olhos estão cheios de lágrimas e percebo que a denúncia de anos atrás deve tê-la machucado bastante, por não aguentar nem me ouvir. Provavelmente Jungkook a avisou que não foi eu a autora da denúncia, mas nem sei se ela acreditou, eram minhas informações. 

— Senhora Jeon, eu realmente quero te pedir perdão por tudo. Não foi eu que falei sobre a senhora, mas compreendo o seu ódio por mim...

— Levante-se, Mirae. Por favor, vamos conversar na sala de estar. — Faço o que manda e antes de acompanhá-la deixo a sacola nas mãos de Nari. Dou um pequeno sorriso e sigo a senhora Jeon. 

Quando sua filha mais nova tenta nos segui ela balança a cabeça e manda Nari ir para seu quarto, percebo em seu semblante que não quer, mas obedece a mãe. 

Ao chegarmos na sala fico em pé enquanto ela se senta na mesma poltrona de anos atrás, quando me convidou para conversarmos enquanto Jungkook e Taehyung cuidava da louça. Foi quando confessou que tinha um segredo. 

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