Capítulo 28

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Estela reconhecia que aquele era o momento mais absurdo, mais assustador e... mais excitante da sua vida. Sequestrada, seduzida e... agora, o quê?

Sentiu o pênis de Vengeance pressionando a entrada da sua vagina e sabia que desejava aquilo. Seu corpo aceitara o prazer que Vengeance oferecia sem reservas. Nunca gozara tão forte, tão longamente, tão rápido como com ele. Mas ela era uma pessoa não um, um... animal. Tinha sentimentos, emoções, não podia ser guiada apenas por sensações.

Mas a sensação de Vengeance a penetrando a fez gemer prolongadamente e mexer os quadris, tentando se adaptar ao tamanho dele. Era tão bom...

Crispou os dedos na coberta da cama quando ele começou a se mover devagar, entrando nela um pouquinho a cada investida. Ele segurava seus quadris fortemente e ela imaginou que ele deixaria marcas ali.

Vengeance gemeu quando a penetrou com todo o seu comprimento e parou.

- Está bom, Estela?

- Sim...-murmurou.

- Não estou te machucando?

- Não, Ven... 

Ela pensou como veria aquilo mais tarde. Como enxergaria sua entrega a ele? Pensaria que estivera assustada demais para ter outra atitude ou aceitaria que o desejava também?

Vengeance começou a se mover e ela não conseguiu conter os gemidos  a cada movimento. Sentia-se plena, preenchida.

Seus braços vacilaram e ela apoiou-se sobre eles, fazendo seus quadris erguerem-se mais. Aparentemente ele viu como um incentivo, pois passou a se movimentar mais rápido. Com suas coxas, ele fechou as pernas dela, deixando-a sentir mais fortemente suas arremetidas. 

Lá fora, pássaros enchiam o ar com sua cantoria e uma brisa morna entrava pela janela. Lá dentro... Ah, os grunhidos dele a excitavam mais ainda e deixava os seus próprios sons se misturarem aos dele. O corpo dos dois se batia a cada entrada de Vengeance acrescentando um ruído molhado à cacofonia prazerosa.

Estela sentiu um calor impressionante tomar seu baixo ventre, derramando-se por todo o corpo. Sentiu-se como se estivesse numa corrida desenfreada para alcançar um prêmio que se aproximava cada vez mais.

- Mais... - choramingou.

- Sim!

A arremetida de Vengeance a lançou para a frente e seus seios bateram na cama. Ele não parou porém. Debruçou-se sobre ela, suas peles deslizando contra a do outro, se retirando e voltando com mais ímpeto, fazendo-a gritar. Ela não conseguia acreditar que os gritos desesperados que ouvia eram seus, pois nunca, nunca reagira ao sexo daquela forma.

- Minha! - ele gritou, enquanto martelava deliciosamente dentro dela. - Minha Estela!

Estela fez força e se ergueu novamente sobre as mãos, encontrando os quadris dele, aumentando os sons molhados, se lançando contra ele em busca da explosão que sabia que viria.

Então, mexendo-se freneticamente, sentiu a onda furiosa quebrando dentro de sua vagina. Lágrimas vieram aos seus olhos quando o orgasmo a tomou. Não ouviu mais a voz rouca de Vengeance. Ela apenas... explodiu!

Todo seu corpo se esticou e ela arqueou-se com a força do clímax. Era demais, era demais! Ven acelerou os movimentos e ela sentiu a pressão quando a base do pênis engrossou; no final de duas duras arremetidas,  ele urrou. Era um som animalesco, um som que mostrava que ele era mais do que um homem. Ele se apoiou com as mãos aos lados dela e todo seu corpo estremeceu, enquanto ela sentia o pênis latejar e derramar seu sêmen.

Seus gemidos se misturavam, as respirações pesadas e aceleradas. O corpo dele pesou sobre o dela, que se deitou. Vengeance se apoiou nos braços, mas ela conseguiu sentir o peso dele prendendo-a na cama.

Ele beijou sua nuca fazendo-a se arrepiar com o hálito quente. As presas pressionaram a pele do seu ombro e ela arfou ao sentir a mordida. Vengeance rosnava baixinho, o gesto provocando uma vibração em sua pele.

- Ven! - ele apertou mais os dentes e ela inspirou profundamente. - Não... me morda!

Vengeance soltou os dentes e a lambeu.

- Não te machuquei. 

Realmente, Estela não sentiu dor, apenas o susto. 

- Por quê me mordeu?

- É uma coisa dos espécies. Mordemos as fêmeas para mostrar domínio.

- Foi o que você fez?

- Não. Quis apenas sentir você mais perto.

 Estela se mexeu debaixo dele.

- Ven?

- Hum?

- Está me esmagando.

Ele  girou seus corpos, deixando-a por cima. Vengeance abraçou-a, deixando as mãos sobre seu ventre e Estela sentiu-se estranhamente aconchegada, esparramada ali sobre ele.

Ficaram um longo tempo em silêncio, apenas suas respirações soando no quarto. Estela sentia o sêmen escorrer para fora de sua vagina.

- Está se molhando... - observou.

- Nós dois estamos molhados. - ela fez um barulhinho com a garganta e ele  beijou seu pescoço. - Você é deliciosa, muito deliciosa.

A voz dele soava cavernosa, cansada, excitando-a. Ele dissera que ela era toda macia e ela se comparou à dureza dele. Suas mãos eram ásperas, a pele castigada pelo sol e seus músculos a faziam se sentir muito pequenina. Mas não sentia medo. Ele beijou novamente seu pescoço.

- Você gostou?

- Não acho que deveria perguntar isso a uma dama

- Então, sei que gostou. - declarou infantilmente. Ela sentiu vontade de rir. Era óbvio que havia gostado. - Eu gosto muito de te dar prazer, Estela.

Estela refletiu. Se fosse verdadeira com ele, confessaria que nunca sentira tanto prazer, mas não disse. Acariciou as mãos dele e apenas se deixou ficar ali.

A luz do início da tarde, a brisa cálida, as carícias dele... Era tudo bom demais para aceitar racionalmente. Suspirou e mexeu a cabeça, roçando no peito dele. Vengeance não falou mais nada e parecia que, como ela, apenas usufruia do doce momento.















































Vengeance: Uma história Novas Espécies 1Onde histórias criam vida. Descubra agora