Capítulo 6

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Estela sentiu todo o seu corpo tremer com a ameaça dele. Até aquele momento Vengeance não a machucara, apenas a assustara muito. Ele  a ajeitou no colo e voltou a correr. Ela cruzou os braços sobre os seios, incomodado com o movimento que faziam. Não queria que aquele homem os olhasse. Já não bastava como os corpos se roçavam, misturando calor e suor!

Sentia-se desesperada. Pensava se não estava dormindo e aquilo SERIA um pesadelo. Como acreditar que seria raptada por um homem-fera?

Volta e meia  aparecia na mídia suspeitas de que os Novas Espécies poderiam estar forçando mulheres a viver com eles. Mas o que ela sabia era que várias mulheres haviam se casado com homens Novas Espécies; ela vira dois deles arriscando a vida por suas companheiras, inclusive conhecera um deles, Tiger, o chefe de segurança da ONE. Será que os boatos tinham um fundo de verdade? Homens Espécies aprisionavam mulheres?

Ele deu um salto sobre uma fenda de um riacho e ela sentiu os dentes chacoalharem. Gritou e se agarrou a ele, as mãos deslizando pela pele suada. Ele estava quente, muito quente.

Sentiu que ele diminuiu a velocidade quando o terreno começou a se elevar. Estava cansada, muito cansada. Já havia passado por uma montanha-russa de emoções. Sentira medo, raiva e agora sentia-se apenas cansada. Seu corpo doía de ser carregado, sacudido e super aquecido. Tentou ver as horas no relógio, mas seu pulso sacudia demais.

- Por favor...  Senhor Vengeance... - esperou que ele falasse com ela, mas  a ignorou. - Senhor Vengeance... pare, por favor. - choramingou.

Ele parou, mas a manteve segura.

- O que é? - perguntou, a voz muito rouca, com o rosto próximo ao dela.

Mesmo com medo, Estela falou.

- Meu corpo... sinto dor. Minhas pernas estão com cãibras.

Vengeance a abaixou devagar. Ela se inclinou, esfregando as coxas, suas pernas estavam moles.

- Sente-se.

- O quê?

Ele segurou sua mão e a puxou para baixo. Estela gemeu quando as pernas tremeram sem forças e sentou-se no chão coberto de folhas e gravetos. Deu um gritinho quando ele ajoelhou-se à sua frente e envolveu sua perna com as mãos. Vengeance começou a esfregar sua perna e ela resmungou com a dor; ele corria as mãos do tornozelo à coxa, sem se incomodar com a tentativa dela de afastá-lo. Passou para a outra perna e continuou a esfregar. Suas mãos alcançavam a bainha da saia e Estela engolia em seco a cada vez que esbarravam em sua virilha.

- Pode... pode parar.

Ele descansou as mãos em suas coxas. Ela não pôde deixar de notar o peito largo e suado, as gotas que escorriam pelos músculos definidos de seu abdômen e se perdiam no cós das calças. Vengeance era enorme!

- Parou de doer?

Os polegares roçaram em sua pele.

- Parou... - ele a encarou e ela abaixou o olhar. - Obrigada.

Quando as mãos dele começaram a subir por suas coxas ela as segurou.

- Não. - proibiu, erguendo os olhos.

- Sua pele é muito macia.

- Não quero que me toque. - as mãos deslizaram para cima.

O olhar dele a incomodou em sua intensidade e Estela olhou para o peito dele e arregalou os olhos quando percebeu os mamilos escuros intumescidos.

- Por favor!

Ele segurou seu rosto e inclinou a cabeça. Estela recuou ao perceber o que ele pretendia; queria beijá-la! Espalmou as mãos em seu peito e tentou empurrá-lo, porém o impulso a lançou para trás e suas costas bateram no solo.

Ele apoiou o braço esquerdo ao lado do rosto dela e a cobriu com seu corpo, enquanto a mão direita continuou segurando o seu rosto; abaixou a cabeça e colou o nariz no seu pescoço, aspirando fundo. Estela tentou virar o rosto para impedi-lo, mas ele manteve a mão firme. Ele deslizou o nariz por sua pele e gemeu. Estela o empurrou.

- Não!

- Que cheiro é esse? - ela não respondeu. - Parece fruta, mas... não sei qual é. - a respiração de Estela acelerou quando ele a tocou com a língua. - Não tem gosto de fruta.

- Me deixe... por favor...

Ele ergueu o rosto e cheirou seus cabelos.

- Outra fruta... é muito bom. - Estela arregalou os olhos quando ele apoiou o outro braço e abaixou mais o corpo. Sentiu as pernas musculosas prenderem as suas. Ele a olhou de tão perto que ela podia sentir sua respiração sobre seu rosto. - Você é macia.

- Por favor...

Os lábios firmes desceram sobre os seus e ela tentou se livrar. Vengeance prendeu seu lábio superior entre os dentes e o mordiscou de leve. Estela sentiu as presas afiadas e fechou os olhos, horrorizada. Ele chupou, gemendo.

Até então ela estivera com esperança de que ele a levaria de volta, que a deixaria ir incólume, porém o corpo quente e firme sobre o seu mostrava algo totalmente diferente. Ele dissera que ela era dele e, apavorada, Estela acreditou que ele acreditava naquilo.

Ele enfiou uma perna entre as suas e ela tentou fechá-las, sem sucesso.

- Toda macia... - sussurrou e enfiou a língua dentro de sua boca.


Vengeance: Uma história Novas Espécies 1Onde histórias criam vida. Descubra agora