Capítulo 56

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Vengeance se apoiou sobre os braços para não esmagar Estela. Seu orgasmo foi tão forte que não conseguiu se manter de joelhos. Respirava com dificuldade, o coração batendo loucamente. Sentia ainda seu pênis pulsando, enquanto derramava-se dentro dela. Estela respirava como ele, gemendo baixinho.

Ven encostou a testa no topo da cabeça de Estela, apenas curtindo a lassidão depois do clímax.

Ele a assustara. Mais uma vez. Mas não se lamentou. Quando Tiger autorizara que Estela entrasse em sua casa ele mal esperara que ela caminhasse para dentro. Fechou a porta e, sem avisá-la, puxou-a contra o seu corpo. Estela arfara, surpresa, porém ele não se importou. Abraçou-a e a ergueu para beijá-la. Como ele imaginara, ela não se negara a ele.

Passando os braços por seu pescoço, ela abrira os lábios recebendo sua língua com um gemido. Ele sentira a excitação mudando seu corpo, endurecendo de desejo por ela; não deixaria aquela fêmea escapar dele nunca mais!

Segurara sua bunda com força e Estela passara as pernas por sua cintura; andara para o quarto. Não perguntaria a ela, não pediria, ele a tomaria e pronto.

Vengeance a jogara sobre a cama, sem se perturbar com seu rosto espantado. Inclinara-se sobre ela e, sem gentileza nenhuma, segurara o decote do vestido e o rasgara de cima a baixo. Dessa vez ela engasgara, olhando-o com os olhos arregalados.

- V-ven? - ela gaguejara, realmente assustada.

Ven afastou o tecido em frangalhos e rosnara, ignorando o olhar de medo. Puxara o sutiã com força arrebentando o tecido; baixara as mãos e não se dera ao trabalho de tirar a calcinha; apenas a rasgara e jogara para longe.

- Ven!

Faminto por ela, Vengeance abrira suas coxas, mergulhando entre a carne trêmula. Estela soltara um pequeno soluço, estremecendo quando ele dera um beijo de boca aberta em sua vulva. Vengeance gemera, sentindo o sabor dela. Como sentira falta!

Estela segurara sua cabeça, arfando de surpresa e prazer. Ven não se contivera. Beijara, lambera, mordiscara a carne quente que se molhara em um minuto. Com as mãos segurando firmemente suas nádegas, ele a erguera, aprofundando as carícias. Cedo, ela começara a gemer, sem fôlego. Vibrando a língua ele a penetrara e ela soltou um grito.

Ele não se importara com os oficiais lá fora, não se importara com o medo que vira em seus olhos; ele só quisera lhe dar tanto prazer que ela nunca mais quisesse deixá-lo!

Ela puxara seus cabelos e balançara os quadris loucamente, gemendo, se engasgando. O gozo dela viera com força, sacudindo todo o seu corpo.

Sem esperar que ela se recuperasse, Ven a virara, erguera seu quadril e, num impulso único, a penetrara. Se o grito anterior de Estela não trouxera os oficiais, aquele traria. Ela dera um grito longo que reverberara em seus ouvidos e ele apenas continuara.

Não machucaria Estela, mas não seria gentil. Entrarra e saira dela duro e rápido, fazendo-a gritar. Quando se dera conta, ele acompanhava seus gritos com gemidos roucos e altos.

Ele se perdera dentro dela. Ela partira e agora estava ali sob ele, respondendo a cada arremetida sua com impulsos que o levaram cada vez mais fundo.

Os gritos dela diminuíram e logo restaram apenas soluços abafados. Ela desmonorara na cama e ele a mantivera pelos quadris.

- Ven!

Ouvi-la gritar seu nome o enchera de um forte sentimento de posse. Nunca mais a deixaria ficar longe dele. Com um gemido agudo, Estela retesara seu corpo e ele sentira o pulsar de sua vagina. Com o gozo dela ele se entregara às sensações, cavalgando, cavalgando, até que explodira com um grito.

Momentos depois, a loucura havia passado, mas ele ainda sentia a força do clímax. Seus braços tremiam e ele mal conseguia sustentar seu próprio peso. Beijou os ombros dela e, usando suas últimas forças, virou os dois de lado e descansou o corpo.

Ficaram ali agarrados, usufruindo do cansaço do prazer que compartilharam. Um longo momento depois, ele segurou o quadril dela.

- Fui duro demais?

Ela riu baixinho.

- Acabou comigo.

- Te machuquei?

Ela riu novamente.

- Não sei se conseguirei andar de novo, mas não me machucou.

- Hum...- ele esfregou a bochecha em seus cabelos, matando a saudade do aroma dela. Ergueu a mão e os acariciou, passando os dedos entre as mechas crespas. O que Tiger lhe ensinara sobre as fêmeas humanas o fez acaricia-la e falar baixo. Já a assustara o bastante. - Eu estou bem. - declarou.

- O quê?

- Disse que veio ver se estou bem. Eu estou.

Estela segurou seu braço e o acariciou.

- Está muito bem...

- Pensou que fiquei doente por sua causa?

- Pensei. - virou o rosto para trás. - É muita pretensão minha, não é?

- O que é pretensão?

- É eu pensar que sou muito importante.

- Então, não foi pretensão.

Ela o olhou.

- Ficou muito chateado, eu sei.

- Queria morrer, Estela.

- Não diga isso, Ven.

Ele beijou a ponta do seu nariz.

- Doeu você ter me deixado.

- Mas eu não queria! Minha intenção era continuar a vê-lo quando eu viesse dar aulas. - ele rosnou baixinho. - O quê?

- Não quero vê-la de vez em quando. Quero que seja minha companheira.

Ela ficou em silêncio, porém ele não quis falar mais. Não tinha nada a dizer que já não houvesse dito antes. Ela continuou com o rosto virado para trás, encarando-o com o semblante muito sério.

- Senti muito a sua falta, Ven. Muito mesmo. - ele apenas franziu as sobrancelhas. - O que aconteceu entre nós... eu não sei explicar, mas me abalou... - acariciou-o novamente. - Não consegui parar de pensar em você.

Vengeance sentiu o inchaço na base de seu pênis diminuir, se separou dela gentilmente e virou-a para ele. Segurou o rosto dela, admirando os traços bonitos, a pele escura tão macia, a boca que o fazia querer mordê-la... Ele a queria tanto! Queria seu corpo, mas também queria sua inteligência e doçura; queria vê-la brava com ele e vê-la ceder com os seus carinhos. Queria as mãos macias em sua pele calejada, o olhar meigo, sua voz... Pensou em 147 e em como ela cuidava dele; teve certeza que ela gostaria de saber que alguém ainda o acarinhava. Franziu os lábios, receando falar e assustá-la com a força da necessidade que tinha dela.

- Ven... Me explique, quero saber como é ser uma companheira.

Vengeance: Uma história Novas Espécies 1Onde histórias criam vida. Descubra agora