Estela arfava sentindo os movimentos dele se acelerando. A cada estocada sentia sua vagina se cedendo cada vez mais para recebê-lo. As sensações eram ardentes, extrapolando tudo que ela já sentira antes. Mesmo com ele se apoiando nos braços, o corpo de Vengeance comprimia o seu, pressionando o colchão. Deliciando-se com a sensação, Estela passou as pernas sobre os quadris dele, firmando os calcanhares nas nádegas firmes. Deslizou as mãos pelas costas suadas e, quando ele fez um movimento mais brusco, afundou as unhas na carne quente. Ele não pareceu sentir.
Vengeance respirava pela boca, os gemidos tornando-se em sons que se assemelhavam a lamentos. De repente, ele abriu os olhos e sorriu para ela. O rosto, que antes parecia cruel, se iluminou fazendo-o parecer mais jovem.
- Isso... isso está... tão bom! - ele gemeu. - Não consigo... ah... não consigo...
Ele acelerou ainda mais, os quadris se chocando descontroladamente com a intimidade dela. Estela sentiu todo o seu corpo tensionar. A ansiedade pelo que viria a tocou, porque nunca havia chegado ao clímax com a penetração; se gozasse daquele jeito seria a primeira vez. Fechou os olhos e arqueou o corpo, tentando senti-lo mais e Vengeance lhe deu exatamente o que procurava, seus corpos colidindo e deslizando um contra o outro.
O coração de Estela batia loucamente, as ondas de prazer se avolumavam e quebravam com força em sua pélvis. Ela choramingou com medo daquela sensação que rolava, rolava e... Escancarou a boca num grito mudo ao sentir a explosão de prazer entre suas pernas. Seu corpo foi violentamente sacudido e ela perdeu o ar. Não pensou, não gritou, apenas jogou a cabeça para trás, de olhos arregalados, sentindo o corpo derreter.
Vengeance segurou seu rosto e a beijou com desespero, sugando sua língua, devorando a boca macia, mas ela sequer conseguiu corresponder. Ele deu uma estocada que a tirou do torpor, fazendo-a arquejar de dor; o pênis pareceu engrossar impossivelmente. Ele se esticou todo sobre ela, enfiou bem fundo e ela deu um grito agudo ao sentir-se como se estivesse sendo rasgada por dentro. Ele ergueu o peito e lançou a cabeça para trás e... e urrou!
Estela arregalou mais os olhos, assustada diante do grito animalesco e das presas brilhando. Ela sentiu cada pulso do pênis enquanto ele jorrava dentro dela; se o orgasmo dele fosse parecido com o dela, ela pensou, ele se desmancharia.
Vengeance pressionou as presas entre seu pescoço e o ombro e ela sentiu medo de ser mordida, entretanto, ele apenas a segurou, enquanto seu corpo estremecia com o clímax.
Lá fora, os sons noturnos voltaram a ser ouvidos, mas não tão alto quanto o som dos gemidos e da respiração arfante dos dois. A respiração dele aquecia o ponto onde quase a mordera e uma pressão na vagina mostrava que, sim, seu pênis aumentara de circunferência no momento do gozo.
Estela sentia as pernas tremerem, enquanto o esperma quente escorria de sua vagina. E uma nova preocupação surgiu; não haviam usado proteção! Ela lera que os Novas Espécies não carregavam doenças, mas isso incluiria até as sexuais?
Ele beijou seu pescoço e acariciou seu quadril, mas não deu sinal de que se separaria dela, pelo contrário, abaixou mais o corpo, colando o peito ao dela.
Estela gostaria de dizer que sentia aversão a ele, porém o contato pele a pele depois do ano sexual só a deixava mais confortável depois de orgasmos tão intensos.
- Minha... - ele sussurrou. - Você é toda minha, Estela.
Ela não o contrariou. De alguma forma deveria deixar Vengeance satisfeito até que surgisse uma oportunidade de fugir ou ser libertada. Talvez agora que fizeram sexo ele a deixasse partir.
Ele se apoiou num cotovelo e a encarou. Acariciou seu rosto e esfregou o polegar em seus lábios.
- Sua boca é linda. - roçou os lábios nos dela. - Você é toda linda.
Estela observou seu rosto. Ele parecia ter cerca de trinta anos, mas o olhar era muito duro, como se tivesse visto demais da crueza do mundo. Ele continuou a acariciar o seu rosto.
- Me disseram que as humanas são diferentes, que gostam de carinho depois de compartilharem sexo.
Ela pensou em dizer que não compartilhou exatamente, porém apesar do medo reagira perfeitamente bem ao que fizeram.
- A maioria das humanas gosta... - sussurrou.
- Você gosta? - a voz dele soou com incerteza.
- Quando eu quero fazer sexo, sim.
Ele franziu as sobrancelhas.
- Entendi... Você não queria compartilhar sexo comigo...
- Você... você me forçou.
- E não te machuquei e... você gostou, não gostou?
Ela sentiu vergonha, mas respondeu.
- Eu... gostei.
Ele sorriu.
- Eu disse que gostaria. - disse todo presunçoso.
- Mas se eu pudesse ter evitado, eu faria isso.
- Quero que seja minha mulher.
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Vengeance: Uma história Novas Espécies 1
FanficFanfic baseada na série Novas Espécies da autora Lauran Dohnner