Capítulo 19

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Estela ficou estarrecida com as palavras de Vengeance. Aquele era um homem-fera, um sociopata, que a sequestrara sem sequer conhecê-la. Ele falava de amor, falava de quem amara.

- Você... Não... Ninguém sequestra alguém para amar.

- Eu quero alguém.

- Não sou eu.

- Pode ser.

- Não... Vengeance, não é assim que acontece. As pessoas se conhecem... se apaixonam... Não cometem crimes... Quero dizer, pessoas normais não fazem isso.

- Eu queimo.

- O quê?

- De noite. Eu penso na solidão e queimo de saudade.

- Da sua companheira?

- Sim. - ele hesitou. - Ela me amava.

- Eu não sou ela.

Ele a olhou com o semblante triste.

- Eu sei. Só esperava...

Estela observou-o. Era enorme, assustador, mas ainda assim parecia estranhamente frágil.

Ele é louco! Não posso sentir pena!

- Deixe-me ir.

Ele franziu as sobrancelhas e deu um rosnado baixo. Estela acompanhou ele se erguer e sair do quarto. Aproveitou para esticar o corpo, estendendo os músculos tensos. Olhou através da janela e já não conseguia ver a lua e ficou sem saber as horas. Tirara o relógio para lavar as mãos no banheiro do auditório e o esquecera na pia.

Ouviu uma porta bater e, logo em seguida, o barulho do chuveiro. E se ela fugisse agora? Será que conseguiria descer a montanha? Como se para demovê-la da ideia um uivo cortou a noite, fazendo-a estremecer.

Entrelaçou as mãos sobre a barriga, tentando pensar. Estavam procurando por ela, não era possível que não chegassem até aquele lugar, mas Vengeance dissera que despistara quem a procurara. Fechou os olhos e tentou descansar. Precisava de uma saída!

Estela se sobressaltou quando ele voltou para o quarto. Como podia ser tão grande e ser tão silencioso? Grande e seminu?! Vengeance usava apenas uma toalha presa na cintura.

Ele foi até um velho guarda-roupa e retirou uma bermuda. Soltou a toalha e Estela arregalou os olhos diante de sua nudez. Aquele homem não tinha a menor noção de vergonha! Os músculos das costas se moviam enquanto ele se vestia e ela apertou os lábios ao ver a bunda firme.

Ele se voltou e caminhou até a cama.

- Está com frio?

- Não.

Vengeance sentou-se na cama.

- Perguntei, porque eu não sinto frio.

Estendeu a mão e alisou os cabelos dela. Estela recuou, mas ele manteve o carinho. Olhava-a fixamente. Ela decidiu perguntar.

- Sua companheira...

- O quê?

- Qual o nome dela?

- Não tínhamos nomes, só números.

- Ela era importante para você, não era?

- Era. Muito.

- Como pode querer trocá-la por outra?

Ele a observou um instante , com a cabeça inclinada. Torceu os lábios e depois respondeu.

- Me sinto muito sozinho. Não aguento mais.

- Mas eu não quero ficar com você.

- Vai se acostumar a mim.

- Como pode saber?

- Eu sei.

Ele se deitou e Estela tentou recuar, porém antes que conseguisse se afastar ele a puxou e passou o braço por sua cintura.

- Você tem desejos. Eu posso te saciar.

Estela abriu a boca com a conversa direta.

- Seu ego é maior do que você!

- Ego?

- A sua personalidade, quem você é.

Vengeance sorriu e suas presas brilharam à luz do lampião.

- Sei o que posso fazer.

Num movimento muito rápido, ele a puxou para cima dele. Segurou sua nuca e puxou sua     cabeça para baixo. Estela não teve tempo de evitar o beijo ardente. A cada vez que a boca firme cobria a sua ela lutava contra o calor que insistia em espalhar por seu corpo. Espalmou as mãos em seu peito e empurrou, mas foi o mesmo que nada. Vengeance abriu as pernas e prendeu as suas, fazendo-a sentir os músculos poderosos.

A mão esquerda dele deslizou por suas costas, acariciando-a e encontrou a bainha da blusa. Ele começou a acariciar sua pele e ela experimentou uma sensação de calor ao sentir as rugosidades nela, como se a pele dele estivesse marcada. Vengeance rosnou provocando uma vibração em seus seios, que a fez sentir-se mole.

 Ele apertou suas nádegas e ela se mexeu, inquieta, mas por mais que Estela tentasse se soltar, não conseguia. Ele era forte demais.

Ele os girou, deitando-se por cima dela. Soltou sua nuca e segurou seus seios.

- São tão macios! - ele exclamou. - Tão lindos e tão macios.

Estela ficou calada, mas  um gemido, que desejava que fosse de horror, escapou de sua boca. A outra vez que ele fizera aquilo a abalara, mas agora... Vengeance sugava seus mamilos, revezando entre um e outro; segurava os seios firmemente, devorando-os como a um doce. Ela mordeu os lábios, escandalizada com os arrepios de prazer em sua pele.

Ele desceu os lábios beijando-a nas costelas e na barriga. Ela prendeu a respiração ao perceber para onde ele se dirigia. Aquilo fora demais, ele não podia querer repetir!

Ele abriu as pernas dela, separando as coxas com os ombros.

- Você gostou disso, Estela. Eu farei mais.

E, com esse aviso, ele beijou-a de boca aberta, o mais intimamente possível. Estela arqueou as costas com a sensação. Ele deslizou a língua de baixo  a cima entre seus grandes lábios e sugou seu clitóris. Ela gritou e ele acelerou os movimentos, gemendo como se estivesse se deliciando.

Estela apertou os lábios com força, tentando impedir os gritos gemidos presos em sua garganta. A sensação de prazer era quase dolorosa.

Ele segurou-a pelos quadris, evitando que se mexesse, porém ela sentia que deveria escapar, lutar contra ele. Sem conseguir convencer o seu corpo, levou as mãos até a cabeça dele, segurando-a com força.

- Sim... - gemeu. Era a sua rendição.



























Vengeance: Uma história Novas Espécies 1Onde histórias criam vida. Descubra agora