Faço questão

2.2K 164 3
                                    

ALESSA



Fiquei feliz de poder ser útil e ajudar a Joselin fazer o almoço. Ela me contou como era morar ali, disse que viveu a maioria dos anos de sua vida lá, se casou com um cara de Nova York mas não deu certo e teve que voltar. Conheceu então, o atual marido que aliás ela nem lembrava, mas foi seu namoradinho de infância, na época só rolava aquelas brincadeiras de segurar a mão e beijo na bochecha. Não era sério e ela nem imaginava que um dia iria rolar um amor tão grande entre os dois.
Particularmente eu me derreti toda com a história.


Continuamos o almoço e ela me disse o nome dos homens que viriam almoçar pra ficar mais fácil quando chegassem.


Terminamos tudo e passaram-se no máximo cinco minutos, ouvimos vozes risonhas ecoarem pela casa e chegarem a cozinha. O primeiro era um senhor, imaginei que fosse o marido da Josselin, ele me cumprimentou, se apresentou como Abraham e logo me abraçou. Os outros três homens fizeram o mesmo, as idades variavam com certeza, um aparentava ter trinta, Devon era seu nome. O do meio eu diria que uns vinte cinco, era o Sam. O último quarenta anos mais ou menos, o nome era Elijah.

Todos até ali se mostraram muito receptivos e de bem com a vida, acho que só o dono da casa era meio esquisito, mas não deveria ser uma pessoa ruim.
Falando nele, o mesmo passou pela porta e disse apenas boa tarde, passou por mim e foi comer, eu fiz o mesmo.


Estava tudo delicioso, as mãos de Jose eram divinas na cozinha. Todos conversavam e elogiavam, o marido dela falou convencido que o restante dos homens tão tinham uma daquela em casa, o mais novo disse que tinha mais ela estava grávida demais para fazer qualquer coisa além de repousar. Joselin riu dizendo que passaria para ver a mulher mais tarde e a conversa continuou.

Estava terminando a comida em meu prato quando Ebraham, marido de Jos, chamou minha atenção perguntando se eu participaria da roda na fogueira no próximo fim de semana.


— Como funciona isso ? —


— É bem legal, nos reunimos em volta da fogueira, comemos milho assado e pra quem gosta de doce, marshmallow. Sempre tem uma mesa recheada de outras coisas também. A gente canta, toca violão, dança e até se esquenta — Me contou animado.


— Gostei...vou participar. Bom, se eu ainda estiver aqui — Ouvi um som zombeteiro sair de Connor e continuei calada.


— Vai estar — Disse sem nem mesmo me olhar.


— Bom, deu nosso horário — Disse Devon olhando o relógio da cozinha, em seguida se levantou e colocou o chapéu.


— É, realmente — Abraham também levantou e beijou a cabeça de Jos.


— Também já vou, tenho apenas que lavar a louça — Ela levantou.


— Não...eu lavo, não se preocupa — Me manifestei.


— É, ela sabe lavar Jose — Connor se levantou rindo.


— Bom, então nós já vamos indo. Amanhã eu volto —


— Tá bom — Sorri e levantei beijando o rosto dela.


Todos saíram com exceção do dono da casa. Ele continuava parado ali enquanto me olhava.


— Então, vou pra cidade, preciso saber que tamanho você calça, donzela —


— Meu nome é Alessa...— Disse o número que calçava e tirei os pratos da mesa. Ele continuava me olhando. — Deseja mais alguma coisa ? —


— Saber se tem preferência por cores de chinelos, senhorita Alessa —


— Não, qualquer um está bom — Parei oque fazia e sequei as mãos. — Um instante...— Fui ao quarto e peguei uma quantia em dinheiro, voltei e dei a ele. — Acho que dá pra pagar a sua gasolina e meu chinelo — Retornei as louças.

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora