ELISA
Meu corpo estava exausto, cansado, fatigado. Eu não permaneceria acordada nem que quisesse.
Dormi e acordei horas depois sem ninguém ao meu lado. Me levantei assustada e vesti o roupão de frio, calcei meus chinelos enquanto ouvia um barulho lá fora, caminhei até a porta e quando a abri, uma de minhas dúvidas sanaram.
Ele ficava melhor como Cowboy.
David Connor estava com suas botas de trabalho, uma calça jeans típica, com luvas e seu chapéu.
Em sua mão, além das luvas, se encontrava um grande machado que ele usava para cortar madeira.
Eu estava num filme, com certeza. O frio era intenso e aquele homem sem camisa, suando e cortando daquele jeito ? Não era possível.
— O que está fazendo ? Vai pegar um resfriado garanhão —
— Cortando lenha, princesa, preciso te manter aquecida no inverno — Ele parou o que fazia deixando o cabo do machado apoiado em seu ombro. — Tá gostando ? —
— Como ? —
— Você está quase babando — Ele riu.
— Ah, claro que não ! — Me recompus. — Você é um convencido, não acha ? Eu só estava vendo sua habilidade com o machado —
— Quem pegar no meu machado ? —
Rimos juntos.
— Seu humor é tão quinta série — Fiz careta.
— E você gosta — Me imitou.
— Vou passar um café pra você, veste a camisa antes que pegue uma pneumonia, cowboy —
Ele riu e eu entrei outra vez.
Quando cheguei à cozinha, vi comida nas panelas e me perguntei que horas deveriam ser. Peguei meu celular conferindo e já se passava da uma da tarde.
Fui até a garrafa de café, estava cheia.
— Dormi até demais —
— Não acho —
— Droga !!! — Pulei de susto. — Por que você entra como um fantasma ? Não estava cortando lenha ? —
— Calma — Segurou o riso. — Vim avisar que não precisa de café. Vou terminar lá fora e nós comemos juntos, pode ser ? —
— Pode, seu idiota — Balancei a cabeça. — Não adianta disfarçar, tá claro que está a ponto de explodir por segurar o riso da minha cara —
— Tem razão — Riu. — Já volto —
Quando terminamos de almoçar, David foi se banhar e enquanto isso, eu fui para o meu quarto.
Abri a mala e fui colocando todas as roupas que ela foi capaz de comportar, separei uma muda para troca imediata e meu celular tocou.
— O que é ? —
— Seu tempo está acabando —
— Mais alguns minutos, por favor —
— Só mais alguns minutos, seja breve ! —
Eu mesma desliguei.
Me troquei e quando Connor fechou o chuveiro, esperei tempo necessário para que se vestisse.
— David ? Pode vir aqui ?! — Chamei terminando de calçar minhas botas. — Que Deus me ajude — Sussurrei criando coragem.
Ele não demorou a aparecer e me olhar estranho.
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...