Maneira dificil

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CONNOR


Eu tentei me manter firme com Elisa por perto. Mas ela me desconcentrava de uma maneira gigantesca.

Quando estávamos prestes a ter algo depois de tanto tempo, os cachorros latiram alvoroçadamente e eu consegui ouvir aquele som que conhecia bem. Era um helicóptero, bem potente pelo som do motor.

Já esperava por ele, mas praguejei quando chegou, queria muito terminar os assuntos pendentes com Elisa. A falta do corpo dela no meu, me deixou insano de desejo. Porém, isso teria que esperar, pra ter algo com ela outra vez, teria que primeiro garantir sua segurança.

Tratei de tirá-la da fazenda e mesmo não gostando de muitas coisas que fiz na guerra precisei contar algumas pra ela, para que enfim saísse logo dali. Nunca conheci mulher mais insistente e teimosa. E isso me atraía ainda mais por aquela nanica.


Estava voltando sorrateiramente para a casa enquanto ouvia os gritos de Brandon chamando por Elisa.

Ele não media ofensas nas muitas palavras que usava além do nome de batismo.

Se de uma coisa eu tinha certeza nessa vida, era que ele jamais a teria de volta.

Estava perto de casa quando pude ver
um dos meus cachorros no chão.

— Desgraçado, vou acabar com sua raça ! — Olhei ao redor e me abaixei passando a mão em sua barriga. Estava sangrando mais do que devia e ele apenas me olhava. — Por que teimou ? Em ? — Acariciei suas orelhas.

Tirei a camisa de mangas que usava por cima de outra.

— Vou tentar te ajudar, se me morder, a conversa vai ser outra — Enfiei uma mão por baixo dele puxando a camisa e depois de envolver sua barriga, amarrei com força. Ele apenas chorava num tom baixo. — Bom trabalho, campeão, vou trazer ajuda o mais rápido possível —

Antes de me levantar, pude ouvir passos pesados e o engatilhar de uma arma.

— Larga isso aí e levanta, sem movimentos bruscos ! —

Deixei minha escopeta no chão e levantei calmamente. Fiquei de frente para o dono da voz e tive certeza, Brandon havia trazido companhia.

— O que vai fazer agora ? — Indaguei.

— Atirar ! — Disse o guarda-roupas ruivo.

— Seu chefe precisa de mim —

— Não, ele precisa só daquela vadia —

— Sem mim, não vão achá-la — Segurei o cano da arma a empurrando para cima e chutei as bolas dele.

Desferi um soco no rosto e puxei a arma.

— Péssima ideia chamá-la de vadia — Bati algumas vezes na cabeça dele com o cabo da arma até ver o sangue. — Boa noite...—

Peguei minha escopeta no chão e segui.

Ouvi mais vozes perto de casa e com cautela continuei. Ao ver mais dois homens, mirei e os acertei.

Continuei andando e pude sentir um cheiro forte de gás. Era dentro de casa, deduzi então que aquele filho da puta estava me esperando entrar, eu não ia dar esse gosto.

Abaixei ao passar pela janela da cozinha e fui para trás do meu carro. Fiquei deitado enquanto ouvia uma conversa acalorada.

Um dos homens com certeza era Brandon, ele esbravejava com outro cara o chamando de incompetente.

Quando tive visão de um par de pés ao longe, por baixo da caminhonete, atirei e ouvi um grito. A discussão parou e eu me levantei rapidamente, mas antes que visse alguém, senti minha coxa queimar.

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