ALESSA
Bati a porta do meu quarto com raiva e me deitei.
Passei o restante da madrugada acordada sentindo raiva. Aquele homem tinha mesmo que ser babaca aquele ponto ?
Abracei um travesseiro me lembrando do sonho que tive horas atrás e suspirei. Me encolhi vendo o dia amanhecer e permaneci ali.
Connor até me chamou para tomar café mas eu não respondi, não queria falar com ele. Só me levantei quando ouvi a porta da sala bater, pois sabia que ele só voltaria para o almoço.
Fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, logo após adentrei a cozinha e peguei uma xícara.Ao terminar meu café da manhã lavei a louça e deixei tudo limpo na cozinha, para facilitar o trabalho que Joselin teria mais tarde.
Recolhi algumas roupas minhas nos varais atrás da casa e vi novamente algumas latinhas de refrigerante e cerveja amassadas ali.Já havia percebido e recolhido algumas vezes mas sempre apareciam mais. Aquele ogro era mal educado e vivia fazendo isso.
Ajuntei todas e deixei num saco de lixo amarrado, quem sabe agora ele pararia de ser mal educado. Tenho consciência de que a casa é dele e que não posso impor regras em nada, mas boas maneiras são essenciais pra vida.
— Alessa ? — Era Jos que me chamava.
Adentrei a casa e a vi me procurando.
— Me chamou ? — Ela se virou num pulo.
— Eu vou te bater menina ! —
Beijei seu rosto.
— Eu gosto tanto da senhora, não faz isso comigo — Pedi fazendo bico.
— Vem, vou fazer peixe, preciso da sua ajuda —
Fomos para a cozinha e Jos começou a abrir alguns peixes com o cutelo. Ela tinha muita prática com aquilo.
— Não tem medo de se cortar ? —
— Não, é muito fácil, quer aprender ? —
O cheiro de peixe não era muito agradável ainda cru, tenho que ser sincera. Mas resolvi que queria aprender e me aproximei, ela primeiramente me entregou uma colher.
— Passa bem rápido pra tirar as escamas e depois coloca em baixo da torneira —Fiz oque ela disse e logo ele estava sem escamas.
Me mostrou como tirar a pele e eu imitei, precisei tirar a cabeça e quase desmaiei quando a vi se separando do corpo. Jos riu dizendo que uma hora eu me acostumaria e mandou eu abri-lo de baixo para cima.Depois de limpos e temperados ela preparou e eu fui auxiliando no que podia.
— Jos, minhas mãos estão cheirando a peixe — Dei risada.
— Corte um limão e passe em toda as mãos, depois lava com sabão, vai sair rapidinho —Obedeci e comprovei que era verdade.
Não demorou para os peões virem comer e o patrão deles acompanhava. Não dirigi a palavra a ele, mas mantive a normalidade de sempre com os meninos, afinal nunca foram antipáticos comigo e eu não seria com eles.
O almoço terminou e Jos ficou, disse que a casa precisava de uma faxina, eu fui ajudar, é claro.
Ela sempre me ensinando tudo com calma e paciência, as vezes eu achava que dava mais trabalho pra coitada do que os próprios afazeres ali.
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Inevitável
RomantiekEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...