Me importo sim !

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CONNOR


Acordei pela manhã e tomei um banho gelado, o calor já estava intenso.
Voltei ao quarto e me vesti como sempre, calças surradas para o trabalho, camisa simples e uma bota pra lá de resistente. 

A vida no campo não é rosas e por aqui se encontram muitos animas bravos e de peçonha, esse é um problema que prefiro prevenir a sofrê-lo outra vez, me lembro que logo quando retornei para esse lugar, ignorei alguns concelhos e quase perdi a vida e uma das pernas por causa de uma maldita cobra.


Entrei na cozinha e fiz um café forte, enchi as garrafas enquanto imaginava como o dia seria cansativo hoje. Apesar da temperatura quente,  a vida me ensinou que o café esta entre os melhores amigos. Primeiramente Deus, segundo os cachorros, em terceiro o café e por ultimo um bom rifle, tendo balas, você da cabo a muitos problemas.


Fiz suco com a poupa da laranja e aprontei algumas panquecas, passei doce de morango em algumas, em outras coloquei mel e cortei rodelas de banana, a seguir joguei algumas framboesas por cima.
Fritei também algumas tiras de bacon com ovos, ralei um pouco de queijo por cima e deixei a mesa posta.

Bati na porta do quarto de Alessa e esperei, após não obter nenhum tipo de resposta bati outras vezes no intuito de acorda-la, tinha certeza absoluta que se não a chamasse para comer agora, ela não iria tomar a liberdade de ir a cozinha, assim como nos dois últimos dias.


— Alessa, o café esta pronto, venha por favor — Bati na porta. Mas que merda, essa mulher não tinha problemas com o sono até ontem ? — Alessa ?! —


— Já vai...—  A voz saiu distante e abafada, foi como tentar ouvir alguém que se encontrava em meio a uma pilha de travesseiros.

A porta foi aberta e eu fui encarado com olhos tristes e vermelhos, ela estava chorando há muito tempo para se encontrar daquela maneira.

— Oque houve ? —


— Nada, eu só não dormi bem. Me dá cinco minutos que já chego na cozinha, vou ao banheiro — Tampei a passagem.


— Oque houve, Alessa ? Não vou repetir a pergunta —


— Eu já te disse, não dormi bem, apenas isso — Liberei a passagem, não podia simplesmente prendê-la ou para-la a força, oque pensaria a meu respeito 


— Te espero na cozinha — Disse por fim e ela continuou andando.


Retornei a cozinha e me sentei esperando a moça, que aliás, não demorou para chegar.


— E então, a princesa não vai me contar o porque estava chorando ? — 


—  Eu não estava chorando. Foi só uma noite ruim, só isso — 


— Tá, eu vou fingir que acredito —  Ela suspirou e olhou as panquecas. — Estão com o doce que você gosta — 


— Só eu ? — Me olhou esperando a resposta.


— Eu também, mas fiz pra você —


— Então não vai comer ? —  Me olhou sorrateira.


— Alessa, para de graça —  Ri acompanhado e nós começamos a comer. — E então, vai querer ver os cordeirinhos com a nova mãe ? — 


— Acho que...vou ficar por aqui hoje, se importa ? — Bebericou um pouco do suco em seu copo.


— Pra falar a verdade, sim, eu me importo sim. Você já tem um mês aqui e não conheceu nem metade do lugar, eu sei que aqui não é o seu palácio, mas precisa sair pra conhecer e se distrair um pouco — 


— Porque implica tanto comigo ? —  


— Porque não suporto gente mimada —  


— Eu não sou mimada e outra, me chama assim, mas acabou de fazer panquecas com doce pra mim ? — 

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora