CONNOR
Levantei pela madrugada após ouvir um barulho lá fora e em seguida os cachorros latirem. Vesti apenas uma calça e calcei as botas. Passei pela sala pegando o rifle pendurado na parede e sai com cautela.
Desci os degraus da varanda olhando ao redor e fui andando em volta da casa. Encontrei aquela égua parada na frente da janela do quarto de Alessa e dois dos cachorros em volta a empurrando com o focinho, o animal bufou e eu xinguei algumas vezes em pensamentos.
— É serio ? A essa hora ? — Abaixei a arma e me aproximei. — Vem vamos voltar — Ela se afastou demonstrando a mesma irritação de sempre e recuei olhando pra dentro da janela.Vi Alessa suando e se mexendo, não parecia bem.
— Fiquem ! — Ordenei aos cachorros e eles se sentaram.
Entrei em casa e pendurei a arma outra vez, achei um termômetro que estava guardado há muito tempo e torci pra ainda funcionar. Entrei no quarto da garota e mesmo antes do resultado eu sabia que ela tinha febre, pois sussurrava algumas coisas meio desconexas, parecia delirar.Peguei um dos remédios que Reynan deixou e li na receita o quanto deveria dar, ao mesmo tempo que ouvia o termômetro apitando.
Como havia previsto, a febre estava altíssima, o aparelho marcava quarenta graus.
Levantei a cabeça dela com cuidado e dei o remédio. Arrumei seus travesseiros em seguida e vi que a égua ainda olhava tudo bem atenta pelo lado de fora.Ela teria vindo por sentir que Alessa não estava bem ? Não, acho que não seria possível.
Balancei a cabeça e resolvi deixá-la ali mesmo.
Os sussurros de Alessa começaram a se repetir e eu me aproximei.
— Se-sede...água...á-água — Consegui entender e rapidamente peguei a garrafa no criado mudo.
Levantei o corpo dela tentando ser o mais gentil possível e me sentei ali, apoiei suas costas em meu peito e segurei seu rosto com a mão livre, com a outra levei a garrafa até a boca dela.Depois de já ter bebido bastante água, virou o rosto e apoiou a cabeça em mim. Olhei a situação sem ter muito oque fazer e decidi ficar até pelo menos a febre abaixar.
Deixei a garrafa aonde antes estava e com as pernas pra fora da cama me recostei nos travesseiros. A princesa pareceu ficar mais confortável e eu me mantive quieto.
Apesar das horas passadas, o corpo dela ainda emanava o cheiro do bendito hidratante de morango, aquilo estranhamente me incomodava, o cheiro doce não era lá tão agradável pra mim quanto para ela.Alessa se agitou outra vez.
— Calma...— Coloquei a mão direita na testa dela pra sentir uma possível melhora e ainda não parecia ter mudanças.
— Pre-preciso dele...me ajuda — Ela balançava a cabeça de um lado para o outro.
— Ele quem ? —
— Connor...e-ele vai me ajudar...preciso dele...— Bateu os braços e eu os segurei com pressa a prendendo contra mim.
— Eu sei...e estou aqui, sou eu, se calma — Ela parou aos poucos e pela respiração um pouco mais pesada percebi que voltou a dormir.Longos minutos se passaram e eu permaneci ali, em algum momento da madrugada o sono chegou me pegando desprevenido e adormeci ali.
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...