ELISAAcordei pela madrugada sentindo minha boca seca e abri o frigobar, por incrível que pareça não tinha absolutamente nada. Geralmente eles vendiam as coisas que ficavam nessas mini geladeiras, mas, ela só estava ali ligada por puro enfeite.
Bufei e me vesti, calcei meu par de botas e fui para a recepção torcendo para terem água.
Quando consegui o queria, comprei algumas garrafas e entrei no elevador. As portas estavam quase se fechando, quando alguém colocou a mão entre elas, fazendo abrir por completo, outra vez.
Era um homem, me desejou bom dia e enquanto subíamos para o mesmo andar, seu telefone tocou.
Não entendi bem oque aconteceu a seguir, mas tentei continuar tranquila.
Já no quarto, sequei duas garrafas de água enquanto procurava Connor, o mesmo saiu do banheiro.
— Tudo bem ? Onde foi ? — Ele estava vestido e parecia preocupado.
— Comprar água —
— Por que não me chamou ? —
— Não quis te incomodar — Sorri. — Sim, está tudo bem. Você quer ? — Abri outra.
— Não, obrigada — Puxou pela cintura. — Está com sede mesmo — Sorriu.
— Muita — Depois de chegar na metade, fechei a garrafa e David me analisou.
— Tudo bem mesmo ? —
— Claro, por que não estaria ? — Sorri. — Vem, vamos pra cama — Chamei já tirando minhas botas.
Connor ficou apenas de calça e veio pra cama comigo, não muito tempo depois, ele voltou a dormir, e eu, por outro lado, vi o dia amanhecer, de maneira lenta e dolorosa.
Imaginei todas as coisas que aconteceriam dali pra frente e derramei algumas lágrimas.
Suspirei vendo o horário avançar e levantei.
Tomei um banho e me vesti formalmente outra vez, para poder ir ao tribunal.
Acordei David e o mesmo disse que iria para o quarto ao lado. Ele estava dividindo com Morgan e o deixaria no corredor para me vigiar enquanto se arrumava, pois o outro homem já deveria estar pronto.
Concordei e fiquei por ali, o esperando retornar.
O tempo que passamos no tribunal se arrastou, ouvi algumas pessoas chorarem por seus entes queridos e acusarem Brandon por destruir suas famílias.
Eu dei mais um depoimento e minha advogada apresentou muitas provas contra meu ex. Inclusive relatos de funcionários daquela clinica de aborto sobre eu realmente não querer nada do que fui obrigada a fazer.
Quando enfim todos foram liberados, me chegou a ótima notícia de que já poderia voltar para a fazenda.
Agradeci minha advogada por tudo e depois de passarmos no hotel, fomos para o aeroporto particular.
— Tá tudo bem ? — Perguntou Connor sentado ao meu lado.
— Sim, agora está tudo muito bem — Sorri fechando o cinto para a aeronave decolar.
— Você me parece distante, preocupada...—
— Impressão sua, só estou cansada, passamos o dia inteiro lá e já estamos voltando. É isso —
— Amanhã vão me ligar para avisarem o fim desse safado. Tenho certeza que a sentença vai ser muito longa — Levantou o braço me dando espaço para aconchego ali.
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...