Inevitável

Cuidar de você

ALESSA

Sorri aflita e todos saíram rápido da arena, o touro continuava bravo. Connor veio em minha direção e minha única reação foi conferir se ele estava bem.

Fui puxada pra um beijo e o abracei apertado.

— E ele conseguiu, depois de cinco anos sem entrar nas arenas, ele conseguiu de novo, a lenda continua viva ! — O homem bradou no microfone enquanto meu Cowboy era ovacionado por todos.

— Qual é o seu problema ? — Me afastei batendo no peito dele. — Eu quase morri do coração ! —

— Vem cá...— Sorriu apertando meu corpo. — Calma, eu tô bem —

— Tem certeza ? —

— Tenho — Olhou meu chapéu e me beijou outra vez.

— Eu fiquei preocupada, sabia ? Seu tarado — Rimos.

— Você é quem tá pedindo beijo —

— Eu ? — Ele assentiu.

— Jos que ensinou ? —

— Ensinou oque ? —

— Chapéu pra cima, festa, pra baixo, não quer conversa, e de lado, tá querendo beijo —

— Não foi ela, e eu não sabia disso, pra ficar claro —

— Quem foi ? —

— Vamos pra casa ? —

— Quem foi ? —

— Por favor...—

— Quem foi, Elisa ? — Ele não estava brincando mais e seu sorriso havia sumido há muito tempo.

— Devon...— Ele saiu apressado me deixando ali. Acompanhada de Joe e Smith.

Só agora entendi os olhares que havia recebido de alguns homens que passavam por mim.

— Connor, não ! — O segui mais que depressa tentando o alcançar.

— Vão atrás dele ! — Os dois bobos saíram correndo e eu junto com eles.

Não demorou a vermos uma pequena aglomeração, Connor tinha achado Devon. O mesmo estava no chão com um olho ferido e algumas pessoas tentando tirar o armário de cima dele.

— David, vamos embora, por favor ! — Puxei um braço dele e fui empurrada, parecia estar cego.

Deu mais alguns socos no coitado e enfim o tiraram de cima do homem. Seu rosto também estava machucado, mas nada comparado a Devon.

— Vamos embora ! —

Eu não disse mais nada, sai andando para onde me lembrava dele ter deixado o carro.

Podia ouvir seus passos duros e pesados logo atrás mas nem dei bola, esperei destrancar a caminhonete e entrei.

— Você está bem ? —

— Ótima ! — Revirei os olhos e coloquei o cinto.

Ele tentou puxar conversa o caminho todo mas eu permaneci em silêncio.

Quando chegamos a fazenda estacionou no mesmo lugar de sempre e ficou me encarando.

— Está brava comigo ? —

— Adivinha ? —

— Ele mereceu ! —

— Por que, me diz ? Ele deixou meu chapéu de lado e disse que ficava melhor e VOCÊ gostava —