ALESSA
O dia seguinte não demorou a chegar. Abri meus olhos sentindo-me um pouco dolorida e me espreguicei.
Olhei ao redor não vendo mais Connor na própria cama, me sentei procurando minha camisola e bocejei.
Peguei a calcinha que estava ali perto e achei a outra peça dobrada em cima de uma cômoda. Vesti e em seguida arrumei a cama, antes de dobrar a coberta, senti o cheiro dele ali e acabei por sorrir.
Terminei e prendi meus cabelos já me retirando do quarto.
Caminhei até o banheiro e tomei um banho rápido, fui de toalha até meu quarto e vesti uma calça, em seguida uma blusa mais larga e prendi meu cabelo num rabo de cavalo.
Ao chegar na cozinha, vi o café posto à mesa, tudo bem tampado e um peguei papel preso a garrafa.Peguei com cautela e fui logo lendo.
"Te deixei dormir até mais tarde, tome seu café e se prepare, depois do almoço começamos"
Me sentei dobrando aquele bilhete e ouvi um barulho estranho, parecia ser um animal espirrando. Virei a cabeça calmamente e pude ver um dos cachorros deitado me olhando.
— Ah, meu Deus — Ele tombou a cabeça. — Não vai me atacar, né ? —
Lembrei de David me dizendo que o animal era inofensivo para os conhecidos e bufei.Tirei uma banana da fruteira, descasquei e segurei.
— Vem cá, garoto — Ele se aproximou abanando o rabo e eu estiquei mais a mão, morrendo de medo. — Senhor, misericórdia — Fechei os olhos e em uma bocada só puxou e comeu a banana.
Abri os olhos e o mesmo me encarava.
— Pelo jeito, você realmente é inofensivo para mim — Me cheirou e apoiou as patas em minha perna, ficou bem maior que eu. — Você é bem pesado, sabia ? —
Lambeu meu rosto me fazendo rir.— A não, você não fez isso —
Peguei um dos guardanapos que estavam na mesa para me limpar e fiz carinho na barriga dele.
— Pronto ! Satisfeito ? — Me levantei para lavar a mão e comer, quando voltei a mesa não vi mais o guardanapo. O cachorro por sua vez estava deitado no chão enquanto mastigava algo.
— Agora o seu dono vai me matar — Cocei a cabeça e me sentei. Tomei café e organizei a cozinha como sempre.
Jos chegou, não parecia muito bem, pedi a ela para que se sentasse e me adiantei com o almoço. Pela primeira vez eu faria a comida dos peões.A senhora ficou ditando algumas coisas para me ajudar e num dado momento a vi tomando um remédio, ela disse ser da pressão, havia esquecido de tomar, por isso não estava bem.
— A senhora por acaso tem um celular ? —
— Sim, mas não tem muito sinal por aqui —
— Eu não vou ligar pra ninguém. Vou por um alarme todos os dias na hora do seu remédio, assim não vai mais esquecer —Ela sorriu e eu sequei as mãos no avental. Peguei o aparelho e salvei a hora juntamente com o nome do remédio que ela teria que tomar.
Jos agradeceu feliz da vida e parecendo bem melhor, mesmo assim, insisti para que ficasse apenas de olho hoje.
O horário do almoço chegou e todos vieram, eles riam alto de algo que não entendi e também não liguei muito, estava animada querendo saber se Connor iria aprovar a comida. Claro, pedi para Jos não dizer absolutamente nada.
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...