ALESSA
Meu corpo inteiro já tinha desinchado, só restavam algumas marcas das ferroadas mas já quase sumiam também.
O primo de Devon veio me ver no dia seguinte e só reafirmou tudo que eu teria que fazer pra melhorar e ficar longe de abelhas.
Ele também incentivou a procurar logo um hospital e Connor o avisou que minha consulta já estava marcada.
...
O dia de ir pra cidade vizinha tinha chegado, eu estava ansiosa. Hospitais, clínicas, médicos e tudo remetido a isso, sempre me deixou assim.Mais cedo, Connor me disse que sairíamos hoje para chegar amanhã e ficaríamos lá o tempo necessário pra que eu voltasse já com o diagnóstico e remédios, não que duvidássemos do que eu tinha, mas pela indicação do primo de Devon era melhor assim.
Pelo meio da tarde minha bolsa já estava pronta, roupas, repelentes e meus documentos, claro, os novos, da nova eu.
Fiquei no quarto enquanto esperava o dono da casa. Ele me avisou que o dia de entrega da Fúria era hoje, eu fiquei bem triste, mas não poderia fazer nada em relação aquilo.
Pedi apenas para me deixá-la ver uma última vez e ele nem respondeu nada.
Depois do almoço eu vi um caminhão não muito grande chegar, deduzi que seria para levá-la e apenas suspirei.
Pouco tempo depois, seja lá quem veio foi embora mais que depressa.
Eu não sei que tipo de coisa eu tinha com a Fúria, mais gostava muito dela, aquilo realmente estava me doendo o coração.
Caminhei até a cozinha e bebi um pouco de água, estava voltando ao quarto quando ouvi a porta da sala. Olhei o homem grande passando por ela.Ele estava com uma aparência cansada, suado e com as roupas meio surradas de um dia de trabalho no campo.
Eu posso parecer muito estranha, mas aquilo tudo e os olhos quase escondidos por aquele chapéu e a barba por fazer, o deixaram ainda mais atraente.
— Já está pronta ? —
— Si-sim, só vou calçar minhas botas —
— Eu vou tomar um banho, e nós já vamos —
Assenti e ele passou por mim.
Entrei no quarto, coloquei as meias e em seguida as botas, sai com a bolsa e fui pra porta, abri e já fui saindo. No mesmo instante voltei a fechando outra vez.
— Ah, meu Deus ! —
Aqueles quatro cachorros estavam lá, pela tela pude vê-los me olharem tombando a cabeça como se tentassem entender.
— É isso aí, eu morro de medo de vocês —
Um se levantou e eu dei alguns passos para trás, rapidamente batendo em algo grande, era o dono deles.Me virei.
— Me desculpa —
— Ainda com medo ? —
Assenti e ele abriu a porta e em seguida a tela.
— Vem cá —
— Não — O olhei incrédula.
— É sério, vem pra cá ! — Bufei saindo cautelosamente. — Passa a mão neles — O olhar era firme.
— Por que tá fazendo isso comigo ? —
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...