ALESSA
Senti meu corpo ser agitado e então abri os olhos vendo Connor sentado bem a minha frente.
— Ei, ei, se acalma !! —
— E-ELE ESTA AQUI ! — Olhei para todos os cantos possíveis.
— Alessa, Alessa preta atenção ! Não tem ninguém aqui além da gente ! —
— Ele machucou você...— Disse em meio ao pranto.
— Não, eu estou aqui, ele não fez nada ! — Pegou uma de minhas mãos e levou ao próprio rosto. — Tá sentindo ? Eu estou aqui —
— Você estava morto, ele matou você, eu vi, tinha sangue no seu corpo. Eu tentei te ajudar, eu tentei !! —
— Eu estou aqui com você, estou bem aqui — Me puxou abraçando meu corpo com firmeza. — Se acalma, foi apenas um pesadelo —
— Foi tão real, você estava gelado...—
— Não passou de um sonho ruim, eu estou aqui, nós estamos. Apenas eu e você —
— Ele não me deixa em paz — Choraminguei. — Eu não aguento mais...não aguento mais — Fique dentro daquele abraço tempo suficiente para que pudesse perceber que ele realmente estava ali comigo.
— Ele, seja lá quem for, não vai te achar — Se afastou para que pudesse me olhar e segurou meu rosto com uma das mãos. — E se achar, eu vou estar esperando e te garanto que vou matá-lo sem um pingo de piedade —O abracei fechando os olhos.
Minha respiração se assentou e enfim parei de soluçar.
— Esta melhor ? — Perguntou sem me soltar.
— Sim...— Respondi num sussurro e me soltei dele.
— Eu vou te trazer um chá, você fica sozinha por alguns minutos ? —
— Não...não precisa, eu vou tentar dormir, já te atrapalhei demais —
Suspirou.
— Eu volto logo, a porta estará aberta, pode me chamar se precisar — Se levantou e saiu do quarto.
Permaneci sentada ali até ele voltar, não conseguia pensar em nada além daquele sonho, até as dores que senti foram tão reais.
— Toma, cuidado ainda esta bem quente — Se sentou outra vez enquanto me entregava a xícara.
— Obrigada — Disse simples.
— Acontece com frequência ? — O olhei e o mesmo repetiu. — Esses pesadelos são muito frequentes ? —
— Sim...— Olhei o chão enquanto enquanto assoprava o chá. — Eu achei que ficaria longe e ele não iria mais me fazer mal, mas mesmo assim ele me machuca. Sabe, no fundo eu sei que quando ele me encontrar, eu vou morrer, só queria aproveitar o tempo em paz, Mas mesmo longe de mim ele me faz mal — Limpei me rosto com o dorso da mão e tomei um pouco de chá. Que alias estava ótimo, o sabor era de camomila com maracujá.
— Ele não vai te matar, Alessa. E tente dar tempo ao tempo, isso vai passar, pode doer mas vai passar, alguns dias serão extremamente difíceis, outro muito fáceis, mas vai passar. Digo por experiência própria — Sorriu parecendo triste.
— A quanto tempo passa por esses dias ? — Tomei mais um pouco do chá.
— Tempo suficiente para te dizer isso —
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...