ALESSA
O frio se intensificou bastante por ali em quinze dias.
Os cachorros sempre estavam deitados no chão da sala por insistência minha e ainda cobertos. Eles amavam é claro, quem dizia que eu estava os estragando, era seu dono.
Eu ria e nem ligava.
Jos parou um pouco de vir e até os peões diminuíram a frequência no lugar.Desde aquele dia, Devon não veio mais, obviamente Connor o demitiu. Disse ele, que seria impossível continuar daquela maneira.
Eu acredito, só fiquei chateada pois como os outros ele precisava de trabalho, mas antes que acontecesse algo pior, era melhor assim.O nervosinho e eu, estávamos nos dando muito bem, por assim dizer. Claro, temos diferenças, mas tudo parece cada vez mais certo.
Confesso que não me lembro a última vez que me senti tão bem estando com um homem. Mas, ele me faz acreditar que sou realmente linda e reafirma isso todos os dias. É dócil e gosta de estar comigo, isso tem sido ótimo.
Há uma semana, se emburrou por algo que nem sei bem, mas quando desfiz seu bico, começou a me ensinar defesa pessoal, disse que era importante pra vida de uma mulher, saber se defender sozinha.Eu já havia aprendido algumas coisas, como: Me defender, desarmar alguém, fazer soltar caso prendessem meu pescoço e até mesmo socar com força e de maneira correta para que não me machucasse.
Ele era firme no modo de ensinar e pegava bastante no meu pé, para aprender tudo de maneira correta.
Eu me sentia bem com aquilo, sentia como se estivesse criando algum tipo de casca, ou como se estivesse preparada para qualquer imprevisto.David sempre colocava em minha mente uma coisa que acaba acontecendo muito, eu não podia paralisar na hora do medo, seria minha vida ou a da outra pessoa, e se estivesse me fazendo mal, eu seria a prioridade.
...
Eu havia acordado um pouco mais cedo na tentativa de fazer o café da manhã, Jos havia me ensinado a fazer bolo então resolvi por em prática.
Depois de pronto, coloquei em cima da pia com a janela meio aberta para esfriar mais rápido.
Estava terminando o café quando senti um par de mãos subirem de minha barriga até meus seios e os apertarem.
Sorri sabendo exatamente quem era apenas pelo seu perfume.
Fechei a garrafa de café e me virei secando as mãos.
— Bom dia —
— Bom dia — Sua voz rouca acompanhada de sono entrou por meus ouvidos. — Está acordada há muito tempo ? —
— Não, mas eu quis fazer seu café — Passei os braços pelo pescoço dele e recebi um beijo na testa, que logo desceu para minha boca.
— Será que a princesa aprendeu a fazer o café da roça ? —
Aquele jeito de me chamar já não me incomodava, sabia que não era mais implicância, e sim carinho.
— Talvez, você vai ter que provar, Cowboy — Pisquei deixando um selinho em seus lábios e me soltei indo atrás de colocar as coisas na mesa para tomarmos nosso café da manhã.
Nos sentamos enfim e ele levou a xícara à boca. Fez uma careta me fazendo rir.
— Bom, digamos que você claramente está apaixonada e eu espero que seja por mim —
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...