ELISA
O juiz me dispensou e o julgamento foi encerrado.
Ao sair, me levaram para a mesma sala onde conversei com a advogada. Disseram que para minha segurança, o melhor a se fazer era esperar Brandon estar longe dali, para me levarem ao hotel.
Ellen entrou e parou na minha frente.
— Você foi ótima, me desculpa ter ido tão a fundo, mas você precisava contar tudo —
— Não tem problema, dor maior eu já passei, né ? —
— Elisa, você é uma mulher incrível, tem sede de viver. Muitas pessoas não aguentariam tantos anos de sofrimento —
— Obrigada —
— Bom, o tribunal entrou em recesso até amanhã, e você tem que vir, pela manhã também —
— Ele vai ser julgado amanhã ? —
— Não, as famílias de algumas pessoas que ele mandou matar, vão dar depoimento, acho que vai demorar mais alguns dias —
— Vou ter que passar mais tempo aqui ? —
— Acho que não, provavelmente você vai poder voltar antes de julgarem ele —
— Ótimo — Respirei aliviada.
— Antes que eu me esqueça, vim avisar que já pode ir, imagino que esteja faminta —
— Um pouco — Sorri. — Bom, obrigada por tudo, até amanhã —
— Até, Elisa, se cuida — Me entregou um cartão. — Me liga, não precisa passar por nada sozinha — Sorriu.
— Obrigada novamente —
Ela me abraçou rapidamente e saiu primeiro. Quando passei pela porta, vi Morgan já ali de pé, parecia um poste.
— Vamos ? — Perguntou-me.
— Claro —
— Eu vou pedir algo para você comer no quarto, não é bom que se exponha —
— Tudo bem, eu não estou afim de sair mesmo —
Chegamos até as grandes portas daquele prédio.
— O carro está ali — Morgan apontou.
Olhei na direção indicada e vi quem eu menos esperava, senti ondas de eletricidade e alegria me invadirem.
Connor conversava com mais cinco agentes, ele também estava uniformizado dentro de um lindo terno preto, parecia um príncipe.
Meu coração acelerou e não pensei em mais nada que não fosse ir até ele.
Desci os degraus apressadamente e fui a seu encontro. O abracei sem dizer nada, só senti o alívio de tê-lo por perto num momento como esse.
Depois de tudo que eu precisei falar lá dentro, ele era o único que me fazia ter tranquilidade.
— Você veio...—
— Sim...— Apertou os braços em volta do meu corpo. — Isso pode te prejudicar...— Sussurrou.
— E-eu não ligo — Sentia meu corpo trêmulo. — Mas, me desculpa — Me afastei.
— Tudo bem, senhorita — Abriu a porta do carro. — Podemos ir ? —
— Claro — Controlei minhas emoções e entrei.
Morgan entrou na frente, junto com mais um dos agentes. Connor foi ao meu lado e os restante dos homens que falavam com ele entraram no carro que estava logo atrás.
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...